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A Ascensão Dos Bravos (Reis E Feiticeiros – Livro 2)

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"Uma ação carregada de fantasia que irá certamente agradar aos fãs das histórias anteriores de Morgan Rice, juntamente com os fãs de trabalhos tais como O Ciclo da Herança de Christopher Paolini .... os fãs de Ficção para Jovens Adultos irão devorar este último trabalho de Rice e suplicar por mais. "

--The Wanderer, A Literary Journal (sobre A Ascensão dos Dragões)

A série best-seller n 1!

A ASCENÇÃO DOS BRAVOS é o segundo livro da série de fantasia épica de Morgan Rice, REIS E FEITICEIROS (que começa com A ASCENÇÃO DOS DRAGÕES, um download gratuito)!

No despertar do ataque do dragão, Kyra é enviada numa missão urgente: atravessar Escalon e procurar pelo seu tio na misteriosa Torre de Ur. Chegou o momento de ela saber quem é, quem é a sua mãe e de treinar e desenvolver os seus poderes especiais. Será uma missão repleta de perigos para uma miúda sozinha, com Escalon cheia de perigos vindos de feras selvagens e de homens idênticos - uma que vai exigir toda a sua força para sobreviver.

O seu pai, Duncan, deve liderar os seus homens para sul, para a grande cidade costeira de Esephus, para tentar libertar os seus compatriotas da mão de ferro de Pandesia. Se ele for bem sucedido, vai ter de viajar para o traiçoeiro Lago de Ire e depois para os picos glaciares de Kos, onde vivem os guerreiros mais resistentes de Escalon, homens que precisará de recrutar se tiver alguma hipótese de tomar a capital.

Alec escapa com Marco de As Chamas e dá por ele em fuga pela Floresta de Espinhos, perseguido por feras exóticas. É uma viagem angustiante através da noite enquanto ele busca a sua cidade natal, esperando reunir-se com a sua família. Quando ele chega, fica chocado com o que descobre.

Merk, não obstante o seu bom senso, regressa para ajudar a miúda, e dá por ele, pela primeira vez na sua vida, envolvido em assuntos de um estranho. Contudo, ele não vai desistir da sua peregrinação até à Torre de Ur e fica angustiado ao perceber que a torre não é o que ele espera.

Vesúvio incentiva o seu gigante ao liderar os Trolls na sua missão subterrânea, tentando evitar As Chamas, enquanto o dragão, Theos, tem a sua própria missão especial em Escalon.

Com a sua forte atmosfera e personagens complexas, A ASCENÇÃO DOS BRAVOS é uma saga arrebatadora de cavaleiros e guerreiros, de reis e senhores, de honra e valor, de magia, destino, monstros e dragões. É uma história de amor e corações partidos, de desilusão, ambição e traição. É a fantasia no seu melhor, convidando-nos para um mundo que viverá connosco para sempre, um que vai apelar a todas as idades e sexos.

O terceiro livro de REIS E FEITICEIROS será publicado em breve.

“Se pensou que não havia motivo que restasse para viver depois do fim da série O ANEL DO FEITICEIRO, estava enganado. Morgan Rice apareceu com o que promete ser mais uma série brilhante, fazendo-nos imergir numa fantasia de trolls e dragões, de bravura, honra, coragem, magia e fé no seu destino. Morgan conseguiu mais uma vez produzir um conjunto forte de personagens que nos faz torcer por eles em todas as páginas… Recomendado para a biblioteca permanente de todos os leitores que adoram uma fantasia bem escrita”

--Books and Movie Reviews,Roberto Mattos (sobre A Ascensão dos Dragões)

“[A história] sucede – logo desde o início… Uma fantasia superior… Começa, como devia, com as lutas e movimentações ordenadas de um protagonista num círculo mais amplo de cavaleiros, dragões, magia e monstros, e destino… Toda a ornamentação da alta fantasia está aqui, desde os soldados e batalhas a confrontações com o próprio. Uma vencedora recomendada para qualquer um que aprecia a escrita de fantasia épica alimentada por jovens adultos protagonistas poderosos e confiáveis.”

--Midwest Book Review, D. Donovan, eBook Reviewer (sobre A Ascensão dos Dragões)

"Uma história impulsionada pela intriga que é fácil de ler num fim de semana ... Um bom começo para uma série promissora."

--San Francisco Book Review (sobre A Ascensão dos Dragões)

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CAPÍTULO UM
CAPÍTULO UM Kyra caminhava lentamente pela carnificina, com a neve a ranger por baixo das suas botas, assimilando a devastação que o dragão tinha deixado para trás. Ela estava sem palavras. Milhares de Homens do Lorde, os homens mais temíveis de Escalon, jaziam mortos perante si, aniquilados num instante. Corpos carbonizados fumegavam à sua volta, a neve derretia por baixo deles, com os seus rostos contorcionados pela agonia. Esqueletos, torcidos em posições não naturais, ainda agarravam as suas armas com as mãos descarnadas. Alguns cadáveres permaneciam no lugar, as suas estruturas de alguma forma na vertical, ainda a olhar para cima para o céu como que a questionar o que os tinha morto. Kyra parou ao lado de um, examinando-o com curiosidade. Chegou-se perto e tocou-lhe, roçando o dedo na sua caixa torácica e, observou espantada quando aquela se despedaçou e caiu ruidosamente no chão num monte de ossos, com a espada a cair inofensivamente ao seu lado. Ela ouviu um guincho lá no alto e esticou o pescoço para ver Theos, às voltas lá em cima, respirando chamas como se ainda insatisfeito. Ela conseguia sentir o que ele estava a sentir, sentir a raiva a arder-lhe nas veias, o seu d****o de destruir toda a Pandesia – na verdade, o mundo inteiro – se ele pudesse. Era uma raiva primitiva, uma raiva que não conhecia limites. O som das botas na neve trouxeram-na para fora dos seus pensamentos e Kyra olhou para trás para ver os homens do seu pai, dúzias deles, andando, assimilando a destruição, com os olhos abertos pelo choque. Aqueles homens endurecidos pela batalha nunca tinham decididamente visto um cenário como aquele; até o seu pai, que estava por perto, acompanhado por Anvin, por Arthfael e por Vidar, parecia um farrapo. Era como estar a andar num sonho. Kyra reparou que aqueles bravos guerreiros pararam de procurar nos céus e viraram-se para olhar para ela, com um sentimento de admiração nos seus olhos. Era como se tivesse sido ela a fazer aquilo tudo, como se fosse ela própria o dragão. Afinal, apenas ela tinha conseguido convocá-lo. Ela desviou o olhar, sentindo-se desconfortável; ela não percebia se eles tinham olhado para ela como se ela fosse uma guerreira ou uma aberração. Talvez eles próprios não o soubessem. Kyra pensou novamente na sua oração sobre a Lua de Inverno, a sua v*****e de saber se ela era especial, se os seus poderes eram reais. Depois de hoje, depois desta batalha, ela não podia ter dúvidas. Ela tinha desejado que aquele dragão voltasse. Ela própria tinha sentido isso. Como, ela não sabia. Mas ela agora sabia, definitivamente, que ela era diferente. E ela não podia deixar de pensar se isso também significava que as outras profecias acerca dela eram verdadeiras. Estava ela então verdadeiramente destinada a tornar-se uma grande guerreira? Uma grande governante? Maior ainda que o seu pai? Será que ela realmente levaria as nações para a batalha? Será que o destino de Escalon iria verdadeiramente cair sobre os seus ombros? Kyra não via como isso poderia ser possível. Talvez Theos tivesse vindo pelas suas próprias razões; talvez os seus danos não tivessem nada a ver com ela. Afinal, os Pandesianos tinham-no aleijado – não tinham? Kyra já não tinha certezas de nada. Tudo o que sabia era que, naquele momento, ao sentir a força do dragão a queimar as suas veias, ao andar naquele campo de batalha, ao ver o seu maior inimigo morto, ela sentia que tudo era possível. Ela sabia que já não era uma miúda de quinze anos à espera da aprovação aos olhos de outros homens. Ela já não era um brinquedo do Lorde Governador – de qualquer homem – para ele fazer o ele quisesse. Ela já não era propriedade de outros homens, para se casar, ser abusada, torturada. Ela agora era de si própria. Uma guerreira entre os homens – e uma para ser temida. Kyra caminhou pelo mar de corpos até aqueles finalmente acabarem e a paisagem passar a ser novamente gelo e neve. Ela parou ao lado do seu pai, olhando para o vale que se espalhava abaixo deles. Ali ficam os grandes portões abertos de Argos, uma cidade esvaziada, todos os seus homens mortos naquelas montanhas. Era estranho ver um forte tão grandioso vazio, sem guarda. A fortaleza mais importante de Pandesia estava agora escancarada para qualquer pessoa entrar. Os seus altos muros assustadores, esculpidos de pedras grossas e picos, os seus milhares de homens e camadas de defesa, tinham eliminado qualquer ideia de revolta; a sua presença ali tinha permitido a Pandesia um punho de ferro em todo o Nordeste de Escalon. Eles todos zarparam encosta abaixo na direção da estrada cheia de curvas que conduzia aos portões da cidade. Era uma caminhada vitoriosa mas solene, a estrada suja com mais cadáveres, retardados de quem o dragão havia andado à procura, marcadores no trilho para a destruição. Era como caminhar por um cemitério. Quando passaram pelos fantásticos portões, Kyra deteve-se na entrada, a sua respiração parou: lá dentro, ela podia ver, jaziam mais milhares de corpos, carbonizados, a esfumaçar. Era o que restava dos Homens do Lorde, aqueles que tardaram em mobilizar. Theos não se tinha esquecido de ninguém; a sua fúria era visível até nos muros do forte, largas faixas de pedra manchadas de preto com as chamas. Ao entrar, Argos era notável pelo seu silêncio. O seu pátio vazio era estranho para uma cidade como aquela estar desprovida de vida. Era como se Deus tivesse sugado tudo num único fôlego. À medida que os homens do seu pai correram para a frente, sons de excitação começaram a preencher o ar. Kyra depressa percebeu porquê. O chão, ela podia ver, estava imundo com um tesouro de armas, diferente de qualquer um que ela já tivesse visto. Ali, espalhados no chão do pátio, estavam os despojos da guerra: o melhor armamento, o melhor aço, a melhor armadura que ela alguma vez viu, tudo a brilhar com as marcas da Pandesia. Havia até, espalhados entre eles, sacos de ouro. Melhor ainda, mesmo no fim do pátio estava um vasto arsenal de pedra, com as suas portas escancaradas, uma vez que os homens tinham saído à pressa, revelando lá dentro uma recompensa de tesouros. As paredes estavam forradas com espadas, alabardas, arpões, machados, lanças, arcos – tudo feito com o melhor aço que o mundo tinha para oferecer. Havia ali armas suficientes para armar metade de Escalon. Ouviu-se um relincho e Kyra olhou para o outro lado do pátio para ver uma fileira de estábulos de pedra e lá dentro um exército dos melhores cavalos, todos poupados ao sopro do dragão. Cavalos suficientes para carregar um exército. Kyra viu o olhar de esperança a crescer no seu pai, um olhar que não via há muitos anos. Ela sabia o que ele estava a pensar: Escalon poderia ascender novamente. Ouviu-se um guincho e Kyra olhou para cima e viu Theos a circular mais baixo, com as garras de fora, batendo as suas grandes asas enquanto voava sobre a cidade, uma volta de vitória. Os seus olhos amarelos incandescentes bateram nos dela, mesmo àquela distância tão grande. Ela não conseguia olhar para mais lado nenhum. Theos mergulhou e aterrou fora das portas da cidade. Ele sentou-se orgulhosamente lá, de frente para ela, como que a chamá-la. Ela sentiu que ele estava a chamá-la. Kyra sentiu um formigueiro na sua pele, o calor a subir dentro dela, uma vez que sentiu uma ligação intensa com a criatura. Ela não tinha outra hipótese senão aproximar-se dele. Quando Kyra se voltou e atravessou