O Sol estava preste a se por, já estávamos na divisa aguardando a chegada dos quileutes. Dava para perceber que minha família se encontrava um pouco tensos, eu entendia o motivo deles estarem assim, eles não conheciam os quileutes como eu conheço ou melhor dizendo estou conhecendo.
Assim que escutei o barulho de patas me levantei e tirei a pouca terra que avia ficado na minha calça, por algum motivo eu estava ansiosa, não sabia o porquê eu ficava mais ansiosa a cada instante que eles se aproximavam.
O barulho de patas parou e os quileutes em sua forma humana, apareceram entres as árvores. Olhei para eles e notei que avia duas novas pessoas na matilha e uma delas era uma mulher, que era incrivelmente bela e parecia ter um forte temperamento, quase igual ao Paul. Ela estava olhando para minha família como se quisesse arrancar a cabeça de todos ali e posso dizer que Rosalie a estava olhando com a mesma intensidade para ela.
Edward me olhou e deu um sorriso de lado.
Liz: Nem comece Edward, isso se chama invasão de privacidade. – Falei após perceber que ele estava lendo os meus pensamentos. Ele deu um sorriso e voltou a ficar sério, após virar em direção aos quileutes.
Carlisle: Primeiramente eu gostaria de agradecer por terem mantido minha filha em segurança, na nossa ausência. – Falou calmamente e expressando sua gratidão.
Sam: Não precisa agradecer ela de certa forma é nossa responsabilidade, agora vamos falar do que realmente viemos tratar. – Falou sem muita enrolação.
Fiquei surpresa pelo o que ele avia falado.
Olhei para o Paul e ele estava me encarando, acenei para ele e dei um sorriso e fiz o mesmo para o Embry e para os outros meninos. Paul apenas fez um aceno com a cabeça e o Embry sorriu para mim.
Liz: Por isso eu prefiro o Embry. – Sussurrei e reparei que os meninos se seguraram para não rir e os meus irmãos fizeram o mesmo, já o Paul estava com uma cara de poucos amigos. – Maldita adição aguçada.
Carlisle: Quero saber como a Eliza irá ficar e se haverá alguma alteração no tratado. – Voltei minha atenção para o meu pai e para o Sam.
Sam: Não terá alteração no tratado. – Falou firme. – E sobre a Liz, ela vai poder entrar nas nossas terras quando quiser. Apenas ela será permitida e não será considerada uma ameaça, mais se um de vocês tentarem pisar em nossas terras, não iremos hesitar em m***r vocês.
???: Porque vamos permitir que uma sanguessuga como ela entre em nossas terras? – A garota disse com um certo ódio e nojo.
Paul: Cala essa boca Leah ou eu vou...
Leah: Vai fazer o que? – Falou encarando ele. – Vai mesmo defender essa sanguessuga, todos vocês só podem estar loucos por aceitar ela, no nosso território.
Liz: Não se preocupe eu não mordo. – Falo sarcástica, ela me olhou com raiva e eu sorrio para ela.
Sam: É melhor você se acalmar Leah, a Liz não é nossa inimiga e é melhor você aceitar isso o mais rápido possível. – Ela olhou para ele com frustração.
Rosalie: Vocês acham mesmo que vamos deixar a Liz ir para um lugar onde tem uma pessoa que odeia tanto a nossa família? Como vamos saber se ela vai estar segura perto de alguém tão desequilibrada feito essa garota. – Falou para o meu Pai e para a matilha.
Jasper: Tenho que concordar com Rosalie, não podemos ter garantia de que ela não irá tentar atacar a Liz. – Fiquei chocada com o absurdo que eles estavam falando, eu sei muito bem me proteger e não sou fraca.
Edward: Sabemos que você não é fraca e que sabe se proteger Liz, só que ainda sim é muito arriscado e como Alice não consegue mais ver o seu futuro por causa do quileute, não podemos saber se você será atacada futuramente. – Disse e colocou a mão no meu ombro, quando eu ia falar o Paul foi mais rápido e começou a falar.
Paul: Eu não vou deixar nada acontecer com ela. – Olhou para o meu pai e para os meus irmãos.
Jasper: Como podemos confiar nas suas palavras?
Paul: Eu dou a minha palavra e se algo acontecer com ela, vocês podem me m***r. – Disse determinado.
Edward: Ele está realmente determinado a cumprir com essa promessa. – Avisou e olhei surpresa para o Paul.
Liz: Já chega isso está indo longe demais, eu sei cuidar de mim e já sou bem grandinha para tomar minhas próprias decisões.
Rosalie: Não Elizabeth, sua vida que está em joga aqui. – Abri minha boca para falar alguma coisa e não consegui falar nada, então olhei para o meu pai e ele estava com uma expressão pensativa.
Carlisle: Irei confiar na sua palavra Paul, mais se algo acontecer com a minha filha não irei te perdoar. – Olhou no fundo dos olhos dele.
Rosalie: Se acontecer algo com ela, eu irei caça-lo até o inferno se for preciso e pode ter certeza que eu falo pela minha família. – Falou com um olhar ameaçador.
Paul: Não vão precisar me caçar, se algo acontecer com ela, eu mesmo irei até vocês. – Olhei para ele perplexa.
Liz: Parem com isso, ninguém vai fazer nada com ninguém e para de falar essas loucuras Paul. – Olhei para ele e depois olhei para o Sam. – Por que você não tá falando nada? Você não vai aceitar essa loucura né?
Sam: Foi a escolha que ele fez, não posso interferir nisso. Afinal um lobo não vive sem seu imprinting.
Não sabia o que falar, minha vontade era dar um soco na cara do Paul e depois nos meus irmãos.
Cruzo os meus braços e não olho para nenhum deles.
Carlisle: Acho que já resolvemos o que tínhamos para resolver. – Disse e depois olhou para o Paul. – Você será bem-vindo em casa, pode ir lá quando quiser.
Paul apenas confirmou e ficou me olhando.
Sam: Já resolvemos tudo. – Falou e se virou para ir embora.
Liz: Aonde você pensa que vai Paul? – Ele me olhou sem entender nada. – Você vai me levar para comer alguma coisa, vai pagar por ter me feito passar raiva.
Ele olhou para o Sam que confirmou com a cabeça e deu um pequeno sorriso.
Liz: E não, vocês não vão. – Falei para os meus irmãos antes de algum deles dizer algo.
Paul: Vamos, vou pegar a minha moto lá em casa e depois te levo em uma lanchonete. – Esperou eu atravessar a divisa.
Liz: Não vou voltar muito tarde, tudo bem? – Perguntei para os meus pais.
Esme: Tudo bem, querida. – Sorrio gentilmente e me deu um beijo na testa.
Carlisle: Não volte tarde. – Falou mais para o Paul do que para mim.
Beijei a bochecha dele e dei tchau para os meus irmãos. Atravessei a fronteira e fui até o Paul, ele estava me esperando junto com a matilha. Leah me olhou com um olhar ameaçador e eu devolvi o olhar na mesma intensidade.