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Te Conheci Atrás das Grades*Morro

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Blurb

Isabel é uma moça muito tímida, recatada, e porque não dizer, muito inocente para a sua idade, pois ainda acredita fielmente em conto de fadas. Ela acredita que um príncipe montado em um lindo cavalo branco vai salvá-la da sua madrasta má que a faz de empregada em sua própria casa.

E embora goste de ignorar uma constante realidade, ela é considerada muito linda dentro da comunidade do Formigueiro. Vivendo debaixo desse teto, sendo constantemente humilhada pela sua madrasta e perseguida pelo seu próprio pai e irmão mais velho, não tendo um dia de sossego em sua vida, pois além desses problemas abusivos, não consegue nenhum trampo, ou bico, para mudar sua dura realidade, ela aceita o emprego que sua amiga Karine lhe oferece. Na intenção de sair de casa em busca dos seus sonhos de princesa. Só que a sua função nada mais é do que satisfazer sexualmente o subchefe do tráfico, que está atrás das grades há mais de três.

José Fernandez, vulgo JF, foi encarcerado para salvar a barra do seu líder, chefe do morro do Formigueiro, no entanto, atrás das grades, ele descobriu a real intenção do seu próprio irmão. Então JF, durante sua pena, elaborou cuidadosamente uma plano de vingança para tirar o traidor do seu pedestal, pois esse traíra roubou além da sua liberdade e paz, seu mano de sangue, roubou sua fiel, pondo-a como a nova imperatriz daquele lugar sem lei.

O destino destes dois será escrito por linhas tortas, mas a atração será uma marca registrada em suas peles, e o sentimento contínuo em seus corações.

Será que duas pessoas totalmente diferentes, podem enfim descobrir finalmente o que é amar e deixar ser amado? Por amor você seria capaz de qualquer coisa? Afinal, até onde você iria por amor?

