Alice
Assim que ele me deixou na porta de casa e me deu dois beijos no rosto é como se meu corpo inteiro estivesse aceso igual a pisca de natal, nunca me senti assim antes com homem nenhum, o José que às vezes faz esse gesto não sinto nada, mas com ele é diferente, é intenso, meu corpo tem reações às quais para mim é desconhecida, saio dos meus pensamentos e entro.
-Ai que susto mãe! A senhora ainda está acordada?
-Sim estava lhe esperando, e você chegou tão distraída que nem me viu. Quem era o moço bonito que te trouxe?
-Ah! É o tio da Anny.
-O que está ocupando sua mente e seu coração?
-Mãe! Não tem ninguém ocupando minha mente e nem meu coração.
-E essa cara de boba que você estava fazendo quando entrou é por que mesmo?
-Eu não estava com cara de boba nada dona Carla, a senhora está enxergando demais.
-Será? Eu já me apaixonei minha filha e sei muito bem como é. Mas você irá descobrir.
-Agora vamos dormir que já está tarde.
-Ah! Ia me esquecendo, o José esteve aqui para te chamar para sair como você não estava ele disse que viria amanhã pra levar você para tomar sorvete.
-E a senhora disse o que para ele?
-Que venha amanhã, você precisa sair.
-Ah não mãe, não estou a fim de sair com o José, ele fica forçando uma situação que não vai rolar, portanto amanhã quando ele vim à senhora diz que eu sai com uma amiga.
-Porque você não da uma chance para o José? Ele é um rapaz direito, e pelo jeito gosta muito de você.
-Mãe o José é como um irmão para mim, eu não sinto nada além de carinho de irmã, então não dá para tentar um relacionamento com uma pessoa que você não sente nenhum tipo de atração.
-Já entendi você está atraída pelo tio de sua aluna, né mesmo?
-Que coisa, a senhora agora deu para está fantasiando as coisas, eu não estou atraída por ninguém, ele apenas me deu uma carona e nada mais, portanto dona Carla nada de ficar me arrumando pretendentes. Vamos dormir que é melhor.
Vamos abraçadas para os nossos quartos, dei seu beijo de boa noite e fui para o meu quarto tomei um banho e me deitei, mas meu sono não chegou e tudo que vinha na minha mente era o Patrick, meu Deus eu não posso está me apaixonando por ele, nunca daria certo, eu preciso tirá-lo da minha cabeça e principalmente do meu coração.
Patrick
Minha noite foi turbulenta, não consegui dormir direito aquele anjo de olhos azuis não saiu dos meus pensamentos, nem me concentrar estou conseguindo, será que devo dá uma chance para o meu coração novamente, será que devo me libertar desse medo de gostar de alguém novamente, acho que vou seguir os conselhos do meu pai vou começar com uma amizade, tentar conhecê-la melhor e quem sabe da uma chance a algo mais. Desço e vou trabalhar um pouco, fiquei tão concentrado com a revisão de alguns contratos que nem vi a hora passar, paro por que a Beth me chamou.
-Desculpe senhor Smith, mas o almoço está servido.
-Já estou indo Beth, obrigado.
Saio do meu mundo de trabalho e vou almoçar como sempre almoço sozinho termino e vou para o meu escritório novamente, me entregar ao trabalho fico ali mais um tempo, mas a concentração se foi, então resolvo fazer algo inusitado, poderia ligar para ela, convidá-la para tomar um sorvete, ir a algum lugar, mas ai me lembro de que não tenho nenhum contato dela, se ligar para o Jorge ele vai ficar me zoando, então resolvo ir ate sua casa já que tenho o endereço, o mínimo que pode acontecer é ela me dispensar, resolvo me arriscar assim mesmo, um sorriso bobo toma conta do meu rosto me arrumo e desço.
-George!
-Sim senhor Smith.
-Você está dispensado está tarde, pode ir descansar.
-Tudo bem senhor, se precisar me avise.
-Ok George, obrigado.
Saio pego meu carro, vou em direção a sua casa, no caminho passo em uma floricultura e compro um buquê de rosas e uma caixa de bombons, acho que ela vai gostar.
Alice
Acordei cedo, ajudei mamãe a dá uma faxina na casa fizemos o almoço, depois que arrumamos a cozinha resolvi ir descansar um pouco.
-Mãe se o José aparecer não diga que estou, preciso descansar para amanhã, e não estou a fim de sair.
-Tudo bem meu amor, vai descansar então.
-Te amo, beijos.
Saio e vou pro meu quarto tomo um banho de visto uma roupa leve e me deito, acabo adormecendo.
Patrick
Chego à rua de sua casa, será que devo seguir com essa ideia, e se ela não estiver em casa, se ela tiver um namorado, ai meu Deus isso é loucura acho que vou voltar, não já cheguei até aqui vou seguir se ela não quiser sair, pelo menos tentei paro em frente sua casa, pego o buquê e os chocolates e bato na porta.
-Boa tarde, a Alice está?
-Boa tarde, o senhor é?
-Ah! Desculpe-me eu sou um amigo dela, Patrick.
-Ah! Você é o tio da aluna dela. Prazer sou Carla mãe da Alice.
-Sim, eu a trouxe ontem, ela está em casa?
-Sim, entre e sente-se. Aceita uma água ou um suco?
-Não obrigado, estou bem.
-Aguarde um pouco vou chamá-la.
-Alice minha filha acorde.
-Não mãe, me deixa descansar um pouco mais.
-Você tem visita, anda levanta.
-Mãe eu falei para senhora não dizer para o José que eu estava em casa?
- Mas não é o José que está te esperando.
-E quem é? Não estou esperando ninguém.
- O tio de sua aluna, como é mesmo o nome dele...
-O Patrick? Ele está aqui em casa? Mas...
-Anda se arruma que o rapaz está esperando.
Minha mãe sai e eu fico paralisada, meu Deus o que ele quer aqui em casa será que aconteceu alguma coisa com a Anny, me arrumo rápido, faço um coque no meu cabelo e vou para a sala.
-Oi Patrick, tudo bem?
-É... Oi Alice, tudo. Trouxe isso para você.
-São lindas, obrigado. Mãe traz um suco para nós, por favor.
-Claro filha.
-Senta. A que devo a honra da sua visita? Aconteceu alguma coisa com minha pequena?
-Não, ela está bem, apesar de não ter visto ela hoje. Mas eu vim aqui te convidar para ir tomar um sorvete, você aceita?
-Aqui está o suco, vou deixar vocês à vontade.
-E então aceita meu convite?
-Claro, se você esperar eu tomar um banho.
-Claro, eu espero.
-Mãe!
-Oi meu amor.
-A senhora pode fazer companhia aqui para o Patrick enquanto eu tomo um banho.
-Claro meu amor pode ir.
Saio e deixo minha mãe com o ele, sigo para o meu quarto tomar um banho e me arrumar, ainda sem acreditar que ele está aqui.