✔ 2. Casamento

1100 Words
✔ 2. Casamento: Geremias retornou, estava ansioso para rever a sua amada, entretanto seguiria as tradições de Dolgar. Nos dias seguintes a fuga de Ellie, Geremias procurou uma casa de oração, local onde passou três dias, participando de um ritual de conversão. Tudo por sua amada. Na volta para Tay, prepararia o casamento. Na casa do casal Zanardi, Ellie aguardava ansiosa a chegada de Geremias. Luzia, com a sua empolgação, já havia presenteado a sua hóspede com um belo vestido de noiva, simples como Ellie, descreveu que gostaria. O vestido era branco, estilo boho, com mangas longas, sem decote. Uma mulher fani, não mostrava partes do corpo, estavam sempre com um lenço cobrindo os cabelos. Geralmente usavam vestidos com mangas longas, sem decotes, com comprimento até os pés, ou calças com uma bata com comprimento até a altura dos joelhos, também de mangas longas. As mulheres mais modernas usavam calças pantalonas muito parecidas com saias longas, devido às pernas, extremamente largas. Mostrar a pele era uma afronta a religião, mulher decente só mostraria o seu corpo ao seu marido na noite de núpcias. Quando Geremias e Ellie se encontraram, acertaram tudo sobre o casamento. Com a influência da Alberto Zanardi o casamento foi marcado, sem todos os proclames necessários, que demandariam quarenta e oito horas. Em dois dias a família de Ellie poderia a encontrar e arrastar a jovem fujona de volta para Dolgar, e a obrigar a casar-se com um homem que não desejava. Em vinte e quatro horas se casariam e consumariam o casamento. Se em algum momento a família a encontrasse não poderiam a obrigar a voltar, após o casamento a família perdia o direito sobre a mulher, passando este ao marido. Pensando em tudo, Geremias aproveitou os três dias do ritual da sua conversão, estudando sobre os costumes, assim se a família da sua esposa os encontrassem saberia lidar com a situação. O casamento foi algo bem simples, Alberto e Luzia foram os padrinhos de Ellie, o filho do casal Marcello, com sua esposa Barbara, foram os padrinhos de Geremias. Marcello e Geremias conheceram-se ainda criança, e assim como os seus pais tornaram-se grandes amigos. Era em nome da amizade pelo pai de Geremias, e o considerar como um filho, que se dispôs a ajudar o jovem casal a ficar juntos. No futuro, seguindo os exemplos dos avôs, assim como o dos seus pais, Fabrizio Ricci, filho de Geremias e Ellie, e Martín Zanardi, filho de Marcello e Bárbara, tornariam-se amigos. Ellie estava radiante com o seu casamento, não teve vários dias de festas como teria se estivesse se casando com o homem que era o seu prometido desde o seu nascimento. Não pode seguir a tradição de dias de festa, não usaria os tradicionais vestidos branco e vermelho, porém nada disso importava, estava feliz. Muitas festas desses casamentos tinham beleza extrema, mas faltava o principal, o amor. Não arriscaria viver uma vida infeliz ao lado de um homem que não escolheu, para seguir a tradição. Após a cerimônia que aconteceu no jardim da casa da família Zanardi, em um lindo fim de tarde, no início da primavera, o casal recém-casado seguiu para o apartamento de Geremias. Começariam uma nova vida, construiriam a família dos seus sonhos. Entraram com o pé direito no apartamento. Não era um apartamento luxuoso, como a casa da família Zanardi, mas era o lugar perfeito para os recém-casados iniciarem a sua jornada juntos. Um apartamento de dois quartos, com uma pequena área, sala conjugada com a cozinha. A suas paredes pintas com cor clara, assim como as cortinas que iam até o chão. No sofá cinza de três lugares, almofadas com detalhes amarelos, deixavam o ambiente mais colorido. Geremias gostava de amarelo, vários objetos no apartamento eram amarelos devido ao seu gosto pela cor. Com piso laminado na sala e nos quartos, alguns tapetes faziam parte da decoração. O quarto do casal possuía móveis brancos, uma cama aconchegante, e na mesinha de cabeceira um pequeno abajur. E foi nos braços de Geremias que Ellie, entrou no quarto que seria o seu ninho de amor. A primeira noite de amor do casal foi emocionante. Geremias ansiava que tudo fosse perfeito. Ellie tinha medo. O amor entre os dois era quase palpável, Geremias, entendia o medo e receio da sua esposa, afinal era a primeira vez dela. Com cuidado a colocou na cama, a beijou delicadamente, fazendo com ele sentisse segurança para continuar. De acordo com que ela relaxava, intensificava o contato. A despiu vagarosamente e venerou o seu corpo. _ Não precisa sentir vergonha. É linda! Fez um carinho em seu rosto. _ É minha mulher. Sabendo da criação rígida que a sua amada teve, explicou-lhe, que nada do que fizessem naquele quarto era errado. Amar não era errado. Se entregar ao amor não era pecado. Ele foi extremamente paciente, gentil, carinhoso, conseguindo assim que Ellie se entregasse sem medo. O amor gerava confiança. Quando Ellie sentiu o primeiro contato com o m****o do seu marido, ficou um pouco tensa, nada que atrapalhasse o momento. Como estava completamente relaxada, sentiu uma dor mínima, que logo transformou-se em prazer. Amou e foi amada. A fim de mostrar a família da sua esposa que agora ele possuía o direito de a proteger, fez com que o sogro ficasse sabendo do casamento. Estava preparado para receber o homem que imagina estar feito um touro bravo, querendo o destruir. Assim, como imaginou o sogro, invadiu o pequeno apartamento, se deparando com a imagem da filha dormindo nos braços do homem que a tirou de sua casa. Geremias não era um covarde, logo enfrentou a situação. _ Nos casamos ontem, agora sou o responsável por Ellie. Disse com voz firme, sem medo algum do homem que olhava para ele e sua esposa querendo o matar. _ Na cômoda está o documento que prova que o nosso casamento é legal. No lençol que está na poltrona... Indicou a poltrona com a cabeça. _ Está a prova que a sua filha chegou honrada ao nosso casamento. A fiz minha após nos casarmos. E não há nada que o senhor meu sogro possa fazer. Não tivemos a aprovação da sua família, porém seguimos as regras. A única alternativa era aceitar o casamento da filha. Já estava feito. Ellie assistiu toda a cena calada, envergonhada por seu pai, a estar vendo com o seu marido na cama. Ellie esqueceu o constrangimento que passou quando o seu pai a viu na cama com o seu marido. Era preciso esquecer, para poder desfrutar da alegria de estar casada com o homem que amava.
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