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Capítulo 1
Isabel — Isabel cara de cuia!!! Vem logo fazer as minhas unhas do pé, caralh.o!!! — grita a minha madrasta, enquanto terminava às pressas de colocar as roupas dela no varal da nossa varanda de trás da nossa humilde casa. Mas em meio aos gritos me deparei com a paisagem linda daqui do alto do morro do Formigueiro, e dei uma boa respirada sem deixar de me mover por um segundo. Contemplar as vielas e ruas estreitas daqui de cima, era um hobby costumeiro meu, já que não tinha o costume de ver televisão, muito menos tinha acesso a internet. Porque todo esse luxo era para os senhores e senhora desta casa, eu não estava incluída em nada, só na parte de ter que ralar das seis da manhã até meia noite. — Hoje o tempinho, juntamente com esse cenário, tá ótimo para estender, daqui a pouco estarão secas. — digo para mim mesma enquanto aperto bastante o tecido de um vestido de festa. Não era de se estranhar porque turistas apareciam por essa favela nos finais de ano. Penso enquanto continuo uma das dezenas tarefas que a minha mãe postiça me obriga a fazer. — Isabel!!! Meus dedos ficarão enrugados de tanto esperar!!! Garota desprezíve.l!!! — Já estou indo, senhora Catarina! Continuo o ato de torcer as peças molhadas uma após outra. Ela era exigente, tinha que esfregar todas delicadamente nas mãos. Era proibido usar a máquina de lavar nas roupas caras. Após estender o último vestido, peguei a bacia de alumínio e joguei água que sobrara dali do alto, tomando cuidado para não pegar em nenhum desavisado que podia passar pela rua debaixo. Longe de mim arrumar confusão com a vizinhança, tinha problemas demais dentro de casa. Guardei o objeto metálico no tanque de pedra, e antes de entrar tirei os chinelos, pois havia limpado, passado pano e encerado tudo pela manhã. Ao passar pela sala, enxugando as mãos no meu gastado avental com desenhos de margaridas, minha madrasta me lançou um olhar mortal. Olhando-me da cabeça aos pés. — Nossa, está cada dia mais parecida com a vadi.a da sua mãe. Aquela ladra de homens. Que lástima. — ditou com rancor. — Estou mesmo? Mas por que isso seria tão r**m? Disseram que ela era muito linda. Não me doía o fato dela chamar a minha falecida mãe de vadi.a ou qualquer outra coisa pior, porque nunca a conheci. Ela morreu quando eu nasci, e todos dessa casa me culpam por isso, menos Catarina. Ela e minha mãe disputavam o meu pai, e com a morte prematura dela, Catarina teve a chance de se casar com o homem que ela sempre desejou. Sentei no tapetinho de frente para ela, notando de soslaio que havia respingos de água em volta da bacia que ela deixava os pés de molho com cremes específicos para que fosse fácil lixar sua pele. Aqueles pingos haviam manchado o chão de cera, e ver aquilo me trouxe um certo desânimo. — Endireita essa fuça, depois você refaz o serviço. Afinal você me deve muito, não acha, Isabel? Sua mão pegou meu queixo com certa violência, fazendo meu corpo estagnar por um certo momento, esperando a próxima bofetada do dia. Mas ao invés disso ela simplesmente me analisou, olhando-me profundamente nos olhos. Mas a sua pressão aumentava, apertando com tanta força que suas unhas afiadas arranhavam minha pele. — Não… precisa… fazer… isso… — Sabe que se não fosse por mim você teria sido criada em um orfanato de quinta, ou seria criada por aqueles dois baderneiros que moram nessa casa e só pensam em putari.a de tanto ver esse corpinho violão dando sopa nos cômodos desta casa! Catarina empurrou-me ao me soltar, sorte que estava com as mãos agarradas no tapete, da qual me segurava como se a minha vida dependesse disso. Seu olhar era mortal, acho que se pudesse ela me eliminava aqui nesse exato momento. — Sou muito grata… Sabe perfeitamente disso, senhora. — Hu! — Olhou a unha feita, enquanto colocava o pé molhado no meu joelho dobrado. Rapidamente catei a toalhinha dela, pondo-a debaixo dos meus joelhos. Comecei a secar, depois a lixar seu calcanhar. — Espero que continue assim, comportada e obediente. Se continuar assim posso até arrumar um bom pretendente pra você, que tal? Parei, prendendo bem a respiração. Olhando ao que fazia ela balançou o tornozelo na minha frente, quase na minha cara. Voltei ao meu trabalho pensando o que ela queria fazer comigo. — Acorde pra vida mocinha, a juventude não passa dos trinta, e você já tem vinte e três anos. Preciso conversar com o dono do morro do Formigueiro, talvez possa negociar um bom casamento. Ah, seria muito dá hora, minha querida enteada casada com o… tesoureiro do tráfico! Imagina a fortuna que aquele homem cheiroso, que parece mais um mafioso da Itália, pagaria para ter um pitelzinho como você no colo dele? Ah papai… Ficou a pensar enquanto que muda eu ficava. Não era desse jeito que esperava construir uma família somente minha, queria um marido que me amasse acima de qualquer coisa desse mundo. Não uma mercadoria a ser usada até virar um trapo humano, me encher de filhos que provavelmente iria