Capítulo 3

1975 Words
DESCONHECIDO Eu consigo sentir o cheiro de sangue nele novamente. Ele a machucou. Ela não só tem que lidar com aquele i****a, mas também com as pessoas da escola. Eu preciso tirá-la dessa matilha. Ela precisa estar com a família dela. Eu olho ao redor. Mia não tinha ninguém cuidando dela, ao que parece, por muitos anos. Nenhum amigo, nem mesmo aqueles com quem ela cresceu, ficaram. Eu olho para o jovem alfa. Todos eles precisam de alguém para dar um jeito neles. Eu tenho que checar como ela está, garantir que está tudo bem. Eu viro nos calcanhares e saio pela porta, até que um homem grita, "Companheira!" Eu me viro e vejo gama Darren. Ele está olhando para Evie; ela parecia absolutamente atônita e diz, "companheira", num sussurro. Eles vão em direção um ao outro e dançam. Eu olho para o jovem alfa, que parece feliz pelos amigos dele. Eu deixo essa festa horrenda e vou em direção à cabana. Eu me certifico de que ninguém me segue ou me vê. Enquanto eu saio e vou em direção à floresta, eu ouço muitos gemidos do lado. São os dois idiotas que machucaram a Mia mais cedo hoje. A garota está encostada em uma árvore com uma perna envolta na cintura dele, gemendo alto enquanto ele a penetra com força. Ele grunhe enquanto vai. Reviro os olhos. Olho para eles mais uma vez para ver se me viram quando ficam quietos, mas eles mudam de posição. Eles não me notaram ou mesmo os dois homens atrás da árvore, se masturbando para eles. Crianças estúpidas. Eu atravesso a floresta e corro, pois ninguém veio nesta direção, apenas David, mas ele não estava em condições de voltar. Levei vinte minutos para chegar à cabana, mas parei quando um cheiro chegou até mim. Não é a madeira da cabana ou as flores ao redor que eu cheiro. O cheiro vinha de dentro - sangue. Sem hesitar, corro em direção à porta e arrombo, mas paro enquanto procuro até encontrá-la. Lá, no chão, em seu próprio sangue, está a doce garota. Ela está sangrando muito na perna. Olho ao redor e pego um pano de chá e vou até ela. Me abaixo e coloco no ferimento da perna dela. A ferida é profunda. Tiro meu celular para ligar para minha matilha e avisá-los do que eu tinha encontrado, mas, mais importante, eu precisava de ajuda para tirar a Mia daqui. O telefone é atendido após o primeiro toque. "Oi Gwen, como está o..." diz a voz alta, mas eu o interrompo. Eu sei que cinco deles estavam esperando a minha ligação nos últimos três dias. Mas eu não poderia ligar para eles até saber que tinha algo novo para relatar, e eu descobri algo mais cedo, mas isso é mais importante. "Eu tenho pouco a relatar sobre o que encontrei, mas preciso que alguém me encontre pela metade do caminho esta noite. Ele a atacou, desta vez terrivelmente", eu digo a eles. Gemidos altos puderam ser ouvidos, mas foi o choro intenso dela que chamou minha atenção. Ela não diz nada. "Eu vou te encontrar, tia, me envia as direções e eu virei encontrar você na próxima hora", minha sobrinha diz. Vou dar os detalhes de uma casa segura perto de um amigo meu. Eu já mandei uma mensagem para ele contando tudo. Ele ficou mais do que feliz em ajudar. Ele quer ajudar ela assim como todo mundo em nossa matilha. Eu olho para a garota deitada no chão. "Eu consigo sentir o cheiro de aconite", meu lobo diz para mim. "Eu pensei que ela era humana. Eu consigo sentir o cheiro do lobo dela. Ela está desacordada." Um lobo. Eu nunca tinha sentido o cheiro do lobo dela antes. Meu lobo resmunga, mas eu ignoro. Não me surpreende que ela tenha escondido o fato de ser uma loba dele. Mas eu me pergunto por quê? Balançando a cabeça, pois eu precisava ajudá-la. "Nós