Caio
Sabrina me fez acompanha-la até um café. Fui contra vontade, ela era muito insistente. Eu a deixaria no trabalho logo em seguida. A verdade é que eu não via a hora de ficar livre dela. Ela tem sorte de além de ser muito gostosa, nos conhecermos a muito tempo, caso contrário eu não me daria ao trabalho.
Estávamos terminando o café quando ela se levantou para ir ao banheiro, quando ela voltasse, nós finalmente iríamos embora. Sabrina estava demorando muito, isso estava começando a me deixar impaciente. Foi quando uma loirinha entrou na cafeteria, chamando minha atenção totalmente para ela.
Ela parecia estar com pressa, foi até o balcão e pediu a atendente um expresso duplo. Não consegui tirar os olhos daquela delicia. Ela era totalmente meu tipo.
Passei meus olhos sob todo seu corpo apreciando suas curvas através de um jeans bem justo. Gostosa pra c*****o.
Ela se sentou e passou os olhos por todo o lugar. E eu apenas aguardei, era questão de tempo até que nossos olhos se encontrassem.
Depois do que pareceu ser uma eternidade seus olhos se voltaram para mim. Para minha surpresa a loirinha desviou seus olhos dos meus para me apreciar por inteiro. Sem filtro algum, ela apenas levou seus olhos em direção ao meu abdômen, ela parecia analisar cada detalhe, o que foi muito excitante, admito.
Interessante! Muito interessante. Uma mulher que não tem vergonha de demonstrar o que quer. Eu gosto disso.
Senti seu olhar em meus lábios, então passei a língua sob eles, em seguida lhe lancei um sorriso cheio de malicia. Seu olhar foi de encontro ao meu com intensidade. Sua boca se curvou em um sorriso gostoso. Então ela se virou novamente para o balcão.
p***a*, que mulher gostosa.
Eu só conseguia pensar em uma coisa, eu queria essa mulher em minha cama. E eu definitivamente não era de passar vontade, ela tinha que ser minha.
Me assustei com um toque inesperado sob minhas mãos, pude ver o rosto da loirinha se fechar enquanto acompanhava a cena. Em seguida ela voltou o olhar para a atendente.
Sabrina havia acabado de ferrar meu esquema.
- Ei Caio, você está me ouvindo? – Olhei em direção a Sabrina. Ela estava com olhos estreitos para mim. – Você é um caso perdido. Sério.
- É por isso que você gosta tanto. – eu disse com um sorriso cheio de malicia. Ela o retribuiu na mesma hora, enquanto balançava a cabeça em negativa.
Nunca fiz questão de esconder minhas intenções, era mais fácil assim. E Sabrina me conhecia perfeitamente. Eu não me apegava a ninguém. E eu gostava assim.
Uma voz impaciente chamou minha atenção, quando voltei meu olhar para o balcão pude ver um cara segurando o braço da loirinha enquanto ela pedia que ele a soltasse. Ele disse algo sobre ama-la, que o rejeitou na mesma hora. O cara era insistente, e s*******o. A puxou para ele, percebi que ele a segurava com força.
- Me espera aqui. – murmurei para Sabrina e me levantei. Eu não podia apenas assistir essa cena. Que babaca.
Não era pelo fato de estar interessado na loirinha, mas por que acho que todos merecem respeito. Era inaceitável o cara se aproveitar da força para intimidar alguém assim.
Me aproximei dos dois e disse para que ele a soltasse enquanto colocava as mãos entre eles. O i****a* simplesmente se recusou a solta-la. Eu estava pronto para soca-lo, quando ele disse a ela que não tinham acabado e a soltou.
Devo admitir que esse tipo de situação me deixava muito nervoso, mas quando meus olhos encontraram os daquela loirinha delicia me acalmei. Então a perguntei se estava tudo bem.
Ela me respondeu toda marrenta, devo admitir que isso me deixou com mais vontade de tê-la em meus braços. E eu deixei claro pra ela que gostei disso. Para minha surpresa ela foi bem direta quando disse “Não estou interessada em um canalha tão cara de p*u, que flerta com alguém quando está acompanhado” ela não me deu nem tempo para responder e se virou para ir embora. Não pude deixar de rir de sua atitude, só aumentou meu desejo por ela. A acompanhei com o olhar até que ela sumisse de vista e me virei para atendente.
- Você a conhece? – perguntei. Ela assentiu com a cabeça.
- Ela é uma cliente frequente. – a atendente respondeu.
- Como ela se chama?
- Desculpe, não tenho permissão para dar qualquer outra informação.
- Certo, obrigado. – disse com um sorriso no rosto.
Me voltei para Sabrina que continuava na mesa me observando.
- Está querendo se envolver em outra briga por causa de mulher? Toma juízo Caio. – ela me advertiu. Revirei meus olhos para ela.
- Não é por causa dela. Poderia ser uma senhora ali, me intrometeria da mesma forma. – eu disse, ela arqueou uma sobrancelha. – Tudo bem, ela é gostosa e eu estava interessado, mas isso não tem nada a ver. Não suporto caras assim.
- Eu sei que não. – ela disse.
- Vamos então que eu ainda tenho que ir para a empresa. – ela apenas assentiu com a cabeça e se levantou.
Após deixar Sabrina no trabalho, fui para empresa. Tinha muito o que fazer hoje. Eu e meu sócio Rafael estávamos negociando a compra de uma empresa, esperava que até o fim do dia tudo estivesse resolvido.
