Renascendo para o amor( morro)

04YARA

YARA NARRANDO

Acordo sentindo do o meu corpo doer e minha cabeça latejar. Deixo as lagrimas caírem e me sento no chão chorando por minha vida ter chegado onde chegou. Anos sem falar com meus pais, sem ter o abraço deles e tudo pra que?

Choro com dor, com ódio, raiva e sem mais vontade de viver. Vejo um estilete na cômoda do meu quarto, esse que eu já tentei por diversas vezes tirar minha vida, mais nunca tive coragem, só que agora é diferente eu não aguento mais.

Olho pela janela do quarto e vejo que esta entardecendo e isso me faz ver que estou desde ontem a noite desacordada, porque quando pelé chegou com a v***a dele já era de noite. Paro pensando o que me impede de acabar com meu sofrimento aqui e agora e nada me vem a cabeça. Laila por mais inferno que viva Wl não faz com ela um terço do que pelé esta fazendo comigo, minha amiga não merece passar por isso também, mais no momento ela é mais forte que eu. Não me reconheço mais a mulher forte, confiante, extrovertida, alegre que eu era morreu, se foi com cada lagrima que desceu dos meus olhos pelos sofrimentos e humilhações que sofreu.

Pego o estilete e posiciono ele no meu pescoço pra ser uma morte mais rápida e choro ao pensar que tudo de bom que vive e no inferno que eu vivo.

XXX- SOCORRO, ALGUÉM ME AJUDA._ escuto ao longe e penso que minha mentes esta me pregando uma peça.- ME AJUDA POR FAVOR TO COM FOME._ escuto de novo e vejo que não é minha mente é real.

A voz é de uma criança e seu choro é doido e dói em mim. O que esses monstros estão fazendo agora. Sinto uma dor grande no corpo e na alma, mais como se uma chama queimasse dentro de mim pedindo uma única coisa, seja forte só mais um pouco. Chorando pela dor que me consome eu me levanto indo abrindo a porta do meu quarto e indo até a voz que pede socorro. Abro a porta ao lado do meu quarto e me deparo com o ser mais lindo que eu já vi na minha vida. Um menino lindo dos olhos azuis e cabelos loiros.

YARA- oi anjinho, como você se chama._ ele olha pra mim se afastando um pouco com os olhos vermelho de chora.- eu sou a yara._ eu falo e ele olha meu corpo.

XXX- eu sou o lucca, o que aconteceu com você?_ ele pergunta e eu sorrio pra ele.

YARA- eu to bem, eu cai e me machuquei._ você ta com fome Lucca?_ pergunto e ele concorda.- você consegue esperar eu tomar um banho e eu te dou comida?_ pergunto e ele concorda.- meu quarto é aqui do lado qualquer coisa me chama._ falo e ele concorda.

LUCCA- ta bom toma cuidado ta bom._ ele fala e eu sorrio feliz e fecho a porta voltando para o meu quarto me sentindo até mais forte por ver aquele ser tão pequeno já sofrendo nas mãos desses vermes malditos.

Vou para o meu quarto e tomo um banho rapido mesmo com dor e logo saio colocando um pijama de calça e manga cumprida mesmo estando um calor dos infernos. Penteio meu cabelo que lavei porque estava com sangue devido ao corte que estou na cabeça e logo depois vou para o quarto do lucca.

YARA- vamos gatinho._ falo até mais anida por ver ele aqui.- que me fala o que faz aqui nessa casa?_ pergunto e ele concorda.

LUCCA- sou filho da Karina e meu papai se chama fantasma._ ele fala e só pelo nome sei que ele deve ser algum dono de morro e não me é estranho esse vulgo, mais aqui do rio ele não é.

YARA- e sua mãe te trouxe?_ pergunto e ele concorda.

LUCCA- ela é mau, me tirou do meu papai e me levou pra um velha louca que não quis ficar mais comigo, ela me batia assim como a Karina, eu quero meu pai._ ele fala com os olhos cheio de lagrimas.

YARA- sabe onde você mora?_ pergunto e ele concorda.

LUCCA- papai disse que eu moro em são Paulo em paraisopolis._ quando ele fala isso eu sinto meu corpo tremer. Paraisopolis é o morro de um inimigo do pelé agora lembrei. Ele não deve saber quem é o lucca se não ele não o teria deixado aqui, muito menos com a porta aberta.

YARA- você sabe o numero do seu pai lucca._ pergunto mesmo sabendo que deve ser difícil ele saber mais não custa pergunta.

LUCCA- eu sei papai me ensinou._ ele fala e já começa a comer os mistos que fiz pra ele.

