Capítulo 2

1700 Words
Dois meses depois... Melanie Brooks com seu carro abarrotado de caixas seguia por uma estrada de Massachusetts sentido Oregon. Uma linda moça de uns 25 anos, cabelos vermelhos como fogo cacheados na altura do meio das costas, corpo com curvas volumosas nos lugares certos, olhos de jabuticaba penetrantes e há mais ou menos uns seis meses em reabilitação alcoólica. Há seis meses atrás, ela perdeu sua carreira, casa, namorado e família por causa do seu vício em álcool. Os amigos não eram verdadeiramente amigos, já que ao largar seu vício a abandonaram por serem na verdade parceiros de baladas e bebedeiras. A única pessoa que lhe estendeu a mão para sair desse abismo, foi sua melhor amiga Amanda Prescort que mora no Oregon e que se dispôs a fazer com que seus pais estendessem-lhes a mão e a internasse em um centro de reabilitação, o que por seis meses, se mantinha sóbria e pronta para seguir seu caminho. Durante seu trajeto, ela lembrava de como foi chegar ao fundo do poço. Se não fosse sua amiga a lhe proporcionar um novo começo, ela jamais sairia daquela cidade em que as más companhias ainda a cercavam para retomar a velha Melanie de antes. FLASHBACK ON O bar da Lenny estava mais uma vez cheio, estava eu com meus amigos de farra. Estávamos no décimo ou vigésimo drink, nem lembro quantos já tinham sido. Cada vez mais que bebia, mais as doses aumentavam pois a quantidade conforme passava o tempo, já não surgia tanto efeito de me entorpecer. - Vira, vira, vira. A êêê. – Todos em uníssono vibrando comigo e Peter disputando quem virava mais. Nessa brincadeira, viramos muitas doses e saí de lá rindo e cambaleando com os que pensava serem meus amigos. Peter me agarrou de repente me fazendo cair sobre seu corpo robusto. A única coisa que me lembrava antes de apagar. Acordei em um quarto todo branco com uma mesa de metal na frente da cama, uma TV presa na parede ligada. Estava passando algo relacionado a esportes. Olho para os lados e reconheço ser um hospital. Uma porta se abre e adentra uma jovem bonita. Era uma médica. - Olá senhorita como está? – Ela pergunta checando o soro que está ligado a um acesso na minha mão esquerda. - Estou com dor de cabeça e na barriga. Onde estou? - No hospital Central. Você tem sorte de ter se salvado. O rapaz que dirigia o carro está em coma. Me assusto com o que ela fala e arregalo os olhos incrédula com o que acabava de ouvir. - O Peter Callegh está em coma? Ela assente com um olhar pesaroso. - Sim senhorita Melanie Brinks. O acidente foi feio. Vocês jovens dirigem embriagados e se acham os donos do mundo. A senhorita estava com um grau elevadíssimo de álcool no sangue. Por sorte, não era a senhorita quem dirigia, senão estaria em maus lençóis agora. - Como assim doutora? - O carro em que estavam bateu em uma mureta na estrada, deslizou e bateu em um carro que vinha na outra estrada e infelizmente a mulher que estava dirigindo faleceu no local. Já os filhos, um está na UTI pediátrica em estado grave e o outro também teve sorte como a senhorita com pequenos arranhões. Não acreditava no que ouvia, não queria acreditar que havia acontecido esse estrago todo. FLASHBACK OFF A partir daquele dia em diante, Melanie entrou para o AA, começou a fazer algumas terapias ocupacionais e ficou dois meses em reabilitação em uma clínica. Até o dia em que recebeu a proposta de sua amiga Jane Long a ir para uma cidade pacata do Oregon. Desde que iniciou seu vício em álcool, perdeu emprego, amigos e parentes. Até o belo namorado Ronald se afastou dela não suportando tudo o que o álcool proporcionou a ela. Lembrando de todo o acontecimento, o limite de velocidade permitido na estrada era de 80km/h e ela estava em 100. Um patrulheiro que estava em seu dia de plantão na estrada, viu que ela estava em alta velocidade além do permitido naquela área. Inicia-se assim uma perseguição. Ele liga sua sirene e então sinaliza para que ela encoste seu carro no acostamento. Quando se dá conta de que o policial está pedindo para que encoste seu carro, ela o faz. Um jovem de corpo musculoso em que sua farda se acocha em suas pernas e peitoral aparentando para quem vê, que cuida e muito de seu corpo. Com seu chapéu e óculos escuros, ele se aproxima do seu carro lentamente. Olhando pelo espelho retrovisor, Melanie morde seu lábio inferior suspirando por ver uma miragem mesmo de farda em sua direção. Pele bronzeada, lábios carnudos, cabelos encaracolados pretos. Definitivamente uma perdição. Com a janela do carro aberta, eles se entreolham. Ambos sentem uma química forte naquele momento. Ele engole em seco, afinal, não é todo dia que se vê uma ruiva de pele alva, cabelos cacheados, olhos penetrantes cor de jabuticaba e boca vermelha feito um