CAPITULO 43

1337 Words
SAMUEL’S POV A atmosfera na sala de estar estava tensa, carregada com o peso das decisões pendentes. Eu olhei ao redor, vendo o rosto preocupado dos meus amigos da banda, John, Peter e Mike, e a expressão determinada de Verônica Jones, a A&R cuja presença ali estava ligada ao destino da nossa música. Todos nós estávamos em silêncio, absorvendo as palavras de Verônica sobre a condição de tirar Mike da banda para assinar o contrato com a nova gravadora. Eu senti uma mistura de frustração e indignação crescendo dentro de mim. Mudar o estilo musical era uma coisa, mas pedir para remover um m****o vital da banda era completamente diferente. "Não podemos fazer isso," declarei, minha voz firme e resoluta. "Mike é parte fundamental da nossa banda." John assentiu, apoiando minha posição. "Concordo com o Samuel," ele acrescentou. "Mike não pode ser substituído." Peter também expressou sua discordância. "Não podemos simplesmente descartar Mike assim," ele disse, sua voz refletindo determinação. "Ele é um dos nossos." Mike olhou para nós, um sorriso forçado nos lábios. "Não se preocupem comigo," ele disse, tentando dissipar a tensão. "Estou bem com isso." Mas eu sabia que não estava tudo bem. Mike era mais do que apenas um m****o da banda; ele era um amigo, um parceiro de música. Sem ele, a essência da nossa banda se perderia. "Não, não está tudo bem," eu respondi, minha voz mais dura do que pretendia. "Mike, sem você, a banda não seria a mesma. Não podemos simplesmente deixar você de lado." John olhou para Verônica, buscando alternativas. “Há outra maneira de assinar o contrato sem tirar Mike da banda?” ele perguntou, esperança brilhando em seus olhos. Olhei para Verônica, esperando encontrar um fio de esperança em sua expressão, mas tudo que vi foi obstinação. Ela estava determinada a seguir adiante com sua proposta, custe o que custasse. Verônica olhou para nós, sua expressão séria. “Compreendo a posição de vocês,” ela começou, mas sua voz era firme. “Mas Mike simplesmente não se encaixa no novo estilo musical. Ele poderia contribuir de outras maneiras, mas não como um dos integrantes principais.” Eu a encarei, minha determinação inabalável. “O que você quer dizer com ‘não se encaixa’?” perguntei, minha voz firme. Verônica olhou para Mike, seus olhos sérios. “Ele não é bom o suficiente,” ela afirmou, e pude sentir a tensão se espalhando pela sala. Mike olhou para baixo, aceitando as palavras de Verônica. “Ela está certa,” ele admitiu, mas seu tom era resignado. "Não é uma questão de 'não ser bom o suficiente'," eu disse, minha frustração se manifestando em minhas palavras. "Mike é parte integrante da nossa identidade musical. Ele só precisa de mais prática, mais tempo para se adaptar ao novo estilo." Verônica balançou a cabeça, sua expressão endurecida. "Não podemos nos dar ao luxo de esperar," ela retrucou, sua voz cortante. "A gravadora não vai esperar indefinidamente por vocês." Eu encarei Verônica, sentindo a tensão entre nós aumentar. Ela não entendia o que estávamos passando, o vínculo entre nós como uma banda, como amigos. Para ela, éramos apenas mais uma oportunidade de negócio. "Não vamos assinar nada sem Mike," eu disse, minha voz firme e inabalável. "Nossa resposta é não." Verônica lançou um olhar irritado em minha direção, sua frustração evidente. "Você não entende o que estou tentando fazer por vocês," ela disse, sua voz contendo uma mistura de raiva e decepção. "Parece que vocês não querem crescer, só querem continuar como garotos mimados." Eu mantive meu olhar fixo no dela, firme em minha decisão. "Não é uma questão de querer crescer," eu respondi, minha voz tranquila, mas determinada. "É uma questão de manter nossa integridade como banda." Verônica suspirou, claramente insatisfeita com nossa resposta. "Tudo bem," ela disse, resignada. "Vou deixar vocês pensarem sobre isso. Mas saibam que têm até segunda-feira para dar uma resposta definitiva." "Não precisamos pensar muito sobre isso," afirmei, olhando