CLAIRE
— Você o que?? — Ethan soltou, o que fez várias pessoas a nossa volta, olhar em direção a nossa mesa, — eu não tô acreditando nisso, eu saio por um tempo dá sua vida e você se mete em um noivado com o m***a do Collins, e depois dorme com um loiro qualquer?
— Eu fui corna, tá bom? O que você esperava que eu fizesse? — Eu bufei ao dizer, os meus olhos se revirando enquanto eu pegava o meu frapuccino, — ele era loiro, bonito e… tinha aqueles olhos dourados que… céus…
— Okay, okay, eu já entendi, não precisa ir muito fundo na sua descrição de rotina, — ele falou com certo mau humor, a sua mão indo até o próprio rosto, — da última vez que você começou com essa, eu descobri até o tamanho do p*u do ser humano.
Eu dei um sorriso travesso, e Ethan já parecia saber o que o esperava.
— Claire, eu te amo, mas… tem coisas que eu não preciso saber, se eu não vou pegar, não me importa. — Ele foi completamente honesto, e eu apenas suspirei.
— É difícil quando você não tem o mesmo gosto que o meu, — cruzei os meus braços sobre o peito, o meu rosto ficando emburrado na hora.
— É porque o meu gosto é bom. — Ele falou antes de colocar aquele croissant recheado em sua boca, — porque honestamente, o Collins? De tantas opções e garotinhos ricos, logo o Collins?
— Ele era fofo, está bem? Ele começou a me trazer flores e chocolates assim que pareceu começar a gostar de mim… — o meu olhar foi até o chão naquele momento, um misto de vergonha e tristeza tomando conta do meu ser, — parecia até um… príncipe.
— Claire, acorda! — Ethan logo soltou, sem misericórdia ou doçura alguma em suas palavras dolorosas, — príncipe encantado todo mundo é, é o jeito mais fácil de conseguir comer alguém.
Respirei fundo naquele momento, porque ao mesmo tempo que eu sabia que ele não estava errado, uma parte minha também não queria admitir que George… apenas tinha feito tudo aquilo, por conta de algo tão superficial e e******o.
— Ele não deve ter feito tudo aquilo só por isso, ninguém teria tanto trabalho só pra me fuder.
Ethan revirou os olhos, e ele bufou com tanta raiva, que eu tinha certeza de que ele estava tentando não dar na minha cara.
— Querida… — ele pegou em uma das minhas mãos, como se tentasse organizar em sua cabeça como falar aquilo do jeito mais didático possível, — você é a p***a da Claire Cecile Leblanc! Toma vergonha na sua cara! — Ele claramente não havia conseguido se segurar naquele momento, o que fez seus dedos se entrelaçarem aos seus fios platinados e com raiz por fazer, para os jogar para trás, — é claro que ele fez isso pra te fuder! Sabe o quanto um i****a como o Collins ganharia com isso?
Meus olhos se arregalaram.
E por mais que aquilo não entrasse na minha cabeça, eu entendia o que Ethan estava querendo dizer, porque como ele mesmo já me disse várias vezes… quanto maior o padrão de uma mulher era, maior era a conquista, e maior era a moral para o tal filho da p**a, se gabar por aí; e isso? Me fez sentir como se eu fosse uma completa i*****l.
ALEXIS
Quando voltei para a minha casa, eu não consegui me manter parado por conta da minha indignação e inquietação com o que tinha acontecido hoje de manhã, o que fez o meu corpo ficar andando de um lado para o outro.
Eu até fui tomar um banho pra ver se aquilo passava de vez, mas eu continuava daquela forma, e me mover dentro da minha própria casa? Não estava ajudando em nada. E quando notei, eu já estava trocado, com perfume, e saindo de casa depois de pedir para o meu motorista, me levar até algum restaurante para eu ter a minha primeira refeição — até porque, a hora do café da manhã, já havia passado a tempos.
“Ela nem mesmo me deixou levar ela para tomar um café da manhã.” Eu pensei com certa raiva, porque eu tinha planejado toda uma manhã com aquela desgraçada — porque eu sabia que ela estava desolada pelo término —, mas não! Ela tinha que me largar como se eu fosse uma meretriz qualquer!
Mas eu não iria deixar isso me abalar, certo? Não… eu só teria a d***a do meu almoço de uma vez, e tentaria dar um jeito de mostrar a aquele belo ser de cabelos negros e olhos cinzentos… o que ela perdeu.
— Galhanger? — Eu escutei uma voz me chamar assim que eu entrei pela porta do restaurante, e… isso era sério?
Eu comecei a me perguntar desde quando a sorte escolheu ficar ao meu lado, porque bem na minha frente, estava Lewis LeBlanc.
— Senhor LeBlanc. — Eu acabei respondendo junto de um arquear leve nos meus lábios, — que coincidência encontrar o senhor por aqui.
— Por favor, apenas me chame de Lewis, — ele disse ao se aproximar, estendendo a sua mão para um aperto de mão ocorrer, — eu queria ter tido essa conversa com você noite passada, mas eu não o achei em lugar nenhum.
— Oh, é mesmo? — Acabei respondendo, com isso apertando a sua mão, — mas… o que queria falar comigo?
— Ah, sim. Mas primeiro, por que não se senta comigo?
— Seria uma honra. — Respondi, o que fez com que ele me guiasse até a sua mesa, e respirasse fundo.
Ele me explicou que queria uma parceria junto à minha empresa, e ainda admitiu que ficou me procurando durante quase o evento inteiro — tanto que ele até mesmo chegou a achar que eu não havia ido até o mesmo, e isso rendeu um assunto atrás do outro, por assim dizer.
— Você é um jovem interessante, Gallagher. — Ele falou entre risos, e quando a conta chegou, ele já havia entregado o próprio cartão, antes de mim, — por que não vamos até a minha casa para discutirmos melhor sobre as negociações?
— Não seria incômodo? — acabei perguntando, porque por mais que eu quisesse ver como a cara de Claire Leblanc ficaria quando eu entrasse em sua casa novamente, eu também não jogaria os meus modos no lixo por conta disso.
— Não, muito pelo contrário. — Ele soltou com um sorriso, um que chegava até os olhos, — e eu tenho certeza que a única pessoa que provavelmente deve estar em casa agora, é a minha filha Claire.
— Entendo. — Segurei para não sorrir naquele momento, — sendo assim… acho que não faria m*l algum continuar a nossa conversa por lá.