Capítulo Seis — Quem é Jeremy?

3144 Words
Capítulo Seis — Quem é Jeremy? Eu caminho até as grandes cortinas de cetim em uma tonalidade clara, afastando-as, e revelando a grande janela. O seu vidro perfeitamente limpo, transmite um céu escuro carregado de nuvens pesadas ao acompanhar uma calma brisa. Os andares acima, proporcionam-me uma boa vista do terreno, fazendo-me perceber que a sua extensão é maior do que eu imaginei, até alcançar o grande portão. Ao seu lado, há uma cabine, onde seguranças controlam o acesso ao local, cercado por um muro ainda maior. Estreito os meus olhos ao perceber a presença de seguranças rondando o terreno, todos equipados com armamentos pesados. A esperança é desmatada rudemente. Uma fuga será quase impossível. Repentinamente, eu percebo a formação de algumas nuvens se concentrando em um estranho redemoinho na tonalidade violeta. Eu pisco os meus olhos, descrente. Eu estaria diante de um fenômeno estranho da natureza? Ou, novamente se trata de mais acontecimentos que não possuem respostas plausíveis? Repentinamente, a luminosidade do quarto enfraquece. Eu franzo o meu cenho em uma confusão, porém, atenta. Estranhamente, eu sinto uma sensação pesada em minhas costas. As minhas pálpebras enfraquecem e um cansaço repentino se apossa do meu corpo. De imediato, eu sinto a presença de alguém atrás de mim, mas eu não consigo restabelecer o controle sobre os meus movimentos para poder me virar. O nervosismo me causa uma espécie de sufocamento e paralisia. Nervosa, eu fecho os meus olhos fortemente, na intenção de controlar as minhas emoções. Seguindo a lógica, estás estranhas sensações devem se tratar apenas de outra crise de ansiedade, logo eu devo estar alucinando sem poder ter acesso ao meu medicamento. Os meus olhos se abrem em imediato ao sentir uma breve respiração tão evidente que uma mecha do meu cabelo se mexe. Em um sobressalto de adrenalina, de prontidão, eu consigo restabelecer o controle de meu corpo, forçando-me a virar rapidamente. O meu olhar nervoso vasculha por uma explicação para a situação anterior, mas ninguém encontro. Porém, antes que eu abaixe a guarda, eu escuto nitidamente uma respiração perto de meu ouvido, vinda de trás de mim. Imediatamente, um calafrio r**m sobe pelo meu corpo, carregado ainda mais na pesada sensação negativa. — Sophia... — O sussurro fraco, porém, compreensivo, é o suficiente para me fazer correr em mais rápida direção à porta, saindo quarto a fora. Eu apresso os meus passos, assustada, pelo longo corredor, não ousando olhar para trás. Agoniada e impaciente, sufocada pela mistura enlouquecedora de meus confusos pensamentos e as estranhas sensações, sinto-me que eu estou louca. Este ambiente misterioso me deixa a ver estrelas intergalácticas, de tão longe a minha mente viaja. Não teria lógica eu acreditar na possibilidade de existir fantasmas, certo? Rapidamente, eu entro no elevador, acionando o térreo. Eu só preciso ir embora o quanto antes. Ao passar ao próximo corredor, perfeitamente organizado e decorado com cores sutis, guio-me à imensa e luxuosa escadaria. Repentinamente, uma distante conversa se aproxima, fazendo-se em um tom audível. — Você achou que conseguiria escondê-la de Jeremy? ― A voz rouca dominada de autoridade me faz ter a certeza de que se trata de Nicholas. O seu tom raivoso me deixa atenta. Eu dou alguns passos a mais pelos aveludados degraus da escada, descendo o suficiente para ter visão da ocasião, mas desta vez, permanecendo escondida. Ryan, com impaciência, anda de um lado para o outro, enquanto Nicholas o encara com uma postura superior e desafiadora. Christian, Charlie e Elizabeth estão sentados nos dois sofás de couro branco presentes na sala, observando-os como