Capítulo 01

1781 Words
Alex Estou concentrado no trabalho quando meu celular vibra no bolso, pego e olho no visor e vejo a foto de minha mãe. _ Oi mae. _ Oi meu filho, está ocupado? Queria almoçar com você. _ Desculpa mãe, mas hoje não vai dar vou acompanhar a Hellen para escolher a decoração do salão e da Igreja, vou almoçar aqui na empresa para adiantar o trabalho e sai mais cedo. _Mas, isso é trabalho dela meu filho. _ É mãe. Mas ela gosta que eu acompanhe em tudo. _ Ela gosta mesmo e de mandar em você. Se antes de casar está assim, quero ver depois. _Nao é assim mãe. Falo, sem querer discutir com a minha mãe, ela não gosta da Hellen, desde que apresentei-a ela que ela não gostou nem um pouco dela e não fez questão de disfarçar. _Mae, Preciso ir nos falamos depois, beijos. _ Beijos meu filho e não esquece de sua mãe ainda quero te ver antes do casamento. Acabo rindo do seu comentário. _ Certo mãe. _ Cuide-se. Ela fala e desliga. Volto a me concentrar no trabalho, preciso adiantar o máximo nosso encontro esta marcado as duas e a Hellen odeia atrasos. Meu celular toca novamente e vejo uma mensagem, abro e leio. Duas em ponto no salão de festas, peça ao Jason para me buscar. Hellen. Respondo e já aviso ao Jason que busque a Hellen em seu trabalho, ela é arquiteta em uma construtora, assim que ele esta ciente volto ao trabalho. As treze encerro tudo e aviso a minha secretaria que não voltarei mais hoje, desço e pego meu carro e vou ao encontro dela. Sorrio lembrando que me caso daqui a um mês. Hellen é linda, uma loira de olhos verdes com o corpo bem definido, temperamental, ciumenta muitas vezes sem motivo, mas nos entendemos sempre e o sexo é a companhia dela compensa os seus ataques. A conheci na faculdade, no último ano, ela fazendo arquitetura e eu administração. Precisei parar a faculdade porque meu pai estava doente e eu precisava ajudar a minha irmã mais velha que eu dois anos, Alice já estava na diretoria da empresa. Meu pai faleceu e eu e ela conseguimos fazer a empresa crescer ainda mais. Começamos a namorar, ficamos noivos, isso já tem cinco anos, agora vamos nos casar. Minha mãe e minha irmã não acharam muito boa a ideia, mas acho que e apenas ciúmes mesmo. Vou andando e paro no sinal, meu celular toca e coloco no viva voz, e minha assistente pessoal querendo algumas informações sobre alguns contratos, vou conversando com ela, o sinal abre e eu arranco e não vejo que uma moça estava atravessando. Ainda tento frear o carro, mas não dá tempo e eu acabo atingindo-a que cai no chão. Paro Imediatamente e desço e ela está tentando se levantar. _ Você está bem, _ Meu braço está doendo muito. Ela fala e me olha e aquele olhar de um azul intenso que me deixa fascinado. _Vou te levar ao médico. _ melhor chamar uma ambulância. Alguém fala atrás de mim, já fazendo a ligação. _ Não precisa, eu tenho que ir, tenho uma entrevista. Ela fala e segura seu braço machucado. _ Você está machucada não tem condições de ir a nenhuma entrevista. Falo olhando a sua calça rasgada e um machucado na perna. _ Você não olhou a rua, não pode atravessar assim sem prestar atenção no trânsito. _ Eu estava com pressa, não olhei o sinal. Como eu disse tenho uma entrevista, mas agora acho que perdi. Logo a ambulancia chega e a imobiliza. _ Tem alguma preferência de hospital? _ Pode levar para o medical Center. _ Esse é particular, eu não tenho como pagar. _ Não se preocupe, minha mãe é médica. Encontro voce la. O paramédico me entrega sua bolsa e a pasta e vou até meu carro e sigo a ambulância. Assim que começo a andar o meu celular toca, dessa vez é a Hellen. Coloco no viva voz e atendo. _ Cadê você Alex. Está atrasado. Ela fala gritando. _ Eu atropelei uma pessoa. Estou a caminho do hospital e provavelmente vou ter que ir a policia. _ Hospital? Polícia? Que droga Alex porque você não chama seus advogados para resolver isso para você. _ As coisas não funcionam assim Hellen. _ E porque não? E o nosso casamento, a nossa decoração isso não é importante para você? _Claro que é, mas acho que você pode resolver sem mim. Falo e lembro de minha mãe, se ela me ouvisse agora ia pular de alegria. _ Certo, nos vemos mais tarde. Ela desliga sem ao menos se despedir e eu já fico imaginando na discussão que teremos mais tarde. Ligo para a minha mãe e aviso sobre a moça que vai dar entrada para ela acompanhar o seu atendimento. A ambulância entra e segue para a emergência e eu sigo para o estacionamento, lógico depois sigo para a emergência e o paramédico está a minha espera. _ Ela já esta sendo atendida, mas precisa fazer a sua ficha. De início eu fico sem entender e ele olha e aponta para a bolsa e eu olho e fico pensando que não posso