precisamos tirá-la daqui", eu digo. "Agora." Eu a pego no colo e saio da cabana, seguindo em direção à clareira da floresta. Do mesmo jeito que ela veio até a cabana mais cedo. A coloco embaixo de uma árvore por um momento e olho em direção à cabana. Eu sabia que precisava garantir que ele não a encontrasse. Eu tinha que fazer parecer que ela tinha morrido. Era a única maneira de salvá-la. Eu voltei e entrei na cabana de novo. Procurei algumas coisas dela. Vasculhar a cabana me deu calafrios, já que não tinha quase nada que se pudesse chamar de móveis, muito menos transformá-la em um lar, mas ela se virava. Passo pelo lugar até encontrar o quarto dela. Eu não sabia o que esperar, mas não fiquei totalmente surpreso ao descobrir que ela não tem um, pelo menos não como uma criança deveria ter. Contemplei o pequeno quarto. Havia um colchão no chão e uma pilha de roupas sujas perto dele. Apenas alguns livros estavam ao lado e nada mais. Ele a fez viver assim. Ele é um porco. "Isso é r**m", diz meu lobo. "O que você está procurando?" Suspiro, ainda procurando até avistar algo no canto, um pequeno recipiente. Vou até lá e me abaixo, pegando para abrir, mas logo percebo que era o que eu queria levar. "Encontrei", eu digo. "Isso é da mãe dela. Ela deve escondê-lo dele. É a única coisa que ela tem deixada dela, levando em conta o estado da cabana." Meu lobo uiva de dor ao pensar no que aconteceu com minha querida amiga. Eu atravesso a cabana de volta, colocando o recipiente no bolso, mas paro na cozinha. Eu tinha que fazer algo. Olhando ao redor, vou até o forno e acendo o gás no fogão. Com certeza ele não a encontrará se pensar que ela está morta. Enquanto me afasto, noto alguns fósforos. Pego-os enquanto vou em direção à porta.Eu saio da cabana e volto em direção à Mia, que ainda estava desacordada debaixo da árvore. "Você vai precisar correr com ela", diz meu lobo com um sorriso. "O carro está de volta na escola. Vou dirigir um pouco até encontrar minha sobrinha", eu digo, e acendo um fósforo que encontrei na cozinha. A chama brilha e eu a lanço pela porta onde caiu. Pego a Mia e começo a correr, indo em direção à escola. Não demora muito até que eu chegue perto e ouça o estrondo alto da cabana que está pegando fogo e agora era chamas. A floresta está coberta de fumaça espessa e n***a. Coloco a Mia e a pequena caixa no banco de trás. Coloco outro pano sobre o ferimento em sua perna. Não está cicatrizando, mas parou de sangrar. Fecho a porta de trás e vou para frente, entro no carro e dirijo o mais rápido que meu pequeno carro podia nos levar. ***************************************** Durante as próximas três horas, dirigi em silêncio, apenas olhando para trás para garantir que não estávamos sendo seguidos, mas verificando a Mia. Viro uma esquina e chego a um motel isolado. O motel é administrado por um renegado. Ele é um amigo meu, então ele sabe quando me vê que estou encontrando alguém. Ele se aproxima do carro, mas para de repente quando eu abro a porta do carro. "Quem é esse no banco de trás?" ele pergunta, olhando pela janela. "Eu preciso de suprimentos médicos. Você tem algum?" eu pergunto, ignorando sua pergunta. Ele acena com a cabeça e corre direto para o escritório do motel. Saio do carro e vou ao redor para tirar a Mia de lá. A pego e vou até minha porta habitual no motel. Entro e coloco a Mia na cama. Meu amigo entra correndo com os suprimentos médicos, mas para bruscamente e respira fundo. "Ela não pode ter mais que dezessete anos", ele diz enquanto olha para mim. Dou a ele um leve aceno e olho para ela. "Preciso da sua ajuda para costurar o