uma atenta plateia. — Não há nada que você possa fazer para impedir Jeremy de conseguir o que deseja. ― Nicholas diz em um tom superior. Ryan o encara raivoso, fazendo-o retribuir o olhar em mesma intensidade, como ferozes predadores. Olham-se com fúria. Ryan parece ser o único, dentre eles, que não teme as impulsivas decisões que Nicholas possa vir a tomar. — Deixa de ser egoísta, Ryan. ― Christian se levanta do sofá. O seu tom parece brincalhão, intencionando quebrar o clima tão sério que se faz presente, porém, Christian apresenta alguns sintomas de quem bebeu álcool demais. Ele caminha até a bancada de bebidas e enche um pequeno copo de vidro com o líquido quase transparente. ― Isso é por uma boa causa. — Christian volta a dizer. — Você sabe disso, afinal você é um de nós. — Eu não vejo motivos para colocar Sophia no meio. ― Ryan se exalta, mostrando a sua indignação. Eu franzo o meu cenho ao ouvir o meu nome, deixando-me mais atenta ao tentar desvendar o assunto movido na conversa. ― Jeremy descobriu a grande essência que ela carrega. ― A voz de Nicholas soa em um tom calmo, porém, ameaçador. ― Não há como mudar os planos agora. Ryan franze o seu cenho, deixando transparecer uma mínima e breve preocupação em sua expressão. Nicholas arqueia uma de suas sobrancelhas enquanto aponta para a televisão ligada. O som aumenta gradativamente, focando as nossas atenções. O canal na televisão passa um noticiário, em que os jornalistas se assustam com o narrar de alguns fatos. As imagens feitas de um helicóptero capturam em vídeo um sobrevoo sob algumas casas, enquanto uma cena bizarra ocorre. Eu franzo o meu cenho ao perceber que se trata do bairro em que eu moro. Há muitas pessoas nas ruas em um estado de choque, completamente paralisadas como estátuas. Estranhamente, pequenas quantidades de fumaças luminosas saem de cada pessoa, assemelhando-se ao que eu presenciei um tempo atrás, mas estas são na cor vermelha. ― Jeremy descobriu a essência de cada pessoa através de um poderoso feitiço. ― Nicholas pronuncia. ― Há muitos humanos, como já era esperado. Mas uma essência na cor branca chamou a atenção, gerando as suas suspeitas. ― Como querem manter o mundo das sombras às escondidas agindo desta forma? ― Ryan o repreende em um tom de indignação. — Estas pessoas se lembrarão de tudo isto. ― Deixe de frescuras! ― Nicholas sibila. ― Não acha que ele seria burro a esse ponto, não é mesmo? Tratou que todos se esquecessem do ocorrido. Na reportagem, observa-se que repentinamente as pessoas voltam a realizar as suas tarefas anteriormente como se nada tivesse acontecido. O helicóptero parece não saber o que gravava, e os repórteres não fazem a mínima ideia da reportagem anterior, como se todos tivessem sofrido uma amnésia repentina. As imagens são rapidamente direcionadas para os eventos climáticos como se nada relevante tivesse ocorrido anteriormente. ― Ryan, você trabalhava para mim. ― O tom superior de Nicholas ecoa pela sala. ― Como um Sombra n***a​, conseguia vítimas para os sacrifícios. Por isto, eu te dei riquezas no conhecimento místico. Diga-me então o porquê escondeu um dos maiores segredos de nós? Esta garota tem a alma pura, ela tem a essência branca. Um soco de aço atinge o meu rosto com a extrema surpresa negativa diante das firmes palavras de Nicholas. Ryan era um Sombra n***a? O que está acontecendo? Isto é uma brincadeira? Neste momento, os meus pensamentos fazem uma tremenda confusão. Eu acabo de voltar à etapa zero, ao não saber em quais conclusões eu posso chegar. A minha mente se recusa a acreditar nessas palavras. Ryan não tem uma personalidade fria, muito menos um coração c***l. Como ele pode ser um deles? Nada faz sentido. — Eu não quero mais fazer