Não posso negar que estou com medo do que pode acontecer comigo, não sei o que os quileutes vão fazer em relação a mim, talvez eles me matem ou podem começar uma guerra com a minha família por eu ter quebrado o tratado. Pensando por esse lado, eu prefiro que eles me matem, não quero que minha família se machuque por minha causa.
Eu poderia muito bem sair daqui, afinal das contas eu ainda tenho a velocidade de um vampiro, mas não seria tão fácil sair daqui com a Bella e eu não poderia deixar ela para trás, afinal tinha que cumprir minha promessa. E se eu tentasse sair daqui com Bella, com certeza iria acabar em uma pequena luta e isso poderia machucar a Emily ou a Bella.
Estava tão concentrada que não notei a chegada de Sam, Jacob e Paul, acabei descobrindo o nome do lobo que quase atacou a Bella, Embry me disse na verdade. Notei a presença deles porque Bella deu um leve puxão no meu cabelo.
Liz: Ai Bella! – Falo com a mão na minha cabeça, assim que percebi que havia falado, eu me amaldiçoei mentalmente.
Emily: Então quer dizer que você sabe falar. – Fala em um tom divertido – Desde que você chegou aqui você não disse nenhuma palavra, pensei que não sabia falar. – Embry e Quill se seguram para não rir do que Emily acabou de dizer. Sorrio meio sem graça para Emily e não sei o que responder para a mesma.
Bella: Ela não gosta de falar muito... e-ela é.... um pouco tímida. – Ver Bella mentindo é uma das melhores coisas do mundo, ver ela se atrapalhando enquanto tenta mentir, é a coisa mais engraçadas do mundo. Se não estivéssemos com problemas, eu com certeza estaria rindo muito.
Percebi que Paul olhou para o meu braço curado e por um momento eu vi em seus olhos um alivio. Mas depois ele parecia, bravo? Nunca fui boa em adivinhar emoções, afinal não sou como Jasper.
Liz: Sinto muito que eu não tenha falado muito desde que eu cheguei aqui, me desculpe se isso te fez se sentir ofendida, não foi minha intenção, posso te assegurar disso. – Falo do jeito mais formal que eu consigo.
Emily: Isso não me ofendeu, não se preocupe, eu entendo que você não queira falar muito, afinal acabamos de nos conhecer. – Sorri amavelmente e eu retribuo o sorriso. – E por favor, não fale tão formalmente comigo, não estou acostumada com tanta formalidade.
Liz: Obrigada por entender. – Depois disso, percebo que Sam e o resto da matilha, estavam me olhando.
Jacob: Bella podemos conversar? – Bella me olha preocupada.
Sam: Não se preocupa Bella, não iremos fazer nada com ela. – Fala assim que percebeu como Bella me olhava.
Ela me olha como se pedisse autorização e aceno em um sinal de aprovação. Depois que ela saiu com Jacob, Emily foi fazer mais bolinho, assim que ela entrou na cozinha, Sam coloco uma cadeira na minha frente e cruzou os braços, acho que ele estava tentando me intimidar. Tive uma leve impressão de que Paul não gostou da ação de Sam. Paul se sentou do lado do líder.
Sam: Vou te fazer algumas perguntas e quero que você me responda com sinceridade. – Falou em um tom autoritário.
Liz: Acho que não tenho muita escolha não é mesmo. – Falo com um pouco de ironia, me arrumo na cadeira.
Sam: O que você é? – Pergunta sem enrolação.
Liz: Eu sou Elizabeth Cullen, a filha mais nova de Carlisle e Esme Cullen. – Tento parecer simpática.
Sam: Você sabe que essa não foi a minha pergunta. – Fala um pouco irritado.
Liz: Não vou respondeu uma pergunta que a resposta é bem óbvia.
Sam: Você não é uma vampira, porque eu vi você sangrando e você também não é humana, pois o ferimento já se curou. E eu consigo escutar os seus batimentos cardíacos, mesmo que eles sejam fracos, e vampiros não tem batimentos cardíacos. – Suspiro ao perceber que eu não poderia mentir para ele e também não poderia usar o meu “poder”, minha única opção era falar a verdade.
Liz: Na verdade eu sou uma vampira, mas também sou humana. – Falo e todos me olham surpresos.
Paul: Isso é impossível – Fala como se eu estivesse falando o maior absurdo do mundo todo.
Sam: Pensei que eu tinha falado para responder com sinceridade. – Fala sério.
Liz: Eu não estou mentindo. – Começo a me irritar, odeio quando me chamam de mentirosa, pois eu odeio mentiras.
Sam: E como você pode explicar que é vampira e humana ao mesmo tempo? – Pergunta
Liz: É bem simples, minha mãe biológica era humana e o pai biológico era um vampiro. – Explico como se fosse óbvio.
Embry: É possível um vampiro ter filhos? – Vejo que ele está completamente perdido.
Liz: É quase impossível, tem um por cento, de chances de isso acontecer. – Falo com calma.
Sam: Então você é esse, um por cento? – Afirmo com um simples gesto de cabeça.
Emily: Uma humana conseguiria dar luz, a uma criança metade vampiro? – Todos olhamos para ela, com uma certa surpresa. Estávamos tão concentrados na conversa, que nem reparamos quando ela chegou.
Todos me olharam esperando que eu respondesse há pergunta dela. Não queria responder essa pergunta, porque de certa maneira isso me machuca. Lembrar de que minha mãe morreu por minha causa e que o meu pai escolheu a morte, em vez da vida, por minha causa. Isso me lembra que eu sou um monstro que causou a morte dos meus pais.
Saio dos meus pensamentos e volto minha atenção para eles.
Liz: Não, a gravidez não seria normal em tal situação. Quando uma mulher fica grávida, ela tem que se alimentar corretamente para passar nutrientes para o bebê que está sendo gerado. – Dou uma pequena pausa para que eles possam acompanhar minha linha de raciocínio. – E a gestação de um bebê vampiro não é diferente, já que ele também precisa de nutrientes para se desenvolver.
Sam: Então quer dizer que ele... – Fala entendendo onde eu queria chegar.
Liz: Sim, o feto precisa de sangue humano para poder se desenvolver. E como é uma humana que está gerando o bebê – Dou uma pausa antes de continuar.
Quill: Então o bebê usa a mãe como bolsa de sangue? – Pergunta como uma certa indignação.
Essas palavras me atingiram como uma bala, no meu coração. “Eu realmente fiz isso com a minha mãe? Porque ela não meu tirou, assim que souber que estava grávida de um monstro como eu? “. Essas eram as perguntas que me atormentavam.
Paul: Se você não calar essa sua boca, eu vou te arrebentar. – Falou se levantando da cadeira, fiquei surpresa com a reação dele.
Quill: Me desculpa Liz. – Fala com arrependimento.
Liz: Você está certo, de uma forma ou de outra. – Falo forçando um sorriso.
Sam: Então a mãe da criança morre? – Pergunta um pouco cauteloso.
Liz: Sim, mas ela não morre por esse motivo. A gestação não dura 9 meses, dura três semanas.
Emily: Três semanas? – Pergunta chocada.
Liz: Sim, como a criança é metade vampira, ela possui uma força muito grande e por esse motivo a mãe pode ter algumas costelas quebradas. E durante o parto a mãe tem a bacia estourada e a coluna fraturada e isso causa a morte da mãe. – Respiro fundo para terminar explicação. – Depois que a criança nasce, ela passa a ter um crescimento acelerado, em 7 dias os dentes da criança já estão nascendo.
Termino de falar e vejo que todos estão tentando assimilar o que eu acabei de dizer.