Guilherme Werkema Já era hora de voltar para o Rio de Janeiro. Estava acomodado no meu jatinho particular, recostei a cabeça na poltrona e logo a aeromoça apareceu com uma taça de vinho. Saboreei cada gole daquela bebida refinada, aproveitando o momento de calma antes de encarar a rotina novamente. Assim que pisei no meu apartamento, fui recebido por uma cena que já estava se tornando irritantemente comum: meu irmão, Gabriel, se pegando com uma loira no sofá. — Mas que droga tá acontecendo aqui, Gabriel? — perguntei, indignado. — Você é cego, mano? — retrucou ele, o atrevimento estampado no rosto. O infeliz ainda teve a audácia de rir. Um dia eu vou acabar infartando por causa desse cara. Já não sei nem por que tive a brilhante ideia de dar uma cópia da minha chave pra ele. Virou rot