Elisabeth🍁
_eu sinto muito Elisabeth.
Minha melhor amiga tentava me consolar, mas eu sabia que não havia nada que pudesse ser dito ou feito para aliviar a dor que eu estava sentindo. Cada palavra era como um punhal perfurando meu coração. Quando ela disse que sentia muito, eu não pude evitar de pensar que isso não mudaria nada, meus pais não voltariam.
Eu respondi com um amargo sabor na boca:
"Não sinta, Lua. É a lei da vida. Um dia todos nós vamos morrer."
Era uma verdade triste, mas que agora estava mais presente do que nunca. Não conseguia acreditar que meus pais haviam morrido. Há apenas uma semana, estávamos todos juntos, felizes e nada parecia poder nos abalar. Mas agora, eles já não estavam mais ali comigo.
A dor era insuportável e parecia que nada poderia aliviar. Eu me sentia sozinha, abandonada e sem chão. Mas aos poucos fui percebendo que não estava sozinha. Minha melhor amiga, que sempre esteve presente em minha vida, nunca me deixou. Ela ficou ao meu lado durante todo esse tempo, ouvindo minhas lamentações, me abraçando quando eu precisava. Descobri que mesmo nos momentos mais difíceis, ainda existia amor e compaixão no mundo.E quando eu precisei de um abraço os únicos que estavam ali por mim era os meus amigos.
Até o cara que eu pensei que me amava me abandonou, no mesmo dia que eu mais precisava dele. Ainda me lembro era como se fosse hoje.
Uma semana atrás
Estava eu e os meus pais no carro , a caminho da casa de Ana a melhor amiga da minha mãe. Ela tinha nos convidados pra jantar lá. Foi muito divertido, os meus pais estavam felizes e sorrindo demais das histórias de Ana, era tão bom está assim com eles.
Era por volta das 10:00 da noite quando nós saímos da casa de Ana, tinha começado a chover. Ela nós convidou pra passar a noite lá, mais os meus pais recusaram. Entrei com eles no carro e fomos embora pela entrada a noite. Eu não sei como tudo aconteceu, quando dei por mim tinha um caminhão na contra mão e ele veio direto pra nós, o meu pai conseguiu desviar do caminhão, com isso acabou entrando na contra mão também e o meu pai não consegui desviar do outro carro, que bateu em cheio na gente, depois disso eu não vir mais nada.
Quando eu acordei já estava no hospital.
_ que bom que acordou.
Disse uma voz que não sei quem é.
Já que eu não estava conseguindo ver direito por causa da claridade.
Então fechei os olhos e o abrir novamente pra mim acostumar com a luz.
Por fim vir que era uma enfermeira.
_ o que aconteceu?
Pergunto.
_ você sofreu um acidente de carro, mais teve sorte, você só saiu com alguns arranhões.
Disse.
Respirei fundo.
_ e os meus pais?
Pergunto.
_ o médico está vindo fala com você.
Foi tudo que disse e saio do quarto.
Esperei alguns minutos e quando já estava com a intenção de me levantar o médico entrou no quarto.
_ vejo que acordou.
Diz.
_ e os meus pais?
Pergunto novamente.
_ tem uma pessoa aí fora querendo te ver, ela já assinou sua alta, já que você não teve nada grave já pode ir pra casa.
Diz ignorando a minha pergunta.
_ também passei um remédio pra aliviar a dor no corpo.
E com isso foi embora.
Como não aguentava mais espera me levantei, quando já estava de pé no meio do quarto alguém entra pela porta.
Era a Ana amiga da minha mãe.
_ trouxe comigo uma roupa pra você.
Diz me entregando uma sacola.
_ obrigada.
Digo olhando o seu rosto e vejo que ela tinha chorado.
_ vai lá trocar de roupa pra gente conversar.
Com isso vou até o banheiro e troco de roupa o mais rápido possível. Quero saber notícias do meus pais. Depois de arrumada saiu do banheiro. E vejo Ana pé no meio do quarto ela parece perdida.
_ vamos Ana quero saber notícias do meus pais.
Digo saindo do quarto e ela vem logo atrás. Por que eu tenho a sensação de que alguma coisa está errada e ninguém que me dizer nada. Paro no meio do corredor.
_ você tem algo a dizer?
Pergunto pra ela.
A olhando.
_ eu sinto muito Elisabeth.
Ela diz chorando.
_ sentir pelo que?
Angústia me atingir e com ela vem o medo, desespero.
_ você foi a única sobrevivente.
Diz me olhando.
_ o que?
Não quero acreditar nas suas palavras.
_ os seus pais morreram no acidente.
O mundo inteiro parece parar ao meu redor, quando penso já tô chorando e gritando que e mentira, que eles não morreram.
Então ela me abraça.
_ diz que é mentira Ana.
Eu estava em estado de negação.
_ eu sinto muito querida.
Fala me amparando. Não sei quando tempo fiquei assim. Quando dei por mim já estávamos na recepção os meus amigos estavam todos lá. Todos vieram me abraça, me confortando, e falando palavras de carinhos. Mais a pessoa que eu queria abraçar agora não estava lá.
_ cadê o meu celular?
Pergunto. Preciso falar com ele.
_ tá aqui o médico me entregou seus pertences, foi assim que ele me avisou.
Ela me entregou a minha bolsa, dentro dela estava o meu celular e os meus documentos. Pego ele e vejo que tem uma mensagem do meu namorado, dizendo que quer me encontrar, respondo a sua mensagem, logo em seguida recebo uma resposta dele . Quero encontrar ele na praia onde nós conhecemos. Não quero ficar aqui,tá me sufocando, quero sair desse lugar.
Respiro fundo e começo a sair do hospital.
_ vou pro IML fazer o reconhecimento dos corpos.
Diz Ana.
Mais eu não dou ouvir, não quero acreditar. Começo a correr pra longe dali. Mais não fui muito longe, acabei caindo de joelhos no meio da rua e comecei a chorar novamente.
_ por favor, diz que e mentira.
Eu dizia pra mim mesmo.
Pego o meu celular novamente e vejo que já quase 3:00 horas da madrugada.
_ o que eu vou fazer? Eu não quero ficar só.
Me levantei e limpei o meu rosto comecei a andar em direção a praia perdida em pensamentos. Assim que eu cheguei lá o encontrei parado perto de um quiosque que se encontrava fechado.
_ oi.
Digo assim que me aproximo.
_ oi, eu preciso falar com você.
Diz sério.
_ eu também preciso.
Eu estava me segurando pra não chorar.
_ eu sinto muito Elisabeth.
Começou a dizer. Quando eu ia responder, ele continuou.
_ você e uma pessoa incrível Elizabeth, esse um ano de namoro foi muito bom, mais eu percebi que você não e o que eu estava procurando.
Mais do que ele tá falando.
_ eu quero terminar o nosso namoro, eu acabei me apaixonando por outra pessoa, ela eu incrível. Eu estou apaixonado por ela.
Disse.
_ mais o que?
Eu não tô acreditando, as primeiras lágrimas começaram a cair.
_ foi isso que você ouviu, você vai encontrar alguém que possa te amar, eu não sou essa pessoa e nem quero ser.
Disse com uma certa raiva.
Desde quando ele se tornou incensível assim.
_ a única coisa que eu queria de você era um abraço agora, quando eu mais preciso de você.
Eu disse chorando.
_ ela também precisa de mim agora.
Diz me olhando.
Respiro fundo.
_ eu quero que você vai se fude seu i****a, filho de uma p**a.
Digo e saio de lá, não quero olhar pra cara dele.
Foi alí que percebi que eu estava só novamente. De que ele nunca ia me amar do jeito que eu queria.
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Continua..
Contém erros ortográficos 🌹