parte disto, muito menos que a envolvam. ― Ryan bufa sendo regido pela frustração de suas metas interrompidas. ― Você é um traidor, apenas jurava lealdade para esconder quem verdadeiramente nos interessava. — Nicholas acusa. — Quando estávamos nos aproximando, você mudava sempre o nosso foco, mostrando outra essência, para escondê-la de nossos olhos. — Ele suspira pesadamente, mas gera espaço a um estranho sorriso. — Sophia será o melhor sacrifício. As palavras de Nicholas tão carregadas de frieza e firmeza, causam-me um estremecer com a certeza dos atos que acontecerão. Eu serei sacrificada. Questiono-me se teria ligações com os meus órgãos sendo destinados ao mercado n***o, revelando-se mais uma vítima deste comércio c***l. ― Eu não permitirei que isto aconteça! ― Ryan diz exasperado. A sua indignação grita em sua expressão. ― Pense em como esta grandiosa essência poderá causar um efeito maior sobre os nossos poderes. ― Nicholas sorri em satisfação. ― Se a sacrificarmos, o seu espírito puro tornará os nossos poderes ilimitados novamente. Poderes ilimitados? Eu começo a desconfiar que a sua loucura é muito além do que aparenta. Nicholas só pode ter fugido do manicômio. — Não, você está se confundindo. — Ryan continua firme. — Sophia não tem essa essência. — Você acha que eu não sinto? ― Nicholas diz, impaciente com o contrariar de Ryan. ― A essência que emana do espírito dela... — Ele inspira profundamente ao dar uma breve pausa. — É como o espírito luminoso. De repente, em um rápido movimento, o bocal reluzente do r******r dourado de Nicholas é bruscamente direcionado em minha direção, gerando-me grande espanto. Imediatamente, todas as atenções se guiam a mim. A minha respiração descompassa ofegantemente, o meu coração acelera intensamente, e os meus movimentos são reprimidos com o medo da mira certeira. — Eu sinto a essência forte dela mantendo o seu espírito vivo. — Nicholas diz raivoso em desagrado. Logo em seguida, destina a sua próxima frase a mim. — Eu deveria estourar os seus miolos. Não sabes o quanto eu detesto pessoas intrometidas. Engulo ruidosamente em seco. As minhas mãos soam em puro nervosismo pela situação posta. ― Eu cumprirei o combinado, mas a deixe. ― Ryan diz. Pela primeira vez nesta conversa, ele desmonta a sua postura firme e passa a demonstrar abertamente a sua preocupação. — Não a envolva nisto. Eu voltarei a trabalhar para Jeremy, com a condição que deixe Sophia fora disto. ― Como vocês gostam de dificultar as coisas. ― Nicholas diz, estralando o pescoço de uma forma lenta e incomodante. Nervosa, apego-me ao clamor por qualquer ajuda espiritual. De repente, a luminosidade do local vacila, da mesma forma que ocorreu na situação anterior, atingida por uma falha elétrica repentina. ― Se eu fosse você, não faria isto, Nicholas. ― Ryan continua a destinar a sua fala. Apesar de sua firmeza, eu consigo escutar daqui a sua respiração em um ritmo descompassado pelo nervosismo repentino. ― Repare na luminosidade, algo muito grande está ao favor dela. Não queira ser você quem vai causar a fúria disto. A nossa luta não é com você, é com Jeremy. Nicholas estreita os seus olhos diante dos acontecimentos, porém, causa-nos espanto ao direcionar o seu r******r a Ryan. Com superioridade, Nicholas o desafia. ― Então, o Grande Poderoso te mudou mesmo? ― Nicholas diz, referindo-se com ódio. ― Meros humanos à mercê de sentimentos estúpidos. Quando você vai perceber que a tua fé não te levará a nada? Ao escutar o som de destrave de seu revólver, ainda fixado na mira de Ryan, o meu organismo alerta em um desespero ainda maior. A coragem me consume ao vencer as terríveis sensações de impotência causadas pelo pânico, fazendo-me recuperar os meus sentidos e