Alicinha! cadê você?

1021 Words
Marcos me ligou assim que chegou em casa. - Grace? Encontraram Alicinha? - Nada ainda! Mas minha mãe me contou uma coisa importante. - Ela estava na outra chácara, ouviu quando Alicinha foi até um carro. - Ela consegue descrever o carro? - Da outra chácara não dá para ver a rua, ela apenas ouviu. - Escutou vozes de homens? Conseguiu entender o que disseram? - Ela conseguiu entender parte do que conversaram, antes de Alicinha entrar e desaparecer. - O que foi que disseram? - Queriam que Alicinha me chama-se para ir junto. - Você? Meu Deus! Você poderia ter sumido também! Pode estar correndo perigo! Já contou a polícia? - Não! Primeiro queria contar a você, estou muito confusa com tudo isso acontecendo. - Imagino! Posso ir aí ficar com você, só no final da tarde. - Não se preocupe, estou cercada de parentes. - Isso! Fique sempre no meio de seus parentes, no final da tarde, vou para ajudar você. Desliguei o celular e tia Rosa, me chamou para conversar. - Gracinha! Ela sempre me chamou assim, não gosto! Mas, titia sempre foi muito bondosa comigo, nunca quis aborrece-la. - Oi tia! - Eu vi Alicinha na manhã de domingo namorando. - Namorando tia? A senhora viu com quem? - Vi que era um homem mais velho. - Sabe descrever esse homem? - Não vi direito, mas, vi que era alto, moreno claro e tinha uma barba por fazer. Com essas cara características, conhecia dois homens por ali, Sérgio e o homem misterioso, que a mãe de Alicinha estava se relacionando. - Tia, temos que falar tudo isso para a polícia, pode ser importante para encontrar Alicinha. - Minha filha, pode contar, se me procurarem eu confirmo tudo! - Tá bem tia! Tia Rosa, diferente de mamãe, não gostava de se meter na vida de ninguém, com aquela agitação toda, pedimos o almoço a um restaurante, alguns primos saíram para procurar no entorno da chácara, outros iam perguntar aos jovens que eles conheciam na cidade, com esperança de achar mais pistas e nós continuaríamos na chácara para o caso dela voltar, ou a polícia aparecer. Para agilizar, liguei para os pais de Alicinha e depois ligaria para a polícia também, queria contar tudo o que descobri. - Vitor? Aqui sou eu Grace. - Alicinha apareceu? - Infelizmente não! - Meu Deus! Onde está minha filha? - Preciso falar com vocês. - Isabela saiu a uma hora aproximadamente, ainda não voltou, não sei onde foi, já liguei e ela não atende, assim que ela chegar, eu vou para a chácara. - Ok! Vou espera vocês aqui. Primeiro vou esperar os pais de Alicinha aparecerem, depois, vou acionar a polícia, meu celular toca e vejo que é Sérgio. Meu coração disparou, eu estava decepcionada com ele, mas, meu coração não tinha jeito! Amava aquele homem. - Oi! - Grace, o que aconteceu com Alicinha? - Não sabemos ainda, estamos procurando. - Gostaria de estar aí. - Tem bastante gente procurando por ela. - Queria estar aí com você! - Não seja cínico! - Não estou sendo! - Você primeiro me deixa sozinha com a louca da sua esposa na despensa, ela tinha uma foice nas mãos, podia ter me matado! - Ela não faria isso! Só queria fazer cena. - Depois me expôs para a família inteira, confirmando que eu era a mulher que estava com você naquela maldita despensa! - Calma! Eu fiquei sem chão com suas acusações a minha mãe. - Vai me dizer que não sabia? - Não com certeza! Ela veio e está doente, sabia? - E você acreditou? - Ok! Sou manipulado por mamãe! - E é interesseiro! Por isso se mantém casado. - Achei que me amasse? - Estou preocupada demais com Alicinha para me declarar. - Então, me ama ainda! Vai se surpreender! - Fique e cuide de sua esposa e seu filho! Desliguei aquele celular, sempre quis aquele homem, mas, agora ele tinha um opositor, Marcos, ganhava pontos a cada dia, com seu jeito sedutor e sua forma de agir comigo. O almoço foi servido, quase ninguém quis comer, agora estavam entendendo a seriedade do acontecimento, achei que os pais de Alicinha estavam demorando, eu já estava nervosa de tanto esperar, tentei ler, ver filme, nada me acalmava, Alicinha, onde você está? No final da tarde, como prometido, Marcos veio para chácara, estava com uma caixa nas mãos, me entregou e disse. - Espero que goste. Era um livro. - Torto Arado, o mais vendido do Brasil, como adivinhou que o queria ler? - Me arrisquei e acertei! - Pelo menos uma coisa boa! - E tem mais informações? - Tia Rosa, viu Alicinha no domingo, como ela disse, namorando um cara mais velho, alto, moreno claro e com a barba por fazer - Já falou com a Polícia? - Queria contar para os pais de Alicinha primeiro, mas, liguei para o pai de Alicinha, ele disse que Isabela havia saído, não havia dado notícia e nem atendia o celular. - Mais uma desaparecida? - Não! Ela deve estar com aquele estranho que eu te contei que ela estava ali no ranchinho. - Será? Com a filha desaparecida, ela tem cabeça para isso? - Tem mais coisa nessa história! - Como assim? - O estranho é alto, moreno claro, meia idade e com a barba por fazer. - Você acha que pode ser ele? - Não sei de nada! Aquela angústia me fizeram chorar, não sou assim, sou durona, Marcos entendeu meu pranto, me abraçou, me beijou e disse. - Grace, estou com você! Vamos tentar ser positivos. - Você tem razão! Mas eu sai escondido de Alicinha no domingo para te encontrar, eu não imaginei que uma coisa dessas podia acontecer! - Não é culpa sua! Fique tranquila! - Sei que não é! Mas, isso fica na minha mente. Levei Marcos para meu quarto, deitamos e apenas fizemos carinho um no outro, o que será que esse menino quer comigo? Ele consegue ser mais maduro que Sérgio, já gosto dele! Nunca fui tratada com tanto carinho e respeito por um homem.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD