capítulo 01

1215 Words
Maya narrando Meninas vou contar pra vcs o começo da história... Quando eu tinha 15 anos eu era apaixonada pelo Alemão, mais digamos que eu não era lá grande coisa, eu era a melhor amiga dele e do Jonas. Mais eu era a amiga feia que todos na escola zoavam e sempre que eles nao estavam por perto até me ofendiam, diziam que eu só queria me aproveitar por eles serem os filhos dos chefes do morro, ah pois è, eu morava no complexo do alemão, eu em lembro que nos éramos inseparáveis, corríamos todo aquele morro juntos, brincávamos até de madrugada e quando um ficava m*l, todos os dois ficavam também, conhecíamos aquele morro melhor que ninguém, mais tud8 mudou quando eu completei 15 anos, em 1 ano tudo aconteceu e parece que tudo virou uma loucura, o alemão e o pesadelo que é como eles são chamados hoje, começaram a ser treinados pra assumir o morro depois de uma invasão que teve no morro, tivemos muitas perdas nesse dia, incluindo a dos meus pais, e como eu não tinha mais ninguém aqui no Brasil, eu tive que ir morar com uma tia minha na França, no começo me adaptar foi muito difícil e a saudade que eu sentia deles era grande, eu tinha eles como meu porto seguro, mais nossa amizade já não era mais a mesma. Hoje em dia claro que eu já superei aquele amor de infância que eu tinha pelo alemão, mais gosto de acompanhar tudo o que acontece por lá, então eu sigo a página de fofoca da comunidade, o Alemão se tornou um cara completamente diferente do que eu conhecia, hoje ele é um home frio, c***l , e calculista, mais que se importa muito com a comunidade que ele tem, pesadelo se tornou seu sub e hoje juntos eles comandam o morro do alemão. Já eu, tomei um rumo na minha vida que nunca pensei que fosse gostar tanto, hoje tenho 23 anos, sou branca com o corpo bem malhado, mais isso deve ser pela minha profissão, as coisas por aqui na Alemanha eram bem diferentes do Brasil, as escolas por aqui tinham coisas que nas escolas de lá, não se via, e foi assim que eu me tornei uma lutadora de MMA. Pois é né, eu nunca imaginei que pudesse tomar esse rumo na minha vida, eu amava aquela favela nunca pensei que um dia sairia de lá, mais o destino é engraçado as vezes, e hoje eu vivo super bem aqui na França, tenho meu empresário que é quem organiza as minhas lutas e que administra o meu dinheiro, claro que ser moradora da favela me deixou esperta, acham que porque viemos de baixo somos b***a, e que podem nos passar a perna, mais não comigo. Hoje eu tenho uma luta, e essa luta vai ser muito importante na minha carreira, eu me preparei muito pra ela, e confesso que sim, estou com medo, mais a vontade de provar que eu sou boa, não me deixa ser nocauteada, a minha adversária é uma grande lenda, o que me faz ser cobrada ainda mais é eu espero conseguir levar o cinturão hoje. Miller: e aí Maya, já está pronta ? Você tem 5 minutos.- ele fala entrando no meu camarim, e parece que é agora ou nunca. Maya: tô sim, espero que dê tudo certo hoje. Miller: você precisa ganhar essa luta, lembre se que sua carreira tá em jogo, e a minha também.- ele fala e eu reviro os olhos. Maya: assim você não tá ajudando, pode deixar que vou dar o meu melhor Miller, e fazer de tudo pra conseguir esse cinturão. Miller: e assim que se fala, agora toma.- ele fala me entregando o protetor bocal, olho minhas trancas no espelho, arrumo meu top e coloco as luvas indo em direção ao ringue de luta. Vejo a Sara já em cima do tatame me esperando, se aquecendo e o Miller sussurrra no meu ouvido. Miller: lembra do que treinamos e do que aprendemos, ela tem um péssimo gancho de esquerda, sua melhor opção é cansar ela e depois partir pra cima. Maya: pode deixar que eu me lembro.- eu falo subindo no ringue. Juiz: se cumprimentem .- ele fala pra mim e pra ela e nós tocamos as mãos.- conhecem as regras, nada de morder, nem furar os olhos, a luta continua a menos que tenha nocaute ou desistência, lutem.- ele fala e o sino toca anunciando o primeiro round. Eu estudei ela por semanas pra conseguir vencê-la, espero que tudo saia como planejei, ela não tem equilibro do lado esquerdo, o que me ajuda, cansei ela durante o primeiro e segundo round, e quando chegou o terceiro ela conseguiu me pegar pelas costas e me jogar no chão num tipo de mortal, senti uma p**a falta de ar, acho que quebrei minhas costelas, preciso acabar essa luta agora ou então eu não vou ganhar. Levantei do chão com o juiz fazendo a contagem do meu lado e ela sorriu achando que a luta já estava ganha, me concentrei nela vindo na minha direção e me abaixei um pouco, quando ela chegou perto o suficiente eu levantei dando um gancho de direita nela que na hora caiu apagada no chão, coloquei a mão nas costelas sentindo muita dor e falta de ar, o juiz fez a contagem, a plateia gritava comemorando, Miller sorria batendo palmas e eu só pedia pra isso acabar logo que tô morrendo de dor. Juíz: a vencedora e Maya Oliveira.- ele fala levantando a minha mão, ele coloca o cinturão em mim e eu aceno pros fãs que gritam em conjunto o meu nome, Miller se segurou em mim e fomos saindo do ringue com vários fotógrafos e reporters fazendo perguntas e tirando fotos, eu queria poder parar e comemorar, mais tô com muita dor, e agora preciso de um hospital. Miller: eu sabia que voce ia conseguir.- ele fala todo animado. Maya: que bom, pega o prêmio e vamos embora, preciso de atendimento, acho que minhas costelas estão quebradas. Miller: logo você vai estar recuperada e ai seremos invencíveis e vamos ganhar muito dinheiro.- ele fala e eu n**o. Maya: não, vou dar um tempo de tudo isso, assim que me recuperar tô indo de volta pro Brasil, dinheiro eu já tenho Miller, preciso de umas férias longe de tudo isso aqui. Miller: mais.... Maya: jabta decidido, não tem mais nada que me prenda aqui, eu ainda estava aqui por causa da tia, mais depois da partida dela, agora eu posso voltar pro meu país. Miller: eu posso ir com você e arrumar umas lutas por lá, sei lá. Maya: não, vou dar um tempo de tudo isso, preciso de férias, se eu resolver voltar eu te aviso.- ele não fala mais nada e sai do meu camarim, eu já tava pensando em tomar essa atitude faz um tempo, e essa luta só me ajudou a agir, agora é me recuperar e voltar pra minha favela, não vão me reconhecer por lá, eu tô bem diferente de quando eu sai, tenho bastante dinheiro, mais sabe quando você sente que aquele lugar é seu lugar? E assim que eu me sinto e é pra lá que eu tô voltando.
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