Quando você é criança só quer saber de crescer, para fazer o que acha certo. (Doce ilusão)
Na adolescência se ilude fácil, com a vida boa que temos, que é sair, aproveitar a noitada sem ter medo ou pressa de ter responsabilidade na vida. (Mas nem sempre tem muito tempo para aproveitar.)
Mas quando se é adulto, temos que enfrentar cada obstáculo que vem na nossa vida, sem direito de reclamar, conseguimos enxergar o quanto fazemos de errado no passado, prometendo para si mesmo que não deixaria seus filhos cometer os mesmos erros e com isso tentamos sempre fazer nossoa filhos seguir ou ter uma criação diferente.
Levantar-se cedo ir para o trabalho, enfrentar a dura realidade da vida!
Quando me apaixonei por Adriel, pensei que minha vida iria mudar, pela forma que ele me tratava, cheguei a pensar que tinha tirado sorte grande por ter e ao meu lado.
Mas como podia adivinhar que tudo não passava de uma doce ilusão?
No começo são flores, mas quando a rotina nos pega de jeito, mostra a verdadeira face de um homem. (Reconquista a pessoa amada é para poucos, muitos deixam de lado.)
O dia se torna exaustivo, as tarefas domésticas se tornam muito cansativa, e acabamos nos deixando levar pela rotina que não muda nunca! Vivemos empurrando com a barriga a nossa realidade.
Até mesmo as brigas ficam sem graças, toda vez arrumava desculpas para sair de casa e só voltava no meio da madrugada, e assim foi quase todo meu casamento, sempre focando em melhorar minha vida. Porque sabia que meu casamento não ia durar muito tempo. (O porquê ainda estava vivenciando esse casamento fracassado? Uma pergunta que não tinha resposta.)
Quando descobri minha gravidez foi como um sonho realizado, só não esperava que fosse duas de uma vez!
Aí nasceu um pouco de esperança, pois teria o porquê de lutar e seguir a diante com o casamento, seria por elas, pelas minhas filhas e seria isso que me daria força para enfrentar um dia por vez, a esperança estava em meu coração gritando forte que minha vida iria mudar!
Meu casamento foi ficando cada vez difícil de aturar, foi aí que começou a bebedeiras e as noites fora de casa, tudo isso me doía bastante por mais que não sentia mais nada por ele, mas tinha esperança de que ele iria mudar pela família, pois me enganei. (E acabei enfrentando a gravidez sozinha, com muita força e coração cheio de amor por elas.)
Quando ele vinha me tocar me sentia suja, por que não sentia nem atração mais por ele, tinha uma vontade de vomitar cada vez que ele se aproximava do meu corpo, foi aí que vi que não iria me submeter a essa situação de me deitar sem amor, sem desejo nem mesmo t***o, não sentia por ele ao invés disso fui criando nojo, ranço, raiva, decidi pedir divórcio! Essa era a única opção para mim, eu precisava me libertar do Adriel.
Mas tive que esperar as meninas nascerem, para poder dá um rumo a minha vida, como não trabalhava teria que começar a pensar o que faria assim que elas nasceram.
Enquanto isso decidimos dormir em quartos separados, e assim foi se passando dias, meses, e até mesmo anos, pois ele não vivia mais no mesmo teto, ele era apenas o pai ausente das meninas.
Quando as meninas completaram 5 anos ele decidiu me dar o divórcio e me deixou morando na casa, já que eu não tinha para onde ir, e com as meninas ainda pequena não poderia me arriscar morando com m um lugar que colocassem em perigo.
Nessa época eu já trabalhava em um supermercado de caixa, o dinheiro não era muito porque ainda tinha que pagar uma pessoa para cuidar das meninas. Como era duas muitas vezes as babás desistiam devido dar muito trabalho e não tinha como pagar o dobro. m*l eu tinha para manter a casa, imagina pagar um valor maior para ter duas babás.
Muitas vezes tinha que me virar em duas para não deixa nada para menina fazer, com tudo organizado, comida prontas ela só precisava olhar as meninas.
Adriel não dava nada, tive que falar pra ele que teria que me ajudar, porque mesmo trabalhando o dinheiro não estava dando. As coisas estavam ficando cada vez mais caro, toda vez que fazia a feira das meninas sempre tinha que deixar coisa no carrinho por que o dinheiro não rendia. E isso msm deixava frustada, por não dar o que as meninas precisavam.
Foi quando ele mais uma vez me surpreendeu e me ajudou na feira das meninas, como ele estava morando de aluguel alegava que não poderia dar um valor alto, não reclamei porque nessa altura iria me ajudar bastante, mesmo se mantendo longe das filhas.
Foi tudo muito fácil, fiquei até com medo, quando minhas filhas completaram 5 anos só morávamos só nós três, minhas pequenas, as deixavam durante o dia na escola e quando largavam iriam para a creche, por que a babá não podia mais prologar horário, por isso tive que colocar na creche até o horário que saía do trabalho, nesse período até comecei a estudar a distância para tentar algo melhor pra nossa família, eu teria que melhorar de vida, para poder dar um conforto para elas.
O que me deixou, mas triste foi que mesmo com passar do tempo, Adriel se manteve longe das meninas, elas não mereciam o seu desprezo por serem meninas. Algo que ele sempre deixou claro!
Mente machista como a dele, não tinha outro pensamento, tudo para ele o homem que mandavam, pagava contas, e até mesmo não aceitava que mulher trabalhasse, porque meu dinheiro não valia de nada ao seu ver.
Palavras deles e não minha, já que tenho uma visão totalmente diferente, que a mulher sim pode ser independe, e sim pagar contas e nessas idealizações que vive nesse tempo todo.
Mesmo na minha rotina que é uma correria, casa, filhas crescendo, estudando e ainda temos estados, mas juntas do que nunca, já faz um tempo que o pai não vem ver las.
E como minha família mora em outro estado, se torna muito caro viajar com ela nas férias, então tento suprir a atenção delas como eu posso.
Em ficar casa aproveitando com um filminho, ou ir à praia e até mesmo ir ao clube, que tem aqui perto de casa, já que as amiguinhas delas sempre vão, as meninas já estão entrando pra adolescência, 15 anos parece que foi ontem que minhas bebês eram uns pacotinhos que cabia nos meus braços...
Hoje dia foi muito cansativo, tive que fazer hora extra sem querer, porque teve uma falta e como era na hora que se tem mais clientes, não poderia deixar na mão, então tive que ligar para minha vizinha Maria que é meu anjo, que agora fica de olho nas meninas, ficar um pouco mais com as meninas. (Me odiando por isso)
Assim que saio do trabalho, vou correndo pra casa, tentar descansar um pouco e curtir minhas filhotas.
Quando término de me organizar , e aproveitar o restinho da noite com as meninas e depois que elas foram pra cama, eu só quero minha cama, por sorte amanhã será minha folga, amém!
Assim que me deito meu celular começa a tocar, me dá até uma preguiça de levantar, mas a pessoa que está do outro lado da linha não desiste, então decido levantar para atender.
Quem era que estava com tanta persistência, que não poderia deixar para depois?
Quero chuvas de muitos comentários!!!!
Beijokas Milla Almeida ??