CAPITULO 10

1428 Words
SAMUEL'S POV A recepção de casamento de minha mãe, Samantha, e Doug estava em pleno andamento, mas meus olhos não estavam fixos nos noivos. Em vez disso, eu observava atentamente Lily, minha mais nova meia-irmã, com um desejo fervente de ficar a sós com ela assim que a festa acabasse. A ansiedade se instalava em meu peito enquanto eu contava os minutos, esperando que Doug e Samantha partissem logo para que eu pudesse finalmente me aproximar de Lily. Quando o momento finalmente chegou, após o corte do bolo e a jogada do buquê que acabou nas mãos de uma senhora desconhecida, vi Doug e Samantha saírem da casa acompanhados pelos convidados, incluindo Lily e eu. Lily se aproximou de Doug, sua voz carregada de preocupação. "Por quanto tempo você vai ficar fora, pai?" ela perguntou, seus olhos encontrando os dele em busca de conforto. Doug sorriu para ela, tentando dissipar suas preocupações. "Apenas uma semana, querida. Estaremos em Las Vegas, então eu posso voltar voando se você precisar de mim", ele respondeu, tentando tranquilizá-la. Eu aproveitei a oportunidade e coloquei meu braço em volta dos ombros de Lily, sentindo a proximidade que tanto ansiava. "Não se preocupe, Doug. Sua garotinha estará em ótimas mãos", eu assegurei, meu olhar desafiador fixado em Doug. Doug me encarou com uma mistura de gratidão e preocupação. "Por favor, cuide bem dela, Samuel", ele pediu, sua voz carregada de emoção. Eu retribuí seu olhar, determinado a cumprir a promessa que acabara de fazer. "Com prazer", respondi, minha voz firme enquanto pensava no mar de possibilidades que teríamos com Doug e Samantha fora. Samantha se aproximou de Doug, interrompendo nosso momento. "É hora de irmos", ela disse suavemente, seu olhar encontrando o dele com uma expressão de amor e antecipação. Eu observei enquanto Doug e Samantha partiam, sentindo uma mistura de alívio e excitação. Finalmente, eu teria a chance de estar a sós com Lily, e eu não ia deixar essa oportunidade escapar. Assim que Doug e Samantha partiram, eu me virei para Lily, um sorriso travesso brincando em meus lábios. "Então, o que você quer fazer agora?" eu perguntei, minha voz carregada de um desejo m*l disfarçado. Lily retirou o braço que eu havia colocado em seus ombros e lançou-me um olhar decidido. "Agora, eu vou arrumar tudo da festa e sair daqui, voltar para a minha casa", ela respondeu, determinada. Eu a encarei, um sorriso se formando em meus lábios. "Minha mãe me disse que você ia morar conosco agora", eu disse, tentando esconder a ansiedade que sentia. Lily me encarou, claramente surpresa. "Eu não sabia disso", ela admitiu, sua voz soando incerta. Aproximei-me dela, tentando explicar a situação. "Isso é o que acontece quando duas pessoas se casam. Elas moram juntas e, consequentemente, seus filhos também", expliquei, esperando que ela entendesse. Lily me encarou, sua expressão revelando uma mistura de surpresa e incredulidade. "Ainda assim, eu preciso ir para casa. Todas as minhas roupas estão lá", ela explicou, parecendo decidida. Não pude deixar de soltar uma piada, tentando aliviar a tensão crescente entre nós. "Não me importo se você andar sem roupas pela casa", brinquei, esperando arrancar um sorriso dela. Ela revirou os olhos, claramente irritada com a minha tentativa de humor. "Você é meio irritante, sabia?" ela retrucou, sua voz carregada de frustração. Encarei-a com um sorriso travesso. "Bom, como seu irmão mais velho agora, é meu dever ser irritante", brinquei de volta, tentando manter o clima leve. Lily me encarou com uma expressão incerta. "Bom, eu preciso ir para casa então.", ela respondeu, parecendo decidida. Eu a encarei, sentindo um impulso de oferecer minha ajuda. "Eu posso te levar até lá", sugeri, querendo passar mais tempo com ela. Lily me encarou com surpresa. "Não precisa, eu posso pegar um táxi", retrucou ela, parecendo relutante em aceitar minha oferta. Eu a encarei, determinado a convencê-la do contrário. "Eu insisto. Afinal, agora sou o irmão mais velho e responsável por você", declarei, meu tom confiante. Lily revirou os olhos com uma expressão de resignação. "Tudo bem, se você insiste", ela concordou, resignada. "Mas precisamos ir logo. Ainda temos muita coisa para fazer." Com um sorriso triunfante, acompanhei Lily até o carro, ansioso para passar mais tempo com ela. Enquanto nos afastávamos, senti uma sensação de euforia se espalhar