Letícia Fontenelle O dia mais feliz da minha vida está se aproximando: o dia em que meu bebê vai nascer. Estou enorme, parece até que carrego três dentro de mim. Passo a maior parte do tempo deitada, exausta com qualquer esforço. Tenho a sensação de que meu bebê será grande, mas como ainda não sei o sexo, sempre me refiro a ele como “bebê”. Ainda não escolhi um nome. Quero homenagear meus pais. Se for menino, levará o nome do meu pai. Se for menina, o da minha mãe. Amo os nomes deles e quero que o meu maior tesouro carregue essa parte tão especial da minha vida. Mas não vou mentir, há algo que me preocupa: meu bebê não tem pai. E isso me assusta. Sempre achei essencial a presença paterna na vida de uma criança. No entanto, sei que existem muitos pais que não fazem a mínima diferença, d