CAPITULO 23

1184 Words
SAMUELS POV O dia estava ensolarado enquanto eu dirigia em direção à escola de Lily e Emily. Emily estava ao meu lado, animada, enquanto Lily estava no banco de trás. Estacionei o carro em frente à escola e olhei para Emily, esperando que ela saísse. "Obrigado pela carona, Samuel!" Emily disse, empolgada. "Você prefere que eu vá para a sua casa e depois a gente vai juntos para a festa, ou você passa na minha casa mais tarde?" Fiquei um pouco confuso com a pergunta, tentando entender do que ela estava falando. "Para quê?" perguntei, olhando para Emily. Emily me olhou com uma expressão surpresa. "Para a festa da Ashley, claro", explicou ela. "Eu pensei que a gente fosse juntos." Lily, do banco de trás, interveio. "É melhor você ir para a casa da gente, Emily", sugeriu ela. "Assim a gente vai todos juntos para a festa." Eu olhei para as duas, um pouco nervoso. "Na verdade..." comecei, tentando encontrar as palavras certas. "Acho que é melhor você ir para a casa da Emily, Lily. Eu... tenho...Eu vou encontrar vocês lá na festa mais tarde, com os caras da banda." Emily assentiu, entendendo. "Claro, faz sentido", concordou ela. "Até depois então, Samuel." "É isso aí", concordei, sorrindo para ela. "Até mais, Emily." Lily me encarou através do espelho retrovisor e mencionou o horário da festa. "Nos vemos lá às 19 horas então", ela disse, séria. Eu sabia que precisava contar a Lily sobre a reunião com Verônica, mas a ideia de estragar o clima me segurou. "Até lá", respondi, evasivo. Assim que Lily saiu do carro e se juntou a Emily, eu me vi sozinho, pensando em como conciliar meus compromissos naquela noite. Eu respirei fundo, tentando afastar a ansiedade que começava a tomar conta de mim. Com isso em mente, dei partida no carro e me afastei da escola, focado no que estava por vir. *** Saí de casa com minha guitarra firmemente protegida no estojo, vestindo um terno que já estava um pouco amarrotado, combinado com uma gravata solta e uma calça jeans. Era um visual que misturava elegância com um toque de rebeldia, uma representação fiel do que eu era como músico. Caminhei em direção ao carro onde meus amigos da banda, John, Peter e Mike, já estavam me esperando. Todos nós estávamos no mesmo estilo casual que o meu. John, que estava no banco do motorista, abriu o vidro e lançou um olhar debochado na minha direção. "Ei, apresse-se, Sam! Se continuarmos nesse ritmo, só chegaremos à reunião com a Verônica no próximo ano!" Ri com a provocação de John e me aproximei do carro. "Relaxa, pessoal", respondi, dando um tapinha no capô do carro. "Conheço a Verônica e sei que ela não é muito pontual." Peter concordou, fazendo uma pequena prece em tom de brincadeira. "Que Deus ouça você, Samuel." Entrei no carro com um sorriso, pronto para o que a noite tinha reservado para nós. "Vamos lá, John", incentivei, batendo no ombro do amigo. "Pé na tábua!" John respondeu com um aceno de cabeça determinado e deu partida no carro, acelerando pela rua iluminada pelas luzes da cidade. O vento balançava meus cabelos soltos enquanto nos aproximávamos do destino. A sensação de aventura e expectativa crescia em mim, misturada com um leve nervosismo sobre como seria a reunião com Verônica. Mas, no fundo, eu sabia que estaríamos muito bem preparados, afinal, éramos The Wild Ones. Enquanto dirigíamos pelas ruas movimentadas, conversávamos animadamente sobre a noite que nos aguardava. A energia contagiante do momento preenchia o carro, alimentando nossa determinação e confiança. Chegamos ao prédio onde seria a reunião e estacionamos o carro. Saímos, prontos para enfrentar o que quer que Verônica tivesse a dizer. Juntos, éramos imparáveis, e nada nos deteria em nossa busca pelo sucesso. Adentrei o prédio com os amigos ao meu lado, ansioso pelo que a reunião reservava para nós. *** Estávamos todos reunidos no elevador do edifício onde ficava o escritório de Verônica Jones e o silêncio tenso pairava entre nós, cada um nervoso com o que poderia surgir daquela entrevista crucial para o nosso futuro. Percebendo a tensão no ar, decidi que era hora de tentar acalmar os ânimos. "Relaxem, rapazes", comecei, tentando injetar um pouco de otimismo na situação. "No pior dos casos, vamos acabar a noite em uma festa cheia de gatinhas animadas." John me olhou com ceticismo. "Uma festa cheia de adolescentes", corrigiu ele. "Adolescentes com gritos estridentes", acrescentou Peter, concordando com John. "Nem me lembre que ainda teremos que passar por isso, tudo por causa do Samuel", resmungou Mike, revirando os olhos. "Mas vai valer a pena", insisti, tentando manter o ânimo do grupo. "Vamos lá, pessoal." As portas do elevador se abriram no andar onde ficava o escritório de Verônica Jones, e eu me adiantei para falar com a recepcionista. "Boa tarde", cumprimentei. "Meu nome é Samuel Brown e tenho uma reunião marcada com a Verônica." A recepcionista me encarou por um momento, verificando algo em seu sistema, antes de responder. "Por favor, aguardem um momento. Verônica Jones está em uma reunião no momento." Olhei para meus amigos com um sorriso irônico. "Eu disse que isso iria acontecer", comentei, enquanto nos acomodávamos para esperar. John dirigiu-se à recepcionista. "Vamos esperar", avisou ele, com determinação. *** Estávamos na recepção do escritório de Verônica Jones, e eu não conseguia deixar de olhar para o meu relógio de pulso a cada poucos segundos. Já passava das 19 horas, e eu sabia que Lily provavelmente já havia saído da casa de Emily, animada para a festa da Ashley Cooper. John, como sempre, tentava me tranquilizar. "Relaxa, cara", ele disse, com um sorriso tranquilizador. "Ainda nem são 20 horas. Se tudo der certo, estaremos na festa até as 21 horas, ou até antes, ouvindo os gritos das adolescentes enlouquecidas." Revirei os olhos para a observação de John, impaciente com a espera. "Eu sei, mas ainda assim, muita coisa pode acontecer com a Lily nesse tempo todo", murmurei, preocupado com a possibilidade de algo dar errado enquanto estávamos presos ali. John franziu o cenho, claramente sem entender minha preocupação. "Como assim, o que poderia acontecer?", ele perguntou, mas antes que eu pudesse elaborar uma resposta, fomos interrompidos por uma voz feminina. "Olá, Samuel Brown", disse a voz, suave e confiante. "Que bom que veio." Levantei o olhar para ver quem estava falando, e me deparei com Verônica Jones parada à nossa frente, com um sorriso acolhedor nos lábios. Ela era uma figura imponente, com seu cabelo crespo e volumoso que emoldurava seu rosto. e seus olhos castanhos escuros penetrantes. "Olá, Verônica", respondi, tentando esconder minha surpresa com sua aparição repentina. "Obrigado por nos receber." Verônica assentiu, gestando para que a seguíssemos pelo corredor até seu escritório. "Vamos, vamos conversar", disse ela, liderando o caminho enquanto nós a seguimos, ansiosos para descobrir o que ela tinha a nos dizer. Porém, minha mente estava dividida entre a expectativa da reunião e a preocupação com Lily. Eu só esperava que tudo corresse bem na festa e que eu conseguisse sair logo dali para estar ao lado dela.
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