dentro de mim. *** LILY’S POV O carro deslizava suavemente pelas ruas, levando-me de volta para a minha antiga casa, onde eu agora só pegaria algumas roupas antes de seguir para a nova casa. Sentada ao lado de Samuel, o silêncio entre nós era palpável, carregado com a tensão da situação que enfrentávamos. "Você pode estacionar aqui", eu disse, indicando o meio-fio em frente à minha casa. A sensação de estranheza inundou-me quando percebi que em breve isso não seria mais "minha casa", mas sim o lar de outra família. Samuel olhou para a casa por um momento antes de virar-se para mim, um sorriso irônico dançando em seus lábios. "Então, esta é a casa da doce Lily", ele comentou, sua voz carregada de sarcasmo. Encarei-o com seriedade, sentindo um aperto no peito diante de sua provocação. "Fique no carro, por favor", pedi, minha voz firme enquanto lutava para manter a compostura diante de sua presença perturbadora. "Eu só vou pegar algumas roupas e depois nós podemos ir para casa." Samuel assentiu, parecendo impaciente. "Seja rápida", ele disse, sua voz áspera. Respirei fundo, tentando me acalmar enquanto saía do carro e caminhava em direção à porta da frente. Cada passo parecia pesado, carregado com a incerteza do que o futuro reservava para mim nesta nova dinâmica familiar. Ao entrar na casa, fui recebida pelo cheiro familiar que sempre me acolhera, mas agora parecia tingido com uma sensação de deslocamento. Caminhei pelos corredores vazios, cada canto repleto de memórias de uma vida que estava prestes a mudar para sempre. Adentrei meu quarto e comecei a empacotar algumas roupas e pertences pessoais em uma mala, tentando não me deixar levar pela melancolia que ameaçava me envolver. Este era um novo começo, uma nova fase em minha vida, e eu precisava enfrentá-la com coragem e determinação. Enquanto organizava minhas roupas e pertences, não pude deixar de notar as paredes cobertas com pôsteres da banda The Wild Ones, da qual Samuel era o vocalista. Era estranho pensar como minha vida tinha mudado tão drasticamente em tão pouco tempo. Apenas alguns dias atrás, Samuel era apenas o cantor por quem eu nutria uma paixonite secreta, e agora ele era parte da minha família. Absorta em meus pensamentos, m*l percebi quando a porta do meu quarto se abriu e Samuel apareceu. Ele olhou em volta, surpreso, antes de comentar sobre a decoração. "Você realmente é fã da banda", disse ele, sua voz carregada de deboche. Irritada com sua intromissão, respondi de forma brusca. "Eu disse para você ficar no carro", retruquei, minha voz carregada de irritação. Samuel apenas sorriu de maneira debochada. "Não podia perder a chance de conhecer o quarto da minha maior fã", provocou ele. Respirei fundo, tentando manter a calma diante de sua provocação. "É melhor irmos embora", insisti, desejando que ele simplesmente desaparecesse. No entanto, ele parecia determinado a continuar com sua brincadeira. "Quantas vezes você sonhou com isso?", perguntou ele, sua expressão curiosa. Fiquei sem palavras por um momento, sem entender aonde ele queria chegar. "Sonhado com o que?" perguntei, confusa. Ele se aproximou de mim, seu olhar fixo no meu rosto. "Comigo aparecendo no seu quarto", explicou ele, sua voz suave. Meus olhos se arregalaram com surpresa diante de sua revelação. "Isso não é da sua conta", respondi, sentindo-me desconfortável com a direção da conversa. Ele ignorou minha resposta e continuou falando. "Agora seu sonho se realizou. Estou aqui, diante de você", disse ele, sua voz carregada de confiança. Senti meu coração acelerar diante de sua proximidade, minha respiração se tornando irregular. "Não foi bem assim que eu sonhava com você", admiti, minha voz vacilante. Ele sorriu de forma sedutora, seus olhos brilhando com intensidade. "Então como era o seu sonho?" perguntou ele, sua voz baixa e rouca. Me senti acanhada diante de sua pergunta, incapaz de formular uma resposta coerente. "Não vou te contar", murmurei, desviando o olhar. Ele se aproximou ainda mais, seu rosto a centímetros do meu. "Posso dar um palpite?" sugeriu ele. Antes que eu pudesse reagir, ele inclinou-se e seus lábios encontraram os meus em um beijo inesperado. Senti-me completamente surpresa, meu corpo reagindo de forma involuntária ao toque de seus lábios nos meus. Era tudo tão confuso, e do jeito que eu havia imaginado para aquele momento.
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