No finalzinho da tarde eu estava em minha sala checando algumas informações quando me peguei pensando novamente naquela loirinha, eu não consegui nem mesmo saber seu nome. Eu tinha que vê-la novamente.
A atendente me informou que era uma cliente frequente, então se eu voltar naquela cafeteria talvez possa encontra-la por lá.
***
Durante a semana fui algumas vezes naquela mesma cafeteria, na esperança de encontrar novamente aquela loirinha, eu queria mesmo vê-la de novo, mas segundo a atendente para o meu azar ela não voltou lá desde aquele dia. Era uma pena, eu realmente queria vê-la de novo.
Mas vida que segue, não é? Depois de umas três tentativas abandonei a ideia.
O casamento do meu primo Andrew estava chegando, então acabei não saindo na sexta. Nos juntamos na casa dele. Insisti que fizéssemos uma despedida de solteiro como se deve. Eu tinha tantas ideias, mas Andrew se recusou. O que me fez pensar em como uma mulher pode mudar tanto um homem. Nós costumávamos ser o trio perfeito.
Nós estávamos sentados no barzinho particular da casa de Andrew, bebendo e conversando. Quando decidi tentar mais uma vez trazer um pouco de diversão para a noite.
- É sua despedida de solteiro Andrew, devíamos estar nos divertindo por aí. – eu disse novamente, tentando convence-lo do que eu já sabia que era impossível.
- Acontece que a sua ideia de diversão é totalmente diferente da minha seu mané. – Andrew disse. Rafael apenas riu.
- Por favor Rafael não se apaixone, eu não tenho mais amigos pra sair. – Rafael gargalhou.
- Eu já desejo o contrário. Tomara que vocês se apaixonem. Que encontrem alguém e construam algo especial. O mais rápido possível.
- Cruzes – falei imediatamente.
- Dado minhas últimas experiências, eu passo. – Rafael disse em seguida.
- É meu amigo, somos apenas eu e você agora. – disse para Rafael.
Sophia conseguiu mesmo tirar Andrew de qualquer esquema. O resultado disso? passamos a sexta em sua casa, bebendo e conversando. Apenas nós três. Sem nenhum entretenimento de verdade.
***
O casamento estava marcado para as 19:30, eu tinha que estar lá 18:30. Após terminar de me arrumar fui para o local marcado. Felizmente o sitio era a 15 minutos de distância da minha casa. Meus pais iriam no carro deles, e minha suposta acompanhante já estava lá. Então fui sem preocupação alguma.
Chegando lá fui logo de encontro a Andrew. Em pouco tempo, o vi perambulando como um doido, para baixo e para cima. Seu nervosismo era visível.
Quem diria, que aquele coração frio como pedra, estaria nesse estado hoje. Nem dá pra acreditar.
Ele parece gostar mesmo de Sophia, acho que ele encontrou uma em um milhão. Não posso deixar de me sentir feliz por ele. Ele parecia muito feliz, isso eu tenho que admitir.
Silenciosamente, eu torcia por ele.
- Precisa de um calmante rapaz? – brinquei enquanto chegava próximo a ele. Andrew me deu um sorriso divertido.
- Cara, é surreal esse sentimento. Eu não vejo a hora de ver Sophia entrando por esse tapete vermelho.
- Está quase na hora. Respira fundo que tudo vai dar certo. – eu disse enquanto passava minha mão em suas costas.
- Andrew meu filho – A voz de uma senhora mais velha chamou nossa atenção.
Ela foi em direção a Andrew e deu-lhe um abraço.
- Você está linda. – Andrew disse para ela enquanto se afastava.
- Obrigada. – A senhora lançou um sorriso em minha direção, retribui o sorriso no mesmo instante.
- Caio. – Andrew disse, chamando minha atenção para ele. – Ali está Anna, ela deve estar me procurando. Você pode ir falar com ela? Eu vou acompanhar a mãe de Sophia para deixar tudo no jeito e já volto para falar com vocês.
Acompanhei seu olhar e m*l pude acreditar no que vi. Não era possível. As coisas estavam realmente a meu favor dessa forma? Aquela mulher que não saiu da minha cabeça durante toda a semana, estava bem ali, a minha frente.
- Aquela é Anna? - perguntei incrédulo.
- Sim, de vestido Rose.
- A loirinha? – perguntei para confirmar. Eu não podia acreditar.
- É Caio, a loira. Não vá me aprontar viu. Ela é muito importante para Sophia.
Me virei para Andrew, e acabei capturando o olhar da mãe de Sophia sobre mim. Ela me olhava com um sorriso no rosto.
- Vamos Andrew, já está quase na hora. – ela disse chamando a atenção de Andrew.
- Eu volto já. – Andrew disse.
Observei Anna por alguns minutos, ela parecia perdida. Definitivamente procurava por alguém. Comecei a caminhar em sua direção. Apenas esperando que ela olhasse para frente e me visse.
Mas ela não o fez, ela estava tão distraída, olhando os arredores, que esqueceu de olhar pra frente. Sorri com malicia indo em sua direção, apenas esperando que ela se chocasse contra meu peito. E foi exatamente o que aconteceu.
Foi uma delicia ver seu olhar confuso ao me ver ali. Como não? nem eu acreditava que o mundo poderia ser tão pequeno. A ponto de além de nos encontrarmos aqui, ela ser justo a pessoa a me acompanhar.
Então essa era a Anna... Andrew que me perdoe, mas eu não a deixaria escapar.