imediatamente seguir escada abaixo, quase a tropeçar. — Não! — O meu grito ecoa pela imensa sala. Sem hesitar, eu ignoro o medo e me aproximo. Nicholas ergue uma de suas sobrancelhas a mim, de uma forma desafiadora. Eu permaneço em uma considerável distância, prevendo o perigo de sua aproximação, porém, ainda firme em minha coragem. — Você só é uma i****a hipócrita e egoísta que quer alguém machucado apenas para saciar o seu ego! ― Eu firmo a minha voz, demonstrando a minha indignação pela situação. — Eu não deixarei com que você o cause m*l! — Sophia, afasta-se! ― Ryan se pronuncia, alertando sobre as circunstâncias ruins. Permaneço-me firme. Eu posso estar cometendo uma grande loucura ao desafiar um psicopata com um revólver engatilhado, mas eu nunca deixarei algo de r**m acontecer às pessoas que amo. ― Como é interessante. ― Nicholas diz, analítico. ― Colocar as prioridades dos outros acima das suas? O sentimento tão i****a que move isto, não é apenas um mito? É impressionante como este pode ser tão fatal a ponto de fazer alguém dar a própria vida pela p******o ou bem-estar daquele a quem o sentimento é destinado. Pobres escravos do amor... As suas palavras são emitidas com desprezo enquanto ao mesmo tempo sustenta uma expressão pouco curiosa sobre tais reações. O seu olhar divide a sua atenção entre mim e Ryan. Em um lento movimento, eu n**o brevemente com a minha cabeça. — Não somos escravos do amor, nós somos privilegiados por podermos sentir. — Retruco. — Você que é um e*****o do ódio. Nicholas me direciona um olhar em desapontamento, incomodado. — A sua morte será inevitável! ― Nicholas rispidamente profere as suas palavras. ― Ninguém de essência tão forte conseguiria passar por muito tempo escondido de nossos olhos. Porém... — Ele dá uma pausa ao abaixar o seu revólver. — A sua guerra não é comigo! Eu apenas ficarei responsável para que você não fuja até que o dia do sacrifício chegue. Enquanto isto, você ficará aqui hospedada, mas não tentem gracinhas. A intensidade do vínculo de ambos, mostra-me que nenhum será capaz de causar o perigo do outro. Desta forma, Ryan voltará a trabalhar para Jeremy, e em troca, Jeremy não a mata antes da hora. — Jeremy n******e matá-la antes do ritual. ― Ryan contraria. — O sacrifício precisa seguir todos os requisitos. Se a matarem antes, não será válido. ― Todos os seres o temerão quando descobrirem que Jeremy matou uma escolhida do Todo Poderoso. ― Nicholas diz áspero, calculista. ― Ele o derrotará, e isto, já é o suficiente. Eu franzo o cenho em confusão. Nicholas está se referindo sobre uma derrota a Deus? Ele é seriamente perturbado. ― Ah não ser... ― Charlie pronuncia pela primeira vez, chamando as nossas atenções. ― O seu espírito tão puro oriunda de uma excelência maior... ― Você não está insinuando que... ― Nicholas se auto interrompe, receoso. O seu olhar curioso se fixa a mim, estreitando-se ao analisar as minhas expressões. ― A profecia... ― Charlie complementa. ― O sangue luminoso renasceria... ― Isto é um mito. — Nicholas contraria. — Especulam ideias movidas apenas pela esperança, nada logicamente comprovado. Apesar de seu contrariar, a sua expressão demonstra o quão pensativo está com o assunto adentrado. Porém, sem demoras, logo volta rispidamente com a sua rígida postura. — Margarete lhe arranjará um quarto para a sua estagia. — Nicholas guia a sua palavra a mim. — Não tentem ir contra a ordem de Jeremy, desta forma, protegerão a vida um do outro, pelo menos, por enquanto. Eu encerro esta conversa por aqui. Nicholas se retira em direção à escada, em passos rígidos e firmes. Apresso-me a segui-lo, intencionando mudar a decisão precipitadamente tomada. Mas antes que eu o alcance, Charlie me impede. ― Não é