Muralha

1019 Words
Muralha Narrando Depois da morte do meu irmão eu senti que meu mundo acabou, tínhamos uma cumplicidade sem igual. Uma coisa que nosso pai sempre nos ensinou que nós éramos parceiros um do outro e só iriamos nos separar com a morte, pois bem esse dia chegou e juro que não estava preparado para isso, a morte do víbora como era conhecido, mexeu muito com o morro e com as lideranças que tínhamos, mas nada que eu não conseguisse contornar. O que mais me preocupou foi a Alexia, ela sempre foi muito apegada a ele, com certeza se essa menina tivesse nascido homem iria seguir os passos do pai. Serpente- Tio, agora com a morte do meu pai quero assumir o comando do morro assim que fizer 18 anos. Muralha- tem certeza dessa decisão Alexia? Acho que seu pai não ia gostar de ver você seguir o mesmo caminho que ele. Alexia- sim, tenho certeza que é isso que quero e além disso o senhor irá me ajudar no comando, continuará como sub, meu pai jamais iria querer o senhor distante do comando. Muralha- eu não vou discutir porque nesse quesito é teimosa igual o víbora. –irei ensinar a você tudo que precisa saber e aos 18 anos você assumira tudo. – precisa escolher um vulgo, divulgar seu nome não é legal, quanto menos o inimigo souber melhor. Alexia- já tenho um vulgo perfeito, será Serpente! Meu pai sempre disse que sei sufocar alguém quando quero algo. DIAS ATUAIS Serpente- Bom dia, tio tudo bem? –como anda as coisas por aqui? Muralha- você ainda ta com a mesma roupa de ontem? –não tem vergonha não? Serpente- Do que eu teria vergonha? –passei aqui só pra saber como estão as coisas, vou em casa me ajeitar e venho já pra pegar o plantão. –meu tio as vezes me trata como adolescente, não julgo ele só quer me proteger, não tenha um dia que eu não pense no meu pai e na minha vingança. –cada dia que passa eu tenho mais ódio de quem fez isso, e estou mais perto de descobrir. –meu tio não sabe que estou à procura dos assassinos do meu pai, ele diz que o ódio transforma corações, não concordo faço coisas pela minha comunidade que só quem tem bondade no coração faz. –fui até a minha goma pra trocar de roupa e tomar um café reforçado a noite de ontem foi maravilhosa. –sempre que tenho um tempo gosto de viver a vida do meu jeito, como se não houvesse amanhã, não acredito nesse negócio de amor e muito menos em par perfeito. –minha amiga Luísa que o diga rsrsrsrsrs. – as vezes fazemos essas loucuras, mas nada abala nossa amizade, e ainda tem o Telha, que é meu segurança o cara é um gostoso, chegou na boca junto comigo, e desde então tem se mostrado muito leal a família. –saiu dos meus pensamentos com a dona Jacira, a senhora que trabalha aqui em casa. –ela já vem nos acompanhando a anos, cuidou de mim quando criança e foi como uma mão depois que minha mãe faleceu. – Alexia vem tomar café – disse ela me gritando. Não gosto que ela me chame pelo nome, mas é difícil lutar com ela, corri até o banheiro pra tomar um banho rápido, troquei de roupa, vestir a primeira que achei e desci pra tomar meu café. Jacira- Mais uma vez você não dormiu em casa né? Serpente- não! a senhora tem que parar de querer me controlar, sei que cuida de mim e me ama, mas achar que sou uma criança e não sei o que faço é de mais. Jacira- eu sei minha filha, mas me entenda pra mim foi difícil ver sua mãe partir, seu pai também, eu não sei se aguentaria você ter o mesmo fim. Serpente- calma, que eu não vou ter o mesmo fim não, a senhora ainda vai ter que me aturar muito, e pare de me chamar pelo nome, quanto menos o inimigo souber melhor. –terminei meu café e voltei pra boca, dias atrás recebi uma denúncia anônima dizendo que sabia quem havia matado meu pai, eu espero mesmo que seja verdade, porque se não for, e alguém tiver de gracinha vai morrer da melhor forma. Muralha- ainda bem que você chegou! To morto, já não tenho mais a mesma disposição de antes, pensando seriamente em me aposentar. Serpente- Tio, sei que a idade já chegou, mas aguente só mais um pouco ainda não achei ninguém a sua altura pra ficar no seu lugar não. Muralha- e você não vai achar mesmo não, melhor que eu só eu mesmo. –como o senhor é engraçado- disse ela. –minha filha não existe ninguém igual, e seu sub quem tem que moldar é você, ele não vem pronto não. –fé ai pra tu, bom trampo. Serpente- tchau coroa! –meu tio é uma figura, desde que seu parceiro se foi, é como ele se refere ao meu pai, que nunca mais vi ele com mulher. –apesar que já notei uns olhares da dona Jacira pra ele. Telha- Bom dia! Patroa Serpente- Ta atrasado viu?! –já disse que não gosto de atrasos. Telha- Acordei e não encontrei você, saiu cedo em? Serpente- esses assuntos são proibidos no local de trabalho já te disse isso, vamos trabalhar que é melhor. – deixou a Luísa em casa? Telha- achei que era proibido falar desse assunto no local de trabalho. –a olhei com um sorriso canto de boca. Serpente- eu fiz uma simples pergunta. – agora se manda e leva essa lista pros meninos irem cobrar, e só voltem aqui com o dinheiro em mãos, se não eles estarão bem encrencados. Telha- Eu ainda não me acostumei com jeito da Serpente, nas nossas noites eu sinto como se ela fosse minha, mas no outro dia é como se eu fosse nada pra ela. –mulher doida do c*****o. –quando eu digo que essas minas é o golpe ninguém acredita.
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