morango. Ele se recompõe. - Documentos e documentos do veículo senhora. - Um momento por favor. – Pegando do porta-luvas, ela o entrega com um sorriso tímido. - Aqui está. Analisando os documentos, ele vê que não há nada de errado, mas a adverte. - Nessa área só é permitido dirigir à 80km/h e a senhorita estava acima do permitido. Para onde está indo assim com tanta pressa senhora Brooks? - Estou indo para o Oregon em Cascade Locks seu guarda. - Porque de tantas caixas no banco de traz senhorita. O que há nas caixas? Ela sorri e cora. - São minhas coisas. Estou de mudança para cá. Me desculpe, realmente não percebi que estava acima do limite permitido. - Tudo bem. Pode seguir viagem e fique atenta ao limite permitido. A senhora pode seguir viagem. Aqui está seus documentos. Pegando os documentos das mãos dele, os dedos se encostam e sentem algo ppercorrer pelo corpo deles. Ela sorri e agradece. - Obrigada seu guarda. Segurando a aba do seu chapéu, ele desce delicadamente até os seus óculos e ao retirar, ela pode ver o quanto ele é ainda mais bonito. Olhos cor de mel que a fazem se perder por alguns segundos até ser interrompida por ele, que sorri de canto de boca e lhe diz seu nome. - É sargento Paul Holling senhora. Ela assente e sorri. - Obrigada senhor Paul Holling, ah, eu sou senhorita e não senhora só para constar. - Tudo bem senhorita. Nos vemos em breve. Colocando os óculos novamente de forma sexy, ela olha abismada com tamanha sensualidade emanada de um homem só. Ele se afasta do carro e a mesma dá a partida seguindo viagem. Ele a vê partir e suspira profundamente e se leva em pensamentos. “Espero mesmo que nos encontremos novamente linda mulher” Ela olha pelo retrovisor e sorri. “Espero que ele não seja casado e que nos encontremos logo para aonde vou”. Um sorriso travesso ela dá e liga seu rádio sintonizando em uma transmissão de músicas românticas. Segue viagem atenta e Paul continua em sua ronda na estrada. Não demora muito, ela chega na cidade. Um lugar pequeno e pacato que a deixa feliz em finalmente poder recomeçar sua vida ali. Segue até o endereço que sua amiga lhe enviou da casa em que ela ficará morando próximo ao mercado e ao consultório em que ela trabalhará. Melanie é uma fisioterapeuta muito boa. Afundou sua carreira por um segredo que guarda a sete chaves que nem essa sua amiga Jane sabe e que por isso a levou ao vício. A casa é simplesmente linda e aconchegante. Com uma cerca de madeira azul e um belo portão com flores e trepadeiras em toda a sua extensão. Ela estaciona na garagem seu carro e segue até a casa. Adentra no seu novo lar e se apaixona a primeira vista. Um bilhete sobre a mesinha no hall de entrada é deixado para ela por sua amiga Jane. “Minha amiga querida, estou te desejando ótimo recomeço e que você encontre um amor assim como eu encontrei o meu na cidade. Sinta-se em casa e mais tarde nos encontramos, virei te visitar assim que se instalar, ah, não tem comida na geladeira e nem na dispensa. Beijos Jane.” Ela sorri. Como o mercado fica perto da sua casa, ela resolve ir andando para comprar algumas coisas iniciais para a casa. Por onde ela passa, todos a olham curiosos. Duas senhoras sentadas em um banco, cochicha a deixando desconfortável. Tudo o que Melanie menos quer, é ser o centro das atenções. Suspira dando de ombros e segue adiante. Dentro do mercado, ela segue em algumas seções comprando alguns materiais de limpeza e comidas para uma semana. Irá comprar depois a compra do mês. Passa pelo caixa após comprar tudo o que precisava. Coloca no carrinho as sacolas e a atendente lhe indaga. - É nova aqui né? - Sim. - Me chamo Cora Felds e você? - Sou Melanie Brooks prazer. - Muito prazer. Aqui está sua notinha. Tchau. - Tchau. Ela empurra seu carrinho até o local dos outros e retira suas sacolas. Um belo homem entra no mercado no momento em que ela está saindo, eles se esbarram e Melanie quase cai. Ele envolve seus braços em sua cintura. Seus olhos se cruzam. Ele sorri. Melanie está em choque com o que acabou de acontecer. Ajudando-a ficar na posição que estava, ele a examina de cima a baixo e a pergunta. - Você está bem? - Sim, obrigada. Com licença. Passando por ele cabisbaixa, ele segura em seu braço. Sussurra em seu ouvido, causando uma sensação desconhecida por ela. - Não vai pelo menos me dizer seu nome? - Melanie e o seu? - John, meu nome é John Luker. Ela sorri e acena em afirmação. Se desvencilha do seu aperto e segue adiante. Ele sorri por ver uma linda mulher na cidade. Segue adiante para os setores no mercado, enquanto a mesma segue para sua casa. Ela fica a pensar no belo homem que esbarrou. Continua... Dia 06/07, o terceiro capítulo. vai pegar fogo kkkkk
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD