GEORGE COLLINS
“Meus caros apreciadores de chá, depois de muitos pedidos, eu vim falar sobre aquela maravilhosa coletiva de imprensa que o príncipe de Gallagher e o nosso lindo diamante tiveram no dia anterior, e pelos céus! Como foi divino!
Eu achava que já havia sido um ótimo aperitivo, apenas o fato da nossa senhorita LeBlanc parecer ter defeitos e recaídas como todos nós – meros mortais – mas pelo visto, ela sempre pode nos surpreender ainda mais, não é mesmo? Ainda mais, depois de todos aqueles belos slides que o nosso príncipe nos mostrou, mostrando que George Collins não era nada mais, nada menos, que um pobre homem que ainda não superou a obsessão por sua amada – o que essa autora acha, que é caso de terapia.
E pasme! Eles ainda anunciaram um relacionamento entre eles! Não que isso deveria ser uma grande novidade, mas creio que com os acontecimentos desta semana, isso pode ser considerado uma grande reviravolta. Porém, essa autora lhes deixa um questionamentos: o relacionamento desses dois… é realmente real? Ou foi apenas criado pelas circunstâncias em que se encontravam?
Yours truly, hot tea.”
— QUE p***a FOI ESSA? — Não evitei de gritar quando li aquela m***a, me fazendo levantar com um sobressalto da cama, — COMO ELA PODE?
— O que aconteceu…? — Vanessa que ainda estava com os cabelos bagunçados, e apenas a sua coberta cobrindo o seu corpo, pareceu ter acordado de sua soneca da beleza, — você tá ficando doido?
— Olha isso! Esse filho da p**a do Alexis, ele…! — Os meus dedos foram parar nos meus fios assim que entreguei o meu celular para Vanessa, que leu cada linha de forma cuidadosa, — consegue entender pelo menos um pouco? Agora ele roubou ela de mim até pra mídia! Esse filho da p**a desgraçado!
Ela suspirou.
— Você ainda estava planejando voltar com ela? — Vanessa me perguntou ao entregar o meu celular de volta, os seus cabelos sendo jogados para trás.
— Óbvio! Eu nunca pensei em desistir dela! Mas esse desgraçado agora fez questão de entrar no meu caminho!
Vanessa se levantou da cama, mostrando o seu corpo por completo enquanto ela coçava a própria cabeça.
— Você é um i****a. — Foi tudo o que ela soltou junto de um suspiro, — achei que tinha desistido disso.
— Você sabe que eu amo a Claire, eu nunca desistiria dela. — Falei com sinceridade, o que apenas fez Vanessa revirar os olhos, e ir até a entrada do banheiro.
— Eu espero que esteja fora da minha casa, antes que eu saia do banho. — Um tom sério saiu pelos seus lábios, um que honestamente? Eu nunca tinha visto ela ter em nenhum momento de sua vida.
— Qual é, Vanessa? Não me diga que ficou magoada com isso, ainda mais agora… — falei desacreditado, porque ela literalmente ficou por tempos sendo minha amante enquanto eu estava em um relacionamento com a Claire, e agora que eu estava solteiro tentando concertar o meu relacionamento… ela me tratava daquele jeito?
Não fazia o menor sentido.
— Saia daqui, antes que eu termine o meu banho. — Ela apenas repetiu ao entrar em seu banheiro, o que me fez bufar ao me levantar, e pegar as minhas roupas do chão.
Como ela podia me tratar daquele jeito agora? Como se eu fosse simplesmente uma p**a barata de semáforo?
Bom, isso não importava, porque mulheres como Vanessa eram simples demais. Você apenas precisava mandar algo que elas gostassem com flores, e voilà! Elas esqueciam o que você tinha feito, e ainda te tratavam como o melhor homem da face da terra, um que nunca tinha errado, e nunca teve defeitos.
Mas eu não podia focar nisso agora, se Vanessa me queria fora da casa dela – por mais que eu nem mesmo tivesse entendido direito o porquê dela estar me mandando para fora –, eu iria para fora, e esperaria um tempo antes de mandar mensagem e algo que ela gostava, porque no fim… era bom f***r com Vanessa, e enquanto eu não recuperasse Claire… ela era um ótimo passatempo.
Mas esse não era a parte importante, mas sim… como aquele filho da p**a pode? Como ele simplesmente conseguiu me expor daquela maneira? Conseguiu ainda assumir a p***a de um relacionamento junto com ela!
Isso só podia ser piada, só podia ser brincadeira.
Fiquei pensando depois de entrar no meu carro, e no caminho dirigindo para casa então? p***a… aquilo me assombrou! Eu não aguentava mais ficar pensando naquilo, e ver que eu não tinha muitas coisas das quais eu podia fazer… era pior ainda.
— Cheguei. — Anunciei assim que cheguei em casa, mesmo não esperando que ninguém respondesse, já que os meus pais raramente paravam em casa.
— George Ryan Collins… — escutei a voz do meu pai me chamar pelo nome completo, e aquilo? Me fez gelar, — eu posso saber que show de horrores foi aquele nos slides do filho dos Gallagher?
Respirei fundo.
Claro que ele queria saber o que estava acontecendo, afinal, as únicas formas que eu conseguia fazer com que o meu pai dirigisse a sua palavra a mim, eram ou se eu tivesse feito algo muito bom, ou claro… muito r**m.
E nesse caso, eu acho que nem precisava dizer qual dos dois era.
— Pai, agora não, por favor… — pedi, porque eu estava cansado daquilo, minha cabeça praticamente estourando, — isso já acabou com o meu dia.
— E você acha que existe apenas um “você” dentro desta casa? — Ele soltou, claramente descontente, — você é um Collins, e olhe o que você está fazendo com o seu nome! O nosso nome!
Bufei.
— Não era pra isso ter acontecido, eu só queria conseguir conversar com a Claire, para ela ver como ela estava errada em acabar o noivado comigo!
— Bom, você claramente deu mais motivos para ela ver que não estava errada. — Ele falou junto de um suspiro, — sabe como eu fiquei feliz quando você me disse que estava noivo de uma LeBlanc? Sabe os planos que eu já tinha começado a ter? — Ele começou com aquela porcaria de discurso, um que eu não queria escutar do quanto eu acabava com o nome da nossa familia, e nitidamente levaria o nome para a p***a da lama.
Contudo, esse i****a que eu chamava de pai, estava completamente enganado, porque eu conseguiria dar um jeito na minha situação, e eu com toda certeza, veria um jeito – qualquer um – de arrastar Alexis Gallagher para o fundo do poço do qual ele parecia querer me enfiar.