ferimento". Sem dizer uma palavra, ele se aproxima e me ajuda a costurar o ferimento. Em silêncio, trabalhamos em sua perna, mas eu podia sentir seus olhos em mim. "Essa é a garota de quem falei da última vez que vim aqui", eu digo a ele, sem tirar os olhos do que estava fazendo. Um rosnado escapa de sua boca. "Aquele bastardo fez isso com a própria filha dele." Eu olho para ele e confirmo. "Toby, ela terá que ficar aqui até..." mas antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, a porta se abre com minha sobrinha Sasha de pé no umbral. Ela arregala os olhos, mas rosna de repente. "Tia, você precisa voltar só para o caso deles acharem que foi você que fez a cabana explodir." Eu olho para ela e sorrio. "Você assume o controle e fique com ela, leve-a de volta para a matilha. Ela vai querer vê-la", eu digo. Sasha sorri. "Ela ficou chateada quando eu saí, mas o Alpha Sam vai cuidar dela e dos outros até eu voltar com ela." Eu olho para trás para a Mia. Ela ainda está desacordada. Levanto e olho para Toby. "Deixe-os ficar aqui", ele assente e segura minha mão. "Eu vou cuidar deles, Gwen, eu quero provar para o Alpha que posso ser confiável. Eu vou me livrar de tudo, todos os panos ensanguentados e tudo mais quando eles partirem." Eu confirmo. "Vamos sair assim que ela acordar", Sasha diz. "Temos uma longa viagem pela frente. Toby, você pode fechar a porta e deixar a chave na mesa? Eu te aviso quando vamos sair. Eu posso sair de carro com ela ainda desacordada, dependendo da situação com os ferimentos dela." Eu não digo nada, apenas observo Toby sair do quarto. Sasha se vira para mim com um certo olhar de preocupação nos olhos. "Tia, tenha cuidado quando voltar", ela diz com preocupação na voz. Eu sorrio e a abraço para tranquilizá-la. "Eu vou tomar cuidado, monitora nossa garota", eu digo enquanto me viro e vou em direção à porta. Abro e olho por cima do ombro para ver Sasha sentada ao lado da Mia, acariciando seu cabelo. Ela sorri para mim. "Eu cuido disso, tia, estaremos seguras." Me viro e fecho a porta. Preciso voltar para a matilha de onde acabei de sair. O Alpha Sam da Matilha da Floresta Escura, a maior matilha do estado, queria ter um representante aqui para lidar com os problemas de renegados que eles têm tido nas últimas semanas. Eu estava lá para ajudá-los com o problema dos renegados. Bem, pelo menos é o que eles pensavam. O Alpha Sam também me deu outra ordem. Eu precisava resgatar a Mia. Ela precisava de nossa ajuda. Nossos espiões que vieram antes de mim sabiam o que estava acontecendo e explicaram que havia questões preocupantes relacionadas a ela. O Alpha Sam garantiu que eu fosse enviada, já que eu ajudei da última vez. Eu precisava fazer isso por ela. Cheguei há dois dias e testemunhei Mia sendo abusada algumas vezes por pessoas diferentes. Eu contei ao Alpha Sam no primeiro dia que cheguei lá, e ambos concordamos que eu a tiraria de lá assim que tivesse as outras informações, mas eu tinha que ajudá-la de qualquer maneira que pudesse. Ela estaria morta se eu não tivesse saído de lá hoje. Esse corte na coxa dela vai deixar uma cicatriz infernal. Eu me aproximo do carro e entro. Acelero para longe do motel. Volto pelo caminho que vim. Eu disse ao Alpha Robert que não iria à festa e estou feliz por ter saído por alguns momentos. Posso simplesmente dizer que precisei buscar algumas coisas para minha estadia, o que é verdade, mas ele não precisa saber que eu tinha tudo no meu carro.Eu estou voltando. Serão mais três horas de volta, mas pelo menos a Mia está segura agora, finalmente.
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