YARA.- lucca eu vou tentar te levar para o seu papai._ falo pra ele não pensando mais em mim só nele, se eu morrer no caminho ou quando chegar la não me importa, mais eu preciso tirar esse menino daqui.- você não pode fala nada do que me falou nem pra Karina nem por pelé o homem que esta com ela ta bom._ falo e ele concorda.- come tudo rapinho vou deixa você no seu quarto e vou ve como tirar você daqui e levar você para o seu pai._ falo e ele concorda.- escreve aqui o numero dele meu amor._ falo e ele escreve bunitinho.

Quando lucca termina de comer eu tiro tudo da mesa, lavo tudo e levo ele pra dentro do quarto de novo. Coloco ele na cama sem banho mesmo pra os vermes não perceber que eu vim aqui. Disse para o lucca não falar que eu vim aqui pra eles não ficar bravo e ele só concordou e logo pegou no sono. Dei um beijo nele e fui para meu quarto.

Assim que entro no meu quarto do de frente com o calendário onde marca a data da festa do comando e sorrio por ver que é hoje e que pelé fica la por dois dias é a minha chance. Coloco uma calça jeans e uma camisa preta. Enrolo meu cabelo em um coco e coloco um boné preto e saio pela janela do meu quarto.

A casa é cheia de seguranças, mais ela tem uma saída que só eu e pelé sabemos onde é pelo quinta nos fundo, ela é subterrania e sai na rua de cima da casa da Laila com WL e espero que esse ano ele tenha levado um p**a com ele pra festa e não a laila. Chego na passagem e vejo a porta com uma corrente grossa e um cadeado enorme filo da p**a desgraçado, nunca deixou essa p***a fechada, agora penso que mesmo que eu tivesse tido coragem de sair antes e não conseguiria.

Fico olhando para aquela porta e lembro do lucca me falando de quem é filho e eu volto para a casa, vasculho a casa inteira todos os cantos e acho uma arma de baixo de um piso falso no quarto que era meu e do calebe, olho pela janela e já esta amanhecendo preciso ser rápida.

Desço as escadas correndo e vou até a passagem essa arma esta com silenciador e não penso muito em atirar três vezes no cadeado que se abre. Passo pela passagem de barro e acabo me sujando.

Saindo do outro lado eu saio em um beco escuro para o calebe esse beco tem uma vala muito funda sem volta pra quem cai então é um lugar proibido por ele. Coloco a cabeça pra fora do beco e vejo que a rua esta deserta, saio do beco e passam dois vapores de moto, mais pela roupa que estou eles não me reconhece.

Ando radio até a casa da laila e vejo dois vapores do outro lado da rua conversando e quando passa uma p**a eles começam a mexer com ela e eu corro entrando na casa dela e batendo na porta desesperada já.

LAILA- que p***a vai quebrar o c*****o da porta._ sorrio ao ouvir a voz da minha amiga depois de quase seis meses.- meu deus yara é você._ ela fala e me puxa pra dentro me abraçando e corando ja.

YARA- eu preciso sair do morro hoje amiga, não da mais pra fica aqui._ falo e ela fica com cara de assustada.

LAILA- sua testa ta sangrando amiga._ ela fala e eu tiro o boné.

YARA- pelé quase me matou ontem só acordei hoje._falo fala ela e conto tudo que aconteceu até o lucca.- preciso tirar ele daqui nem que pra isso eu morra junto._ eu falo e ela n**a.

LAILA- vamos tirar ele daqui mais você não vai morrer é a única pessoal que tenho no mundo e se for pra morrer morremos juntas._ ela fala e vejo seu pescoço vermelho- não aguenta mais isso aqui também, se o pai do lucca for mesmo o chefe do pcc ele pode nos ajuda ou nos matar, seja como for se ele não nos matar fugimos pra outro pais._ ela fala e corre escada acima e eu vou atrás.- tenho dinheiro escondido._ ela fala e pega uma caixa no guarda roupa.- tudo que WL me deu e me da em espécie eu guardo, não uso nada, só o cartão dele._ ela fala p***a tem dinheiro demais.

YARA- eu tenho um pouco também._ falo. Eu sempre guardei também assim como a laila, mais quando pelé me tirou do quarto que era nosso ficou tudo la. Quando ele reformou o quarto a pedido da Karina ele me devolveu a caixa e nem se deu o trabalho de ver o que era e eu só fiz esconder na lavanderia da casa, um lugar que eles não entram nem fudendo só a empregada aqui.

LAILA- agora temos que ver como vamos sair daqui sem sermos paradas_ ela fala e eu só penso em uma pessoa.

YARA- meu pai._ falo e ela me olha apreensiva.

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