uma boa ideia. ― Charlie se coloca na minha frente. ― Espere-o se acalmar antes de falar com ele novamente, será melhor. Apesar de que as ordens sobre o que diz respeito a você, não vem dele, mas sim de Wachowski, e acredite em mim, você não gostará de entrar em contato com este. Mesmo a contragosto, eu sei que as palavras de Charlie contêm certa razão, ao julgar que o chefe desta loucura toda seja mais perturbado do que qualquer um presente. Assinto lentamente em concordância, fazendo Charlie se afastar, retirando-se da sala juntamente com os demais presentes. Eu preciso pensar em outra forma de mudar esta realidade. De imediato, eu foco o meu olhar a Ryan, quem caminha em minha direção. Não sei descrever a sua expressão, uma vez que esta se iguala a uma mistura de diversos sentimentos impotentes. — Eu vou te tirar daqui. — Ryan diz, firmemente. — Planejarei uma fuga. ― Ryan, você foi um Sombra n***a? ― Eu ignoro a sua fala, não conseguindo segurar o meu questionamento. Eu engulo ruidosamente em seco diante da inacreditável possibilidade. ― Eu cometi alguns erros em minha vida. ― Ryan responde, fazendo as sensações ruins pesarem em decepção pela verdade. ― Mas isto gira em torno de algo muito maior do que o mercado n***o. Há uma peculiaridade, um perigo inigualável. ― Explica, então! — Confronto-o. — O que é tudo isto? Que conversa estranha foi essa? Nicholas é um louco. ― Nicholas tem uma mente psicopata, típica de sua natureza sombria, mas a nossa luta não é com ele. Este apenas cumpre ordens. ― Ryan responde. ― Mas as coisas que rondam a sua história são mais sombrias do que isto. Algo que meros olhos humanos não acreditariam, uma realidade sobrenatural. Eu tentei te afastar do mundo sombrio, mas eu fracassei em minha missão. — Ele dá uma pausa antes de prosseguir. ― O mundo guarda em segredo, fenômenos e seres misteriosos. Você não acreditaria em mim se eu lhe contasse. É melhor que você não saiba sobre isto por enquanto, assim você não precisará mentir para si mesma de que nada do que presenciou é real. Não queira saber o que ronda as sombras do mundo... ― Como não saber pode ser o melhor? ― Replico. ― A única certeza que eu tenho, em meio deste mar de confusão, é a minha morte certa e marcada. ― Sophia, você tem... — Ryan, de repente, é interrompido. ― Com licença. ― Uma feminina e calma voz chama as nossas atenções. Uma mulher se pronuncia próxima a nós. Apesar de sua fisionomia e expressões maduras, a sua beleza demonstra o seu cuidado com sua pele. Em seus cabelos grisalhos, os cachos bem definidos batem quase ao chão, e os seus olhos acastanhados reluzem em um intenso brilho. ― Acompanhe-me, por favor. ― A mulher direciona gentilmente a sua fala a mim. ― Deixe-me mostrar os seus aposentos. Eu engulo ruidosamente em seco com a sua fala. Eu não gosto da ideia de ter um aposento neste lugar. Imediatamente, eu percebo que dois seguranças se aproximam, parando um a cada lado da mulher. Eles pousam as suas mãos sob os seus revolveres e me encaram de uma forma superior, como uma ameaça. O olhar de Ryan tenta me passar tranquilidade, mas eu o conheço o suficiente para perceber o significado de cada expressão que pondera em seu rosto. Evidencia-me a confusão que os seus sentimentos estão desordenados em seu interior. Eu respiro fundo, tentando de alguma forma não surtar. E por fim, a contragosto devido à ameaça, eu não tenho opção diversa da que seguir a mulher. Eu tento a todo custo me manter firme, mas o nervosismo em meu organismo evidencia o meu extremo temor pelo futuro. Sinto-me como se eu percorresse o corredor da morte. Os pesadelos se tornaram a minha realidade e eu temo não conseguir revertê-la.

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