CAPITULO 39

1079 Words
SAMUEL' POV Subi as escadas, cada degrau parecendo um desafio diante da urgência de encontrar Lily. Minha mente estava acelerada, tentando processar todas as possibilidades e temores que surgiam com a informação que Emily havia compartilhado. Ao chegar ao topo, avistei Aidan parado em frente a uma das portas, uma expressão satisfeita em seu rosto. Meu coração começou a bater mais rápido quando notei que ele segurava a maçaneta da porta de um dos quartos. Engoli em seco e me aproximei dele com passos firmes. "Aidan," chamei, minha voz soando mais dura do que eu pretendia. Ele virou-se para mim, um sorriso cínico surgindo em seus lábios. "Samuel, o que faz aqui?" perguntou, sua voz carregada de malícia. Engoli em seco, tentando manter a compostura diante da situação. "Onde está Lily?" questionei, minha voz soando firme. Aidan ergueu uma sobrancelha, como se estivesse se divertindo com a minha inquietação. "Lily? Por que quer saber dela?" provocou, seu sorriso se alargando. Respirei fundo, tentando conter a raiva que ameaçava explodir dentro de mim. "Aidan, responda à pergunta," insisti, minha paciência se esgotando rapidamente. Ele deu de ombros, como se fosse algo trivial. "Lily está ocupada no momento," respondeu vagamente, sua expressão sugerindo que ele sabia mais do que estava dizendo. Meus punhos se cerraram involuntariamente ao meu lado, a frustração e a preocupação se misturando em um turbilhão de emoções. "O que você fez com ela?" exigi, minha voz ecoando com uma intensidade que me surpreendeu. Aidan apenas riu, como se estivesse se divertindo com a minha agonia. "Relaxe, Brown. Lily está bem," disse, sua voz carregada de deboche. Sem hesitar, empurrei Aidan para o lado e abri a porta do quarto, meu coração martelando no peito. Então avistei uma figura deitada na cama, coberta por lençóis. Meu coração deu um salto quando me aproximei, e ao puxar os lençóis, deparei-me com Lily, ainda adormecida. Seu vestido vermelho estava jogado ao lado dela, e sua respiração tranquila contrastava com a turbulência de pensamentos em minha mente. Sacudi delicadamente seu ombro, tentando acordá-la sem assustá-la. "Lily, acorde," chamei, minha voz soando mais áspera do que pretendia, embora a urgência de nossa situação justificasse minha pressa. Lily murmurou algo ininteligível, mas seus olhos se abriram lentamente, piscando para se ajustar à luz do quarto. Ela me encarou por um momento, confusa, antes de a realidade da situação parecer atingi-la. "Samuel?" ela murmurou, sua voz embargada pelo sono e pelo desânimo. Assenti, tentando transmitir tranquilidade apesar da agitação que eu sentia por dentro. "Precisamos ir, Lily. Emily está lá embaixo esperando por nós," expliquei, ajudando-a a se sentar na cama. Ela franziu a testa, ainda meio sonolenta. "O que está acontecendo?" perguntou, sua voz soando mais firme agora que a névoa do sono começava a se dissipar. "Não temos tempo para explicar agora. Precisamos ir," insisti, tentando encorajá-la a se mover. Com cuidado, comecei a vestir o vestido sobre ela, garantindo que estivesse coberta e protegida. Cada movimento era feito com delicadeza, consciente do peso de minhas ações e das consequências de nossas escolhas naquela noite. Quando terminei, olhei para Lily, seus cabelos dourados espalhados sobre o travesseiro, e uma sensação de gratidão encheu meu peito. Ela parecia tão vulnerável e inocente ali, e eu me prometi protegê-la, custasse o que custasse. Com cuidado, ergui Lily em meus braços, sentindo o peso de seu corpo contra o meu enquanto a carregava para fora do quarto. Cada passo era deliberado, cada movimento calculado para garantir sua segurança e conforto. Ao sair do quarto e descer as escadas, fui recebido pelo olhar surpreso de Emily, que parecia não esperar nos encontrar ali. Não disse uma palavra, mas seu olhar questionador encontrou o meu, e eu sabia que teria que explicar tudo mais tarde. Lily permaneceu adormecida em meus braços enquanto atravessávamos a casa, o som distante da música da festa ecoando ao nosso redor. Apesar de tudo, senti uma sensação de paz me envolvendo enquanto a segurava, uma certeza silenciosa de que faria o que fosse necessário para mantê-la segura. Finalmente, chegamos à porta da frente, onde a noite nos aguardava além. Com cuidado, coloquei Lily no banco do passageiro do carro do John, garantindo que ela estivesse confortável antes de fechar a porta. "Emily, por favor, avise ao John que eu peguei o carro. Vou levá-la para casa," pedi, sentindo-me grato por sua presença e apoio em meio ao caos da noite. Emily assentiu, sua expressão determinada. "Claro, vou avisar a ele. E por favor, me avise quando chegarem em casa," respondeu, transmitindo sua preocupação genuína. Olhei para Lily uma última vez antes de entrar no carro, prometendo a mim mesmo que faria tudo o que estivesse ao meu alcance para protegê-la. Com o coração pesado, dei partida no carro e nos afastei da festa, deixando para trás uma noite cheia de segredos e incertezas. *** Dirigir de volta para casa com Lily adormecida ao meu lado foi uma experiência estranha. Enquanto o motor ronronava suavemente e as luzes da cidade passavam pelas janelas, meu coração estava pesado com preocupação e incerteza. Lily estava ali, vulnerável e indefesa, e eu me sentia responsável por mantê-la segura até que chegássemos em casa. Olhei para ela de relance, sua respiração suave e regular indicando que ela estava profundamente adormecida. Um vislumbre de tristeza passou por mim enquanto eu pensava em como as coisas haviam se complicado tão rapidamente. Mas agora não era hora de lamentações; eu tinha que me concentrar em chegar em casa e cuidar de Lily. Quando finalmente chegamos, desliguei o carro e me virei para Lily, delicadamente sacudindo seu ombro para acordá-la. Ela piscou, lentamente voltando à consciência, e olhou ao redor com confusão momentânea. Expliquei que estávamos em casa e que era hora de sair do carro. Com um bocejo cansado, Lily se ergueu, apoiando-se em mim enquanto saíamos do carro e nos dirigíamos para a casa. Carregar Lily para dentro foi uma tarefa delicada. Seu corpo ainda parecia frágil e vulnerável, e eu me esforcei para mantê-la confortável enquanto subíamos as escadas em direção ao quarto dela. Cada passo era feito com cuidado, consciente de nossa responsabilidade de cuidar dela da melhor maneira possível. Quando finalmente a coloquei na cama, um suspiro de alívio escapou de meus lábios. Ela parecia tranquila e serena, sua respiração suave e regular indicando que ela estava em um sono profundo. Olhei para ela por um momento, sentindo uma onda de gratidão por tê-la em segurança.
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