✔ 4. Fiorella Barese de Lucca:
Gioconda Barese de Lucca, uma mulher ardilosa e traiçoeira, não media esforços para conseguir o que desejava. Não se importava em usar os próprios filhos para atingir os seus objetivos.
Sua mãe tentou dar um golpe em seu pai, porém seu irmão, Antônio Barese, impediu a conclusão do plano, mostrou ao pai dos dois, que ele tinha se casado com uma mulher oportunista que apenas tinha interesse no dinheiro dele.
Antônio foi assusto, ao completar dezoito anos, exigiu que o pai entregasse a ele a sua parte na herança de sua mãe. Soube administrar bem o seu dinheiro, tornando-se um dos homens mais ricos do seu país. Mas a astúcia de Antônio, não se limitava apenas aos negócios, também conseguiu provar para seu pai, que a sua madrasta era uma oportunista. Após muito pensar, bolou um plano para que o seu pai a flagrasse o traindo, somente assim conseguiria abrir os olhos do pai.
Logrou êxito, mas não conseguiu salvar Gioconda, que cresceu ao lado da mãe, aprendendo a colocar o dinheiro acima de tudo e todos.
Com interesse em se aproximar do irmão, Gioconda fez de tudo para se casar com Germano, o melhor amigo de Antônio.
O seu plano era estar sempre perto do irmão, assim tentaria o ludibriar para colocar as mãos em seu dinheiro. Fato este que nunca aconteceu, ele era esperto, não se deixava enganar.
Ainda lamentava o fato do amigo ter se casado com a sua irmã, ele tinha conhecimento da víbora que sua irmã era.
Germano de Lucca era um dos homens de confiança de Alberto Zanardi, trabalhava na segurança da Fratelli. Treinava e comandava os homens que faziam a segurança da organização, juntamente com Geremias Ricci, que possuía uma empresa de segurança. Geremias usava o seu conhecimento em engenharia, para aprimorar a segurança dos seus clientes.
Da união de Germano com Gioconda, nasceram Fúlvio e Fiorella.
Germano, fez o melhor por seus filhos, deu amor, carinho, atenção.
Fúlvio Barese de Lucca, foi um bom filho, não desobediência o pai. Quando Fiorella nasceu, ele jurou cuidar de sua irmã, a protegeria, ela era frágil e indefesa.
Gioconda, não gostava do comportamento do filho, para ela, ele seria um homem fraco. Pensava assim do filho, pois ele possuía um cuidado extremo com a irmã, tratava todos bem, sempre cordial e gentil.
Quando criança brincava com os filhos dos empregados, incluindo Adriano Mancini, protegido do seu irmão, Antônio.
Segundo suas palavras, ele precisava se tornar um homem forte, sem sentimentos.
Por muito tempo Fúlvio deu razão à mãe, era jovem demais, para conseguir ter discernimento e compreender que sua mãe não estava certa, apenas o manipulava para ter um aliado. Tinha notado a inteligência do filho, e queria a usar para conseguir obter vantagens, quando ele atingisse a maior idade.
Fúlvio rebelou-se, passou a ter um comportamento devasso, o que fez com o que seu tio Antônio se afastasse dele, e pensasse que não passava de um interesseiro como a mãe.
O que ninguém sabia era que Fúlvio, era um excelente investidor. Fez ótimos investimentos com o dinheiro que conseguiu juntar da sua mesada, na adolescência. Passou a investir na bolsa no segundo ano da faculdade de economia. Era um devasso na noite, mas uma máquina de multiplicar dinheiro. Fato que a sua mãe desconhecia, o que era bom para ele, assim ela não o importunaria querendo usufruir dos lucros dos seus investimentos.
Fiorella, era considerada a princesinha da casa, mimada pelo pai e o irmão, assim como pela babá.
A diferença de identidade de Fiorella e Fúlvio era de 12 anos, o que não os impediu de serem amigos.
Eles se amavam, para o orgulho do pai babão.
Germano, tinha certeza que na sua falta o seu filho cuidaria de sua irmã, a protegendo de tudo e todos. Incluindo a própria mãe, se fosse preciso.
Fiorella cresceu cercada de cuidados, uma menina doce, de face angelical. Seu sorriso era meigo e tímido, quando ela sorria duas covinhas em suas bochechas apareciam.
Ela cresceu brincando de bonecas e casinha. Vez ou outra fazia Fúlvio brincar com ela, exigia que ele cumprisse seu papel de tio, de suas bonecas. Mesmo contrariado, fazia a vontade de sua irmã, ela era sua princesinha, como irmão sentia-se obrigado a fazê-la feliz. Ela uma menininha, com laço no cabelo, vestindo rosa rodado, brincando de bonecas. Ele, um adolescente agradando à irmã mais nova.
_ Fúlvio, segura sua sobrinha direito.
A pequena era exigente.
Talvez sentiria vergonha se seus amigos o vissem brincando de bonecas. Porém, por sua pequena não se importaria.
Germano sempre ficava admirando a interação dos filhos.
Mesmo com o avançar da idade, a união dos dois não foi abalada. Muitas vezes no meio da noite, Fiorella, acordava com medo, corria para o quarto do irmão, ele a protegeria. No início quando sentia medo procurava a mãe, porém era sempre repreendida, o seu pai não se importava de ser acordado no meio da noite. Gioconda, não era como o marido, repreendia a filha duramente.
_ Você sente medo a noite, irmão?
Perguntou ao irmão.
_ Não, pequena. Durmo a noite toda.
_ Quando acordar com medo posso ir para o seu quarto?
_ Claro que pode. Eu te protejo do bicho-papão. Sou forte.
Fúlvio mostrou o braço para a sua irmã, mostrando que tinha força para a defender.
A segurou e fez cócegas na sua barriga.
Fiorella dormiu inúmeras vezes no quarto do irmão, muitas vezes não era nem pelo medo que sentia, mas sim pelo fato de gostar da sua companhia.
Fúlvio com quatorze anos começou a se rebelar, devido à insistência de sua mãe ao chamá-lo de mole, covarde.
Gioconda chegou a insinuar algumas vezes que ele era homossexual. Uma revolta se instalou no peito de Fúlvio, que nunca se exaltou com a mãe, pois aprendeu com o pai a respeitar as mulheres de sua casa. Mesmo não sendo uma mãe amorosa, Gioconda era a sua mãe.
Germano, permitiu que Fiorella, conseguisse viver uma infância como toda menina da sua idade. Contrariando Gioconda, que desejava fazer da filha uma mini adulta.
Quando Fiorella entrou na pre adolescência, passou a lidar com as cobranças da mãe, assim como o seu irmão. Ela não se rebelou como Fúlvio, não deixou de ser meiga, muito menos perdeu a bondade no seu coração. Apenas se calou, uma jovem tímida, que não podia exercer as suas vontades. Protegida pelo pai e o irmão, atormentada pela mãe, que desejava uma filha patricinha.