povoar essa favela. Não é esse destino que desejo para mim, quero mais do que viver numa comunidade comandada pelo… — Já ouviu falar no sub do dono do morro? Esse seria um bom partido, pena que foi preso por… Ah! Deixa. Pobre JF. — Até que enfim chegamos da empreitada daquela maldita obra — comentou meu pai com o Bentinho, meu irmão mais velho, ao entrar na sala usando aquelas botas sujas de pedreiro. Marcando o piso todo de terra grudenta. — Aff… — resmunguei baixinho, voltando a olhar o pé da minha madrasta enquanto lixava, justamente para não ocasionar atrito na casa. Porque segundo eles, tudo aqui era culpa minha. — Isso foi uma reclamação, Isabel? — questionou meu irmão, usando aquele típico tom arrogante. Algo que sempre acontecia ao se dirigir a minha pessoa. — De jeito maneira, a Isabel não faria nada disso — falou a Catarina, usando a voz doce dela quando estava planejando algo que a beneficia, principalmente quando envolvia dinheiro. — Está muito penosa com essa guria, mulher! Larga de ser best.a que isso aí não vale o prato que come. Matou até a mãe dela. Uma assassina e… — Por favor… — pedi sussurrantemente. Ouvi sua respiração bufante, irritadiça. — Tá, depois voltamos a nossa conversa da semana passada, filha. Aí nós fica quite. Engoli em seco, notando a tensão voltar contudo sobre a minha cabeça. — É pai, Isabel também tem assuntos inacabados com o maninho aqui, e preciso tanto relaxar ultimamente — falou com deboche m*****o. — Vocês dois! Filhos de uma put.a desgraçada! Parem de importunar minha querida enteada — disse com a voz extremamente caridosa ao pegar com cuidado meu queixo, fazendo-me olhar novamente para aquele rosto perverso. Senti um leve tremor ao notar mais descaradamente até onde iria a sua ambição egoísta. Nesse instante soltei a espátula de pé, parando meu serviço de pedicure que toda a semana, Catarina me forçava a fazer. Observei por alguns segundos ela, a sua olhada, percebendo mais claramente o quanto eu era insignificante para esta família. E constatar isso sempre me doía, pois às vezes fazia de conta que estava tudo bem. Que poderia ser muito pior. — Catarina e Isabel, não sei o que as duas estão aprontando. Só quero saber se o almoço meu e do Bentinho está pronto. E se a songamonga tá ocupada quem vai colocar nossas comidas no prato? Sabe como é mulher, eu e meu filho precisamos ser bem servidos na nossa casa. — Concordo com o pai, Isabel vai logo! — Avançou dando-me um chute leve, mas o suficiente para me tirar das garras da minha madrasta. — Bota nossa marmita, que a hora do almoço é sagrada pra quem trabalha, bora, sua vaquinha! Ditou rude, não me dando a chance de ao menos me erguer primeiro. Ainda continuava a olhar a expressão calculista da Catarina, e me dava mais medo que as feições dos meus próprios parentes de sangue. — Vai, pode ir servi-los. Prometo que eles não vão bolinar em você, pois preciso do seu corpo intacto para os meus propósitos. E nada nessa casa acontece sem o meu querer, entendeu essa regra, Isabel? Essa regra pode valer uma vida, a sua vida. A sua integridade física sempre esteve aqui. — Gesticulou. — Na palma da minha mão. — Sim… — Gaguejei adiantando o que deveria fazer na cozinha. Ao passar pelos dois homens da casa, olhei-os brevemente, mas somente Bentinho, um cara bem alto e magrelo, manteve contato visual. Ele me olhava como se fosse me devorar sem pena, e isso me enoja cada dia mais. — Catarina, conte pra nós o que pretende fazer. Meu pai, ela e Bentinho começaram a conversar às claras enquanto na cozinha mexia a colcha dentro da panela para pegar apenas o caldo do feijão, em seguida levei a panela com cuidado para a mesa, pondo com cuidado no prato deles. Minha madrasta contou para eles que pensava em fazer um acordo com o chefão do tráfico. Isso mesmo, não era blefe, ela queria me vender para um dos homens mais temidos desse país, e na cabeça dela eu teria que acatar. Ou era isso ou ela permitiria que eu fosse a refeição desses dois nojentos. Eles ficaram lá debatendo entre si que pelo menos teriam que ter uma experiência comigo antes disso, pois eles iam perder algo que sempre desejaram. mas Catarina foi firme, dizendo que o dono do morro gostava de mulher pura, virgem, pois havia se cansado da sua fiel. Esse papo estava me causando cada vez mais repulsa, uma indignação brotou ferozmente em meu peito, mas não conseguia gritar, correr, fugir pra longe desse e do próximo inferno. Preciso dar um jeito na minha vida pra ontem, não vou aceitar isso com a facilidade que ela está depositando. Prefiro fugir de casa, morar nas ruas, morrer numa sarjeta. Me submeti demais e agora tenho que servir um homem que vai abusar de mim todos os dias? Tô fora! É nessas horas que torcia para que um príncipe atravessasse a porta e me tirasse daqui, mas isso era fantasia da minha mente esperançosa. Esperei por muitos anos, agora preciso agir, antes que seja tarde demais para os meus sonhos acontecerem.

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