Capítulo 2 - Athos

2162 Words
A LEI ESTRESSADA — Idade? — perguntei olhando a porrra dos papéis.  — Vinte. — a garotinha mentiu na minha fodida cara dura, por isso eu levantei a desgraça do meu olho puto e soquei o momento na minha imaginação — Dezenove. — ela tentou de novo, mas desistiu da mentira e finalmente respondeu a verdade — Dezoito. — escolheu por fim, enquanto se encolhia na cadeira.  Respirei fundo, olhando suas mãos presa no metal frio da mesa enquanto ela se mexeu desconfortável. As algemas estavam apertadas e eu estava pouco me fodendo com isso.  — A vontade de te encher de paulada a cada vez que mente, é grande. — resmunguei com desgosto.  — Não pode me bater. Eu sou uma mulher. — respondeu baixo, desviou os olhos e se encolheu de novo.  — Caguei. — mexi nos papéis novamente e fui analisando a “bosta”, disposto a “dialogar” — Aurora, certo? — ela concordou — A quanto tempo fode com a merda do Leonel? — perguntei na direta, esperando ouvir sua resposta. Ela piscou devagar, tentou desviar o olhar e mordiscou os lábios.  — Eu… Não fiz isso com ninguém, não. — respondeu meio sem graça, corando as bochechas e engolindo em seco.  — Quer f***r comigo? — perguntei puto, elevando a voz — Porque eu estou perdendo a paciência...!  Ela pareceu ficar confusa, respirou fundo, mas respondeu.  — Você quer t*****r? — perguntou franzindo o cenho — É que eu não acho que seja muito apropriado… Eu estava por um fio de estourar, ou de estar perplexo pela primeira vez. Ela realmente não entendeu e estava corando, como se realmente fosse uma sugestão. Que merda eu devia fazer? Sem alívio pra garotinhas gostosas! — Athos, pega leve! — uma voz eletrônica surgiu de sobreaviso, vinda do outro lado. Com certeza os caras lá de fora estavam vigiando a merda da conversa e, claro, estão com peninha da garota. A jogada é que não entro pra perder e se ela estava bancando a inocente, o problema era somente dela. Eu quero mais é que se f**a! — Vamos fingir que eu tenho a mesma demência que você, então vou perguntar de novo. A quanto tempo você está envolvida nas merdas do Leonel? Aquele fodido do Rato... — perguntei impaciente. Ela suspirou, manteve os ombros baixos e pareceu pensar. — Eu sempre vendi pra ele, não me lembro quando comecei… Desde a adolescência, eu acho. — ela fez uma pausa ligeira, mas prosseguiu — O quê... O que vai fazer comigo? Ela transbordava insegurança e vergonha, mordiscava os lábios com frequência demais e me olhava engolindo em seco. Ou a minha presença a intimidava de um jeito fodidamente bom, ou ela só estava tentando algum jogo o****o comigo.  — Eu? — respondo irônico — Fez isso consigo mesma. — retruco um tom mais alto — Agora eu me pergunto que merda você tinha na p***a da sua cabeça, v********a do crime, pra tentar  roubar uma jóia do rei, burlar minha barreira e achar que conseguiria fugir ilesa. Rato te mandou fazer essa merda? Ela piscou, frustrando o c*****o da minha paciência e entrelaçou os dedos das mãos. Seu nervosismo, fingido ou não, estava me deixando estressado... — Eu roubei um rei? — perguntou confusa. — É isso o que te ensinam no seu mundinho tosco do crime? Fingir demência? Essa p***a não vai funcionar comigo. — retruquei com sarcasmo — Vamos, não me faça engolir o resto da minha paciência. Que ideia genial te fez pensar que roubar o rei era uma p**a de uma boa ideia?  Ela obviamente não queria responder, mas não tinha escolha.  — Eu… Bem, vida difícil, meio mais fácil… — se justificou da forma mais frouxa possível.  — E você achou mesmo que correr o risco de parar nas minhas mãos, seria mais fácil? Já pensou em cobrar pelo coito? — ela levantou as sobrancelhas, surpresa com a minha suposição — Imagine só. Você estaria trepando a vontade e não seria presa por isso, já que pode f***r com o seu corpo do jeito que quiser. Estaria ganhando uma grana fodida, não precisaria roubar e sua única preocupação seria manter a sua b****a depilada. — não me preocupei em pegar pesado, mas agora ela parecia ofendida.  — Não pode me julgar. Nunca na sua vida precisou escolher entre viver ou tentar, então não pode me julgar. — respondeu corada, engolindo o choro e com a voz fraca. — Os meus interesses não fodem com o teu parâmetro, entendeu? — retruquei, sem dó — E não me diga o que não posso fazer. Aqui, eu sou o oficial e você é a rata com sérios problemas.  — Preferi o risco de morrer tentando, apenas. — respondeu, ainda ofendida. — Uma ladra de honra? — questiono batendo a pasta na mesa fria e cruzando meus braços para observá-la — Que p**a combinação fodida. Levantei disposto a dar o fora, deixar os outros procedimentos acontecer e interrogá-la depois. Ela está escondendo fatos e acha que o fodido aqui se perde nesse rostinho bonito. E para minha surpresa, ela segurou minha mão quando fui pegar a pasta de volta, me deparando com um baita olhar pidão, me fazendo um vacilão por um segundo. — Você não pode me deixar aqui! — pediu agoniada. — Posso e vou. — ditei olhando em seus olhos, vendo a mocinha se segurar e tirando minha mão do toque — E você não existe, é oficial Kennedy.  Eu virei as costas e ela se deixou chorar, eu digitei a senha e saí pra fora encontrando uns bundões do outro lado. Bati com a pasta no peito de Maximiliam e tive de encarar seu olhar reprovador.  — O que estava tentando fazer com ela? — perguntou irritado, eu fingi que não escutei. Apolo estava presente, um detalhe não muito comum. Rato, o i****a para quem Aurora comete pequenos delitos é um tipo perigoso. Um fodido que o levamos ao exílio, porque a pena e compaixão de Apolo está sempre cagando nos meus planos. Agora, essa merda ressurgiu de algum modo e eu preciso caçar uma agulha no palheiro. A ratinha do crime só precisa colaborar.  — Ela não me parece ser do tipo que sabe muita coisa. — comunicou Apolo sentado na cadeira e observando o vidro falso que dava visão a moça na sala do interrogatório — Você a está ofendendo gratuitamente.  — É por isso que eu cuido da segurança do seu bumbum real e você usa uma coroa. Eu entendo do assunto, você não. — resmunguei olhando para o vidro e suspirando tenso — Ela está mentindo.  — Ela ainda é jovem, deve ser aquelas moças que os bandidos pegam no começo a fim de cafetinar. — sugeriu Maximiliam, e eu revirei meus olhos.  — Cafetinar? — perguntei sarcástico — Como se diz, “enfia essa palavra e sua suposição no meio do teu **”, desse jeito bundão aí? — ele revirou os olhos, mas tentou de novo.  — Só estou dizendo que concordo com Apolo. — apontou para a moça e abriu sua pasta — Pequenos delitos e nada mais.  Maximilian é o i****a que vive de bom humor, um palhaço de circo e o equilibrio de nós três. Apolo, não vou dizer que é benevolente, só vou dizer que é o tipo de cara que pensa muito antes de fazer uma cagada. Eu sou o fodido impaciente que gosta de acelerar o processo na base da paulada, é basicamente isso. No entanto, não estamos congregando em frente de uma sala de interrogatório para divertir sua majestade, é um pouco mais complicado que isso.  — Ela mente. — respondi contra sua sensibilidade com a garota.  — Ainda sim, não é para matar o psicológico da moça no primeiro dia. — ralhou Apolo, se levantando de um modo formal e pregando os botões do terno — Eu sou seu primo, mas ainda sou o rei. Se acredita que pode ter acessos através dela, vá em frente, mas tente latir menos da próxima vez.  Maximilian entrou em sua pose de chanceler, abriu a porta deixando dois guardas entrar e recitou ordens. Seguido por seus guardas, Apolo se retirou enquanto os homens que foi mandado ficar do lado de fora, adentraram. Eu olhei para a mocinha, pensei um pouco melhor e suspirei pesado. Sentia que estava entrando numa encrenca bem fodida... — Devo encaminhá-la para o setor feminino, senhor? — perguntou um agente.  — Não. — respondi olhando a menina, que ainda chorava — Ala médica. — ordenei —  Encaminha ela pro Foster, sem contatar Olivia. Quero gente na cola, e é pra passar relatório a cada vez que ela piscar.  — Mas, ela não devia ser responsabilidade do setor feminino? — insistiu o homem.  — Se quiser questionar a majestade que me deu o caso, sai correndo e grita pra ver se ele te escuta. — desviei o olhar do vidro e olhei pro soldado meio constrangido — Agora, se quiser questionar minhas ordens, podemos negociar os riscos. O que vai ser? Ele engoliu em seco.  — Não senhor. — respondeu saindo da minha frente e dando ordens para providenciar a movimentação da garota.  — Sem gracinhas. — ordenei olhando pro agente enquanto colocava o telefone na orelha — Se eu desconfiar de alguma gracinha com a moça, vou praticar castração no curso com os novatos. Sem vacilo, entendeu? — Sim senhor. — respondeu o homem, enquanto o restante me deu um minuto de atenção — Vou garantir que ela fique bem, senhor. Ninguém aqui pretende correr tal risco.  Eu olhei para ela mais uma vez, e me retirei. A noite já estava acabando, e eu precisava me aliviar. ___________________________________________________________________ Eu estava fodidamente tenso. Ouvia a mulher soltar um p**a gemido falso, que estava irritando e franzindo meu saco, mas tentava me concentrar no aperto do traseiro pouco macio. Infelizmente, se ela continuasse a gemer igual um pinscher entrando em agonia, eu ia f***r a vida dela de outro jeito. — Cala a p***a da sua boca. — pedi, tentando me concentrar, mas a desgraçada continuou.  Eu queria me aliviar pesadamente e dormir. Não dava. Não estava afim de continuar a enfiar meu p*u num cano de microfonia aguda, então saí de dentro da mulher ainda duro e tenso. A mulher estava cansada e ofegando, com um rombo no meio da b***a. Virei de costas, fui até a lixeira do banheiro, tirei o preservativo e joguei fora, pegando uma toalha e amarrando na cintura, com o m****o pontudo pra frente.  — Você ainda nem acabou… — murmurou a menina estranhando.  Fui até o bolso da calça, peguei minha carteira e abri umas notas. Mostrei pra ela e fiz a minha melhor pose de filho da p**a. — Libera o quarto. — mandei. A jovem donzela pagou de ofendida, puxou suas roupas na maior raiva e ainda fez cara feia.  — Qual é tua? Babaca gratuito? — resmungou enquanto terminava de se vestir — Você é um i****a igual todo mundo, queria o quê? É tão fodido que precisa pagar pra alguém te dar! — Se continuar falando igual um pinscher raivoso, vou fazer você engolir suas notas. — ditei, lhe dando as costas enquanto guardava a carteira na gaveta de uma mesinha de computador.  — Se relar a mão em mim, ou eu chamo a polícia! — gritou se colocando ao meu lado, mas logo ela abaixou o olho e viu que o dinheiro estava ao lado de uma semiautomática e um distintivo com o brasão real.  Eu cruzei os braços, vi ela bufar de desgosto e recolher o dinheiro. Ela pensou, contou as notas e me olhou com cara feia, bem decepcionada. — Aqui só tem a metade!  — O serviço foi completo? — resmunguei pegando o celular de cima da mesa fazendo um sinal pra ela ficar calada — Manda outra. Alguém que aguenta a p***a do tranco.  Ela arregalou os olhos, eu concordei com a voz no aparelho e lhe dei atenção.   — Você não pode fazer isso! — gritou com raiva enfiando o dinheiro na bolsinha e me dando as costas — Quer saber, vai se ferrar! Eu tenho pena de quem vai vir! — Cai fora. — resmunguei lhe dando as costas, ouvindo ela bater a porta me xingando de alguma coisa.  Estressado com a minha f**a m*l sucedida, eu aguardei a próxima. Eis que finalmente consegui relaxar. Alguém, por fim, deu conta do recado. Infelizmente, não foi o suficiente.  Tomei uma ducha e logo me joguei na cama, tentando me acomodar em toda aquela tensão e fechei os olhos. Sem sucesso. Uma hora depois eu acordei suado, cansado e todo cagado no estresse. O tiro da bala ecoava na minha cabeça… E seu tivesse acertado a garota? Ah, que se dane! Peguei o uniforme e a papelada, disposto a resolver isso de uma vez. Não vou f***r minha cabeça por pouca merda.       
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