bc

PATROA (MORRO)

book_age18+
1.0K
FOLLOW
5.2K
READ
dark
badgirl
powerful
boss
mafia
gangster
drama
enimies to lovers
crime
seductive
like
intro-logo
Blurb

Karine é filha do dono do morro: Pedrão, mas é filha única e tem que ralar para conseguir seguir o legado do pai, afinal, ser patroa não é fácil. Será que Karine vai conseguir conquistar a sua vez ????

chap-preview
Free preview
Capítulo 1
KARINE Vivo no meio dessa bagunça desde que eu me entendo por gente: droga, bebida, gritaria e baile. Esse era o legado do meu pai: Pedrão, chefe do tráfico aqui dentro da comunidade.  Ele era bastante respeitado por todo mundo por que era gente boa, mas também sabia colocar terror quando precisava, e eu era igualzinha a ele, não deixava de me gabar por isso.  Mas desde cedo escuto todo mundo dizendo que eu nunca seguiria os passos do meu pai por que ele nunca ia permitir, e de fato ele nem deixava. O que me deixava mais p**a da vida ainda. Ele tinha essa imagem de mim de mocinha indefesa, que ele também sabia que eu não era por que me ensinou tudo dessa vida desde sempre, e eu não era tapada também, só não enxergava a dificuldade em morar na favela quem não era dali. E eu queria a chance de continuar o legado do meu pai mas ele me negava isso sempre.  Tava lá nois dois discutindo de novo por que ele não conseguia aceitar o fato de que eu queria ser igual ele, coisa que era impossível negar por que eu era a cara cuspida desse marmanjo, não só cara como personalidade. Tal peixe, tal peixinho.  Minha mãe morreu quando eu tinha cinco anos, não lembro muita coisa dela além da aparência já que tinha milhares de foto dela pela casa e das coisas que meu pai conta. Ele dizia que ela era a mulher mais f**a e durona que ele conheceu, que ela batia no peito e peitava quem quer que viesse na sua frente bancar a safada. Ele achava lindo falar sobre as supostas amantes e de como minha mãe batia nelas, se ele fosse homem de verdade nem tinha colocado um presente na cabeça dela.  E eu ficava ainda mais brava por que ele me repreendia quando eu tentava ser igual um dia ela foi, quando eu falava que não era flor que se cheire e não iria ser p*u mandado de homem. Ele virava o bicho.  - Esse negócio não é pra tu não Karine, vê se te põe no teu lugar. - Ele murmurava pra mim pela milésima vez enquanto carregava as armas dele em cima da mesa, sem nem olhar para minha cara direito. - Não é pra mulher.  - Que pensamento mais escroto pai. - Falei me jogando no sofá pra olhar ele carregar tudo aquilo sozinho. Eu que não iria ajudar um rabugento como ele, mulher não servia pra isso, né? - Tu sabe que eu tô nisso desde pequena, sei tudo que tu sabe, até melhor que você.  Nóis dois era como cão e gato, sempre se alfinetando mas defendia um ao outro com unha e dente, ele me protegia ainda mais por ser o patrão mas nossa amizade era ainda maior que nosso laço sanguíneo, o que tornava nossa convivência tranquila.  - Mas e daí? Quero te ver formada, por isso que p**o a p***a da tua faculdade. - A voz dele amargurada, ele parecia viajar em sua mente, nem prestava atenção direito em mim.  Revirei os olhos no mesmo instante. Ele pagava faculdade de direito pra mim no centro da cidade, vivia dizendo que não queria que eu me envolvesse com ninguém daqui de dentro. Pobre coitado se ele achava que eu iria me envolver com algum playboy, eles não tinha nada a acrescentar na minha vida, meu pai não era exemplo pra ninguém e tava querendo bancar o bonzão. Se ele achava que eu ia seguir os conselhos dele tava enganado.  Eu fazia a faculdade por que não tinha outra escolha, ele me levava até a porta e me buscava também, até nisso ele fazia questão de tá de olho. Não tem tempo nem de limpar o r**o e tinha tempo de vigiar meus passos. - E quem vai comandar depois? O Lucas? Me poupe. - Debochei lembrando do capeta. Lucas era o braço direito do meu pai, um moleque, nem das fraldas tinha saído. Sabia que o maldito era inteligente mas eu não iria dar o braço a torcer e me rebaixar a ele, se eu tivesse que meter bala na cabeça do arrombado pra seguir o legado, eu fazia sem dó. Só por que ele era leal ao meu pai não queria dizer que eu simpatizava com ele.  - E o que tem? Moleque é de confiança, é bom. - Ele falava aquilo com orgulho, como se Lucas fosse filho dele, e isso me deixava ainda mais brava.  - Lucas é um peida cueca, pai, não aguenta um grito. - Eu tava mentindo é claro, só queria diminuir o meu maior concorrente.  - E tu acha que os cara vão respeitar tu? - Ele me olhou nos olhos, fazendo eu revirar no mesmo instante. - Se liga. Esse pensamento dele de achar que mulher não podia estar no comando que fodia tudo, ele achava que eu não aguentava um tapa que estaria arregando pra bandido de morro rival. Logo ele que podia me incentivar e me dar a maior moral ali dentro, pra fazer o povo me respeitar como deveriam. Mas eu não precisava do apoio dele, muita gente me respeitava e nem era por que eu era filha do chefe.  Aqui a gente é que nem o d***o, e eu criada no meio deles, me tornei ainda pior.  - Você não vai tá mais aqui mesmo. - Soltei baixinho pra ele não ouvir, voando nos pensamentos. - Que cê disse? - Falou todo zangado, parou até de amaciar aquele maldito fuzil. Finalmente prestando atenção no que eu dizia. Isso ele escutava né? - Nada Pai. - Falei de volta segurando o riso e levantando do sofá. - Eu vou na casa da Leticia. - Vê se não demora. - Ah vai vê se tô na esquina. - Murmurei antes de sair porta a fora e deixar o velhote lá dentro resmungando sozinho.  Ele calculava todos os meus passos e sabia de tudo que eu aprontava, nem adiantava mentir pra ele por que isso era caso perdido e ele só iria acabar perdendo a confiança em mim. Então eu preferia fazer as coisas na sua frente, e sob sua vigília do que fazer nas espreitas. Ser filha do chefe tinha lá suas vantagens mas também tinha desvantagem. Desci correndo até a casa da Letícia, minha melhor amiga, ela morava quase na barreira do morro.  Um p*****a rodada, que eu amava demais. Mais solta que arroz branco era ela, pegou todo mundo dentro dessa comunidade, e até fora eu tenho certeza. Mas não era pra menos também, a menina preta, dos cabelos cacheados mais lindos que eu já vi,  e os olhos verdinhos como o baseado que a gente fumava, até eu me rendia a ela se ela pedisse. Dançava funk que nem desgraçada, cintura de mola era como era conhecida na internet, fazia muito sucesso e eu gostava de zoar ela chamando de famosinha. Ela ficava bravinha sempre mas sabia que eu tava zoando e que torcia muito pra ela fazer sucesso e sair desse buraco.  Como eu já esperava tava ela na porta da casa paquerando algum menino que eu não reconheci, nem todo mundo eu conhecia, não era obrigada. A menina morava com a avó, que era tão velha que m*l saia do sofá, vivia com a aposentadoria e as merrecas que Letícia ganhava na internet. Tinha doido pra tudo, até bancar mina que eles nem conhecem.  - Ô pir4nh4. - Chamei ela, que logo me olhou com suas esmeraldas e abriu um sorriso lindo.- Já tá paquerando. - Estraga não pô. - Resmungou, se despedindo do rapaz com um beijinho no rosto. Deu o número do celular dela num papelzinho que ela tinha feito vários pra distribuir em dia de baile. O cara nem olhou pra minha cara. Safada.  - Mas cadê o Igor?- Perguntei cruzando os braços quando o menino foi embora e ela revirou os olhos pra mim. Eu estava só provocando claro. Igor era o ex dela, ex que ela vivia beijando as escondidas, os dois não se assumia mas também não se largava. Letícia pegava vários e ele também e os dois estavam bem assim, e eu nem entendia esse caso deles, relacionamento aberto eles diziam. Vá entender.  - Sei não sei, tá com o Lucas, teu marido.  - Teu r**o. - Retruquei e ela caiu na gargalhada. - Ah me poupe Karine, tu é xonada nesse garoto que eu sei.  Mandei o dedo do meio pra ela no mesmo instante. Ela jurava que eu gostava do Lucas, só por que vivia falando que meu pai queria colocar ele no lugar que deveria ser meu. Não que ele fosse feio, era gatinho até mas não fazia meu tipo. Ele fazia mais o tipo de garoto que eu meteria a porrada só por diversão.

editor-pick
Dreame-Editor's pick

bc

Diferente

read
3.2K
bc

A patricinha roubou o traficante?

read
3.8K
bc

O CONTRATO

read
3.1K
bc

Destinados ao Amor

read
2.3K
bc

CORROMPIDA

read
1.7K
bc

Intense

read
9.9K
bc

Prometida ao Carrasco

read
5.8K

Scan code to download app

download_iosApp Store
google icon
Google Play
Facebook