invadir a sua privacidade mexendo em suas coisas, mas ele me lança um olhar e eu abro a sua bolsa e pego a sua carteira e tiro seu documento e antes de entregar a recepcionista eu olho seu nome. Liz Rose Stone. Entrego a recepcionista e quando ela termina me devolve e eu coloco de volta a sua bolsa e vou me sentar. Penso em ligar para a Hellen, mas desisto. Não é uma boa ideia. Logo um policial chega e vem ao meu encontro. _ Boa tarde senhor, sou o policial Gordon. _ Prazer, Alex Foster. _ Gostaria de pegar seu depoimento sobre o acidente, já que o senhor nao esperou no local. _ Eu estava preocupado em socorrer a moça, mas eu estava atravessando com sinal aberto para mim, quando vi ela estava atravessando e eu ainda tentei frear, mas foi tarde demais. _ Essa foi a mesma versão que as testemunhas deram e a vítima também. _ Então eu estou liberado. _ Sim, era só para apurar os fatos Mesmo. _ Boa tarde. Ele fala e sai. Me sento e fico esperando e como está demorando demais resolvo ir a ala onde minha mãe trabalha e assim que chego à vejo, parece me procurar. _Alex meu filho. _ Oi mae e a moça como está? _ Ela foi atendida, está com uma fratura no braço e um corte na perna que precisou de cinco pontos. _ Droga mãe, ela estava indo para uma entrevista de emprego e eu me sinto culpado. _ Você quer ir ve-la? _ Sim. Falo e ela já sai e eu sigo ao seu lado _ E a Hellen você não tinha que se encontrar com ela? _ Sim, mas um problema de cada vez. Vejo um sorriso dela, mas ela disfarça. Chego à enfermaria e ela está sentada e uma enfermeira está imobilizando seu braço direito e a outra terminando de fazer o curativo de sua perna. Ela me olha e sorri triste e eu me sinto ainda mais culpado. _ Oi. _ Trouxe suas coisas, eu precisei abrir sua bolsa para pegar seu documento. _ Tudo bem. Ela fala e eu olho para a Grace a medica ortopedista que trabalha com a minha mae. _ E aí Grace. _ Oi Alex.Bom, sua amiga teve uma fratura no braço direito e vai precisar ficar imobilizada por um mês e os pontos da perna precisam ser retirados daqui dez dias, vou marcar as consultas semanais para ver a evolução do seu quadro. _ Não precisa, eu vou procurar um hospital público. _ Pode deixar que eu me responsabilizo por tudo. _ Mas, você não precisa já que eu fui errada em atravessar na frente do seu carro sem olhar. _ Eu sei, mas vou me sentir melhor assim. Grace, pode deixar que resolvo as questões administrativas de tudo. E quando ela vai esta liberada. _ Ela só vai tomar a medicação para dor e receber a receita dos remédios para tomar em casa, para aliviar a dor e evitar infecções. Ela fala e já me entrega a receita que coloco no meu bolso. Minha mãe que estava ao meu lado fala. _ Vou voltar para meu consultório, tenho uma consulta daqui a pouco. Ela fala e vai até a moça e estende a sua mão, ela aperta e minha mãe fala. _ Até mais, na semana que vem me procure quem sabe podemos tomar um café. _ Procuro sim, obrigado por tudo. _ Vou com a senhora mãe, preciso resolver as coisas no administrativo. Me espere que vou lhe levar para casa. _ Está bem. Saio com a minha mãe e assim que estamos longe de seus olhos eu falo. _ Ela parece tão perdida, tão sozinha. _ Porque a senhora acha isso? _ Porque quando a Grace falou que ela precisava imobilizar o braço ela ficou desesperada. Disse que precisava trabalhar com urgência e com o braço assim ficaria difícil, me deu tanta pena dela. _ A senhora perguntou a ela o que ela faz? _ Sim, ela acabou de se formar em gastronomia e estava indo fazer uma entrevista. Ela fala e já para em frente a sua sala e me dá um beijo no rosto _ Boa sorte com a Hellen e me ligue depois. _ Claro mãe. Falo e retribuo o seu beijo e vou resolver as questões de todas as despesas dela e já deixar avisado que se surgir qualquer despesa extra me avisar. Retorno e assim que chego ao seu quarto ela está sozinha encarando a tela do celular, a expressão perdida e nessa hora eu sinto pena dela. _ Acho que já podemos ir. Falo e ela levanta seus olhos e vejo que lágrimas caem deles que ela faz questão de seca-las com a sua mão boa. _ Tudo bem. _ Mais ou menos, eu perdi a minha entrevista. _ Quando melhorar do braço você vai em busca de outra. Ela só afirma com a cabeça, fez menção de dizer algo, mas desistiu e foi notável o seu desânimo. Uma enfermeira entra empurrando uma cadeira de rodas. _ Trouxe uma cadeira, não é bom forçar essa perna nos primeiros dias. _ Obrigada. _ Até semana que vem. Vou atrás dela empurrando a cadeira, o silêncio foi o nosso companheiro em todo o trajeto. E a imagem dela olhando a tela do celular com aquele olhar triste e perdido não sai da minha cabeça.
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