Gracinha estava no banho, a água quente escorrendo pelo corpo, quando sentiu as mãos de Mostafa em sua cintura. Instintivamente, ela se virou para reagir, talvez gritar, mas ele colocou a mão sobre sua boca. — Não grite, vai acordar as crianças. Não grite. Está tudo bem, Graça, está tudo bem — disse ele, com a voz calma e próxima ao ouvido dela, mesmo com medo, ela sentiu um arrepio no corpo. Ela respirou fundo, o coração acelerado pela surpresa. — Me deixe sair... — pediu. — Não deixo . Termine de tirar o sabonete. Ela olhou para ele, tentando decifrar suas intenções. Mostafa não tirou os olhos dela. A calma dele contrastava com a agitação que ela sentia por dentro. — Confie em mim — ele completou, soltando devagar a mão que segurava sua cintura. Gracinha não disse nada, mas percebe