o pátio, dirigindo-se de volta para os portões da cidade, podia sentir os olhos de todos os homens em cima dela, olhando desde o dragão até ela à medida que pararam para ver. Ela caminhou sozinha em direção ao portão, com as suas botas a ranger na neve e o seu coração a bater à medida que caminhava. Quando estava a ir, Kyra sentiu de repente uma mão suave no seu braço, parando-a. Ela voltou-se e viu a cara de preocupação do seu pai a olhar para trás. “Tem cuidado”, avisou. Kyra continuou a andar, sem medo, apesar do olhar feroz nos olhos do dragão. Ela apenas sentiu uma ligação intensa, como se uma parte dela tivesse reaparecido, uma parte sem a qual ela não poderia viver. A mente dela rodopiava com curiosidade. De onde é que o Theos tinha vindo? Porque é que ele tinha vindo para Escalon? Porque é que ele não tinha voltado mais cedo? Quando Kyra passou pelos portões de Argos e se aproximou do dragão, os barulhos que este fazia tornaram-se mais altos, algures entre um ronrom e um rosnado, e, enquanto esperava por ela, as suas enormes asas batiam gentilmente. Ele abriu a boca como que para libertar fogo, arreganhando os seus dentes enormes, cada um tão grande quanto ela e afiados como uma espada. Por um momento ela ficou com medo, os olhos dele fixos nos dela com uma intensidade que tornava difícil pensar. Kyra finalmente parou a poucos passos dele. Ela estudou-o em admiração. Theos era magnífico. Ele tinha de altura trinta pés, as suas escamas eram grossas, fortes, primordiais. O chão tremia quando ele respirava, o seu peito chocalhava e ela sentiu-se inteiramente à sua mercê. Eles ficaram ali em silêncio, os dois enfrentando-se, examinando-se um ao outro, o coração da Kyra bateu no peito dela, a tensão no ar era tanta que ela m*l conseguia respirar. Com a garganta seca, ela finalmente arranjou coragem para falar. “Quem és tu?” perguntou ela, a sua voz quase um sussurro.”Porque é que vieste ter comigo? O que é que queres de mim?” Theos baixou a cabeça, rosnando, inclinando-se para a frente, tão perto que o seu enorme focinho quase tocou no peito dela. Os olhos dele, tão grandes, de um amarelo incandescente, pareciam olhar mesmo através dela. Ela olhou fixamente para eles, cada um deles quase maior do que ela, sentido-se perdida num outro mundo, noutro tempo. Kyra esperou pela resposta. Ela esperou que a sua mente se enchesse com os pensamentos dele, como em tempos tinha sido. Mas ela esperou e esperou e ficou chocada quando se apercebeu que a sua mente estava vazia. Não obtinha resposta. Teria Theos remetido-se ao silêncio? Teria ela perdido a sua ligação com ele? Kyra olhou fixamente para trás, questionando. Aquele dragão estava mais misterioso do que nunca. De repente, ele baixou as suas costas, como que a convidá-la para dar uma volta. O seu coração acelerou quando se imaginou a voar pelos céus às suas costas. Kyra caminhou lentamente para o seu lado, chegou-se e agarrou as suas escamas, duras e ásperas, preparando-se para agarrar o seu pescoço e t****r. Mas assim que ela lhe tocou, ele, de repente, contorceu-se e afastou-se, fazendo com que ela perdesse o seu apoio. Ela tropeçou e ele bateu as suas asas e num movimento rápido, levantou voo, tão abruptamente que as palmas da sua mão rasparam nas suas escamas, como lixa. Kyra ficou ali magoada e perplexa – mas acima de tudo de coração partido. Ela assistia impotente, enquanto aquela tremenda criatura tinha levantado voo pelos ares, guinchando e voando mais alto e mais alto. Tão depressa quanto chegou, Theos desaparecera abruptamente por entre as nuvens, nada mais do que o silêncio que se seguiu na sua vigília. Kyra ficou ali no seu vazio, mais sozinha do que nunca. E quando o último dos seus choros desapareceu, ela soube, ela simplesmente soube, que desta vez Theos tinha ido de vez.

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