diretamente nos olhos de Verônica. "A resposta é não." Houve um momento de silêncio tenso enquanto Verônica absorvia minha resposta. Eu podia ver a frustração e a irritação em seu rosto, mas eu não podia deixar de defender o que acreditava ser certo para a banda. "Vocês parecem não entender a oportunidade que estão perdendo," ela finalmente disse, sua voz carregada de desapontamento. "Mas a decisão é de vocês. Se mudarem de ideia, ainda há tempo." Eu balancei a cabeça, firme em minha decisão. Não importava o que ela oferecesse; a integridade da banda vinha em primeiro lugar. E se isso significasse perder uma grande oportunidade, então que assim fosse. Nós encontraríamos nosso caminho, juntos, como sempre fizemos. *** Na sala de estar, o silêncio era palpável após a saída de Verônica Jones. Observamos sua figura desaparecer pelo corredor, levando consigo as possibilidades de um futuro incerto. John, com os lábios mordidos pela tensão, quebrou o silêncio. “Acabamos de deixar a maior A&R de Chicago sair pela porta?”, ele perguntou, sua voz carregada de incredulidade. Peter, pensativo, confirmou. “Sim, foi exatamente isso que aconteceu,” ele respondeu, sua expressão refletindo a gravidade da situação. O olhar de John se voltou para mim, buscando respostas. “Você realmente disse não para Verônica Jones?”, ele perguntou, a surpresa evidente em sua voz. Minha resposta foi simples e direta. “Sim,” eu confirmei, minha voz ressoando com determinação. Mike, ainda atordoado com a decisão, interrompeu com sua própria percepção. “Recusamos assinar com Verônica Jones por mim,” ele murmurou, a magnitude do que acabamos de fazer finalmente se registrando em sua mente. John balançou a cabeça, um sorriso irônico aparecendo em seus lábios. “Parece que vamos continuar tocando em festas de adolescentes loucas pelo resto da vida,” ele comentou. Mas então, algo incrível aconteceu – todos começamos a rir. Era um riso nervoso, mas sincero, como se de repente a tensão tivesse se dissipado e nos déssemos conta do quão ridícula era a situação. Com um sorriso ainda no rosto, John nos encarou e perguntou: “Qual é o nosso problema?” Eu o encarei, minha resposta imediata. “Nosso problema é que somos leais demais, honestos e humildes,” eu disse, minha voz carregada de convicção. John respirou fundo, considerando minhas palavras. “Nenhuma dessas qualidades paga as contas,” ele respondeu, sua voz refletindo a realidade crua da situação. Eu o assegurei. “Eu vou dar um jeito nisso,” eu disse, determinado. “Vou falar com minha mãe para ver se ela tem algum contato na indústria musical.” Peter se juntou à conversa. “Quando ela volta da lua de mel?” ele perguntou, ansioso. “Final de semana, se tudo der certo,” eu respondi, otimista. “Tomara que a lua de mel esteja sendo excelente para Samantha Valdez. Conhecendo sua mãe, ela é difícil de lidar.” Mike acrescentou sua opinião sobre minha mãe. Peter, com um sorriso malicioso, brincou. “Tomara que Doug esteja dando um trato nela e ela volte alegrinha, alegrinha.” Eu joguei uma almofada nele, repreendendo sua falta de respeito. “Mais respeito, estamos falando da minha mãe,” eu repreendi, defendendo-a. John, brincalhão como sempre, fez uma imitação da minha mãe de pernas abertas no sofá. “Vai Doug, isso Doug, mais fundo,” ele zombou, provocando risadas. Eu não consegui evitar uma risada, sacudindo a cabeça diante das brincadeiras deles. “Vocês são uns babacas,” eu brinquei, antes de acrescentar. “Mas minha mãe não está fazendo nada demais com Doug nessa viagem.” "Assim como você não está fazendo nada demais com a filha de Doug," John provocou, e eu não pude deixar rir. A conversa continuou nesse tom, entre risadas e provocações, mas no fundo, todos sabíamos que tínhamos feito a escolha certa. Nossa amizade e nossa música eram mais importantes do que qualquer contrato. E, de alguma forma, eu sabia que encontraríamos nosso caminho, mesmo que fosse tocando em festas de adolescentes.
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