Capítulo 1

1149 Words
Evva Sudorov Ser filha de Andrei Sudorov e Sônia Sudorov, requer uma imagem de filha preparada para quando chegar a hora, se casar e cumprir com as regras e tradições da máfia. O meu pai é um amor de pessoa, sempre mais liberal, extrovertido, animado e é suporte para todos de casa, já a minha mãe, é mais centrada, bem cabeça firme e preocupada com as coisas, porém, o meu pai sabe bem como domá-la. Levy já é o filho mais que perfeito, mesmo ainda sendo bem novinho. Ele é o meu irmão mais novo e mesmo assim, já tem a cabeça mais feita que eu em todos os aspectos. Lindo, fofo, simpático e claro, não posso esquecer de que já é todo apaixonadinho pela sua futura esposa que já conhece desde novo, e sim, ele ainda é uma criança. Diferente de mim, Levy já tem uma noiva e essa aliança já foi acertada a alguns anos. É um dos motivos de garantir a nossa segurança em todos os aspectos e sou grata por não estar no meio disso, pois, apesar de ainda ter quinze anos, eu sou apaixonada por Dominik. Ele é um dos seguranças da casa e responsável por me proteger quando saio de casa para ir à escola, fazer compras ou qualquer coisa. Eu comecei a olhá-lo já faz um tempo, mas, agora, não sei o que houve, mas ele está muito mais bonito a cada dia. Dominik é um homem alto, forte, pele n***a*, lábios carnudos, voz rouca e firme, barba feita e claro, um perfume ardente. É literalmente um grande pecado*! Trocamos poucas palavras e tento há alguns meses chamar a sua atenção, mas, aposto que ele ainda me vê como uma criança e isso me irrita. Posso ter quinze anos, mas sou bem evoluída. Tenho altura adequada, cabelos longos e ondulados, curvas certinhas e pelo que sei, a minha mãe também tinha um corpo de dar inveja desde cedo, então, acho puxei a ela. Não vou me vitimizar e dizer que sou muito tímida, ou, me acho inferior. Não sou assim, mas também não sou de me colocar no pedestal. Sou normal, uma garota da máfia que tem uma família maravilhosa. Voltando ao Dominik, estou procurando uma forma de ter ao menos um diálogo mais adequado com ele. Hoje quando ele veio me deixar na escola, tentei ao menos perguntar como ele estava e recebi um olhar firme pelo retrovisor, porém, dessa vez nem isso ele me respondeu e estou aqui tentando pensar no que fazer. Nesse momento, a professora fala lá na frente e não consigo absolver nada. É aula de matemática, equações e mais equações e hoje, a minha mente só consegue pensar em Dominik e numa forma para que ele ao menos me responda em algo. — Façam os exercícios da página 32, o conteúdo todo dessa unidade estará presente na próxima prova, então, dúvidas devem ser tiradas o quanto antes... — É única coisa que ouço. — Evva..., quer fazer em dupla comigo? — Yully pergunta atrás de mim. — Claro! — Me levanto e giro a cadeira de lado. — Vocês tem trinta minutos! — A professora fala sentando-se à mesa. Abro o livro na página 32 como ela falou e sim, nem o livro tinha aberto ainda, mas, não sou tão r**m* em matemática. Começo a anotar as equações e depois, começamos a resolver, as poucas dúvidas que tenho, pergunto a Yully e assim, em questão de minutos terminamos. Como de costume, a professora chama uma aluna para cada equação e pede para ser resolvida na frente de todas. Sim, todas, porque aqui, as alas de meninas e meninos são separadas, pois é uma escola dentro dos padrões da máfia e, sim, também, todos que estudam aqui, tem algum grau na organização. São cinco equações para serem resolvidas e peço a tudo o que é mais sagrado para não ser chamada. — Não quero que ela me chame! — Yully diz baixinho e já tento me esconder também. A segunda logo é chamada, depois a terceira e vou ficando mais nervosa, então, a quarta é chamada e o meu coração quase sai pela boca. — Yully..., venha resolver a última! — Ouço ela chamar e essa foi por pouco. — Que merda*, em! — Sussurro para ela que bufa irritada*. — Eu odeio* essa mulher. — Ela exclama segurando o seu caderno. Vejo-a ir até a frente e ela recebe a caneta para lousa branca e enfim, começa a resolver tudo. Não gostamos da Sra. Krostty, pois é uma velha chata, bruta* e arrogante, e o pior*, tem uma verruga bem na testa que é ridícula. Não vejo a hora dela ir embora! Yully retorna revirando os olhos e sorrio aliviada por ter escapado dessa vez, e acreditem, errar lá na frente é levar esporro dos feios. — Não esqueçam de ler os conteúdos da unidade. — Ela diz guardando tudo, pois a aula acabou. Guardo as minhas coisas às pressas e me despeço rapidamente de Yully, então, em passos largos, ando até o banheiro feminino para dar uma olhada nos meus cabelos e passo um gloss labial. Respiro fundo sentindo um frio na barriga e saio em direção a saída passando pelos corredores da escola, então, quando chego porto da entrada, já tenho uma visão de Dominik, usando um terno despojado e claro, completamente lindo como sempre. Já disse que ele é um pecado? — Senhorita... — Ele fala como sempre abrindo a porta do carro. — Oi, Dominik! — Respondo entrando e como de costume, ele fecha a porta. Só para constar, entrei lentamente só para sentir o seu perfume. Quando ele entra tomando o volante, ele dá a partida fazendo o percurso de casa e discretamente, fico o olhando pelo retrovisor a sua frente. Durante um tempo de percurso, apenas uma vez o peguei me olhando, mas ele soube disfarçar bem e na mesma hora, penso em algo. — Sabe se o meu pai está em casa? — Pergunto o olhando pelo retrovisor. — Não está, senhorita, mas ele informou que chegará para o almoço. — Dito isso, ele volta a sua atenção a estrada. — E a minha mãe? — Tento continuar e ele faz a mesma coisa. — Está na residência... — Não sei se fico feliz ou com raiva. Feliz por ouvir mais a voz dele, ou, com raiva por respostas tão vazias. Depois disso nem consigo pensar no que perguntar para que possamos ter algum diálogo. Ao chegarmos em casa, saio do carro rapidamente e entro em casa indo para a cozinha beber água. Vejo a Margarida preparar a comida e deixo um beijo nela que sorrir e saio indo para as escadas indo para o quarto tomar um banho, mas até então, nem sinal da minha mãe ou do meu pai. Devem estar ocupados, ou, ele nem chegou ainda.
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