O Filho Do Meu Padrasto Mafioso

Capítulo 01

Capítulo 01

Tessa Anderson

A casa era mais linda ainda por dentro, sauna, quadra de esportes, piscinas, SPA, biblioteca, tinha tudo ali para nunca nem precisar sair de casa. Mas o que tinha de mais lindo era aquela fonte lá fora, parecia que eu estava dentro da Bela e a Fera.

Minha mãe mostrou-me o meu quarto, ela sabia que a minha cor preferida era Lavanda então fez tudo que podia nesse tom. Pela sacada se via o mar, uma vista de tirar o fôlego.

— E então, você gostou do quarto meu amor? — Minha mãe perguntou.

— Claro, senhora Willis — Respondi simpática.

— Ainda sou a Ella Anderson, Tessa — Explicou.

— Sabe que não — Afirmei.

— O Alexander ficou muito feliz com a sua presença, ele até reservou uma mesa em um restaurante muito renomado aqui em Chicago para esta noite — Enalteceu o senhor Willis.

— Claro mãe! Que sacrifício, não deve ter sido nada fácil para ele discar o número do restaurante e ligar — Falei com um sorriso enquanto ela começava a ficar muito irritada.

— Esteja pronta às oito, Tessa Anderson — Disse batendo a porta, odeio extressá-la assim, lá em Nova York a gente não brigava mas tudo mudou quando ela resolveu se casar de novo.

Saí daquele quarto e fui escondida até o jardim, queria olhar de perto aquela fonte tão linda, assim que cheguei lá sentei a sua frente em um banquinho no meio das árvores, quando meu celular vibrou vi que era mais uma foto do Theo, ele estava em um barco no lago. Resolvi tirar uma foto minha também, subi no banco pra ficar mais alta e pegar toda a fonte que estava atrás de mim, mas quase me espatifei quando pelo celular vi um rapaz chegando bem perto de mim.

— Cara, você quer me matar de susto? — Falei me virando, antes de reparar naquela beldade esculpida pelos deuses a minha frente mas sem demonstrar a minha surpresa, é claro.

— Por acaso tem permissão para tirar foto da fonte? — Perguntou seco.

— Tenho certeza que o Papai Willis não vai ligar — Falei sínica logo depois de conseguir tirar a foto sem que o rapaz aparecesse nela, ele riu de lado.

— Deve ser a Tessa — Rebateu.

— E você deve ser o Baxter — Repeti o sorrisinho falso.

— Você não se parece com a mulher do meu pai — Provocou.

— Você está errado, sou parecida com a minha mãe — Afirmo.

— Tirando foto pro namorado? — Ironizou Baxter.

— Não é da sua conta — Disse descendo do banco ficando a sua frente.

— Cuidado com o que fala, irmãzinha — Cochichou bem perto do meu ouvido, e antes que respondesse ele sai andando. Que cara babaca!

Depois de tomar um belo banho chegou a hora de procurar algo para vestir. No guarda roupa vários vestidos ainda na etiqueta, mas nada ali me chamava a atenção de verdade, em seguida virei-me e abri a mala procurando algo meu, algo que minha mãe sabia que eu vestiria. Dois segundos depois já tinha encontrado, meu vestido preto simples, sem decote mas não tão longo assim, que modelava bem as minhas curvas.

Não passei nada no rosto, odeio essas baboseiras de maquiagem a não ser um batom vermelho, essa com certeza é a minha marca, assim que fiquei pronta já se passava das oito, desci até o primeiro andar vendo toda a família feliz esperando-me.

— Você não podia escolher qualquer vestido Tessa? — Minha mãe perguntou, meio sem paciência na voz.

— Não se preocupe querida, Tessa está ótima! Já podemos ir? — Alexander disse, olhando para minha mãe.

— Obrigada — Disse rápido.

— Vamos, já estamos quase atrasados — Minha mãe ironizou, assim que saímos de casa senti os olhares do Baxter sobre mim, até fiquei com vontade de provocá-lo ali, mas mudei de ideia assim que vi uma motocicleta linda estacionada do lado do carro.

— Pode tirar uma foto se quiser, irmãzinha — Baxter cochichou no meu ouvido, sem que nossos pais o ouvissem, apenas sorri sínica vendo ele subir naquela linda ducati panigale v4, não dava pra negar que aquela princesinha chamou a minha atenção.

— Baxter sempre vai nessa moto, não sei o que ele tanto vê nisso — Alexander disse, me tirando do transe.

— Não diga isso amor, Tessa também é apaixonada por motos desde pequena.

Minha mãe disse, em um tom exagerado como sempre. Olhei pro Baxter e ele sorria pra mim como um i****a que se acha o auge do bom gosto, revirei os olhos e entrei no carro com eles.

Abri a janela pro vento entrar e acabei me deparando com o Baxter acelerado do lado de fora do carro.

E assim foi até o bendito restaurante renomado, nada para chamar muito a atenção.

Descemos e entramos como uma família feliz, logo o rapaz guiou até a nossa mesa.

— Você está maravilhosa minha querida esposa — Disse, Alexander.

Isso é irritante.

— Obrigada meu marido! — Ela segurou a mão dele — Crianças, eu e o Alê esperamos que vocês se deem muito bem — Ela afirmou, mas não deu para segurar o riso.

— Mas alguma coisa senhora Willis?

— E você Tessa, vai estudar em uma das melhores escolas de Chicago — Disse Alexander, com um sorriso sincero.

— Não esperava menos de você — Ironizei e minha mãe se curvou séria.

— Agradeço ao jantar mas preciso ir — Baxter fez com que a atenção se voltasse a ele.

— Onde precisa ir a essa hora da noite? — Seu Pai perguntou

— Tenho que ajudar o James com alguns trabalhos.

Como ele mente bem.

— Você devia se espelhar no seu irmão, Tessa — Minha mãe questionou, eu apenas revirei os olhos.

— Acho que está na hora de deixar os pombinhos sozinhos não é? Vou chamar um táxi — Disse já me levantando da mesa.

— Imagine querida, o Bax te deixa em casa não é trabalho nenhum para ele — Papai Willis diz, enquanto Bax fecha a cara.

— Há vários táxis lá fora — Bax questionou.

— Não me lembro de ter lhe pedido nada filho — Disse com um sorriso — Boa viagem para vocês dois.

Nós entreoolhamos por um segundo e saímos daquele restaurante.

— Você tinha que dizer que ia embora? — Bax reclamou.

— Quem iria aguentar aquela melação, por Deus! — Confessei — Mas eu não pedi pra vir com você — Acrescentei.

— Não preciso te conhecer pra saber dos seus joguinhos, aqui tem muitas igual você Tessa — Rebateu, claro que eu fiquei ofendida, quem ele acha que é?

— Você é mesmo um babaca! Não preciso da sua carona – Sai dali andando firme.

Cretino! É isso que ele é! aquele restaurante era no meio de uma rodovia, que ficava de frente com o mar mas pelo menos o caminho era iluminado.

— Você tem certeza que vai ir andando? — Bax perguntou ao meu lado.

— Prefiro morrer, a montar com você — Falei e cospi no chão.

Ele acelerou a moto e me deixou ali LITERALMENTE sozinha! que i****a.