cap 01 bora começar
Emily Valdez . . .
- Eu vou ficar bem mãe, juro... - ela
suspira e assente ainda com os olhos
inchados do choro.
- Ah, minha fillha... Minha Linda e
pequenina filhinha. - reviro os olhos.
- Tem certeza que ficará bem? Mesmo
morando naquele... - minha mãe lhe
reprova com o olhar. -... Lugar.
- Hugo! Meu amor, vá e fique o quanto
quiser. Só não se esqueça de nós. E
nos ligue, sempre, sempre que puder.
- assinto e beijo a bochecha de minha
mãe logo seguindo a de meu pai que
fica meio carrancudo mas não deixa
de dar um sorriso e me desejar boa
"viagem".
(...)
Olho pela janela do táxi pensando
como minha vida será daqui para
frente. Aliás irei para wma favela em
que meu pai não concordou nada
mas...Eu não quero ir para o México
assim de uma hora para a outra sem
nem ao menos começar a faculdade
direito. Estou agora completando 20
anos, decidi cursar Medicina.
Estou indo morar com meu irmão mais
velho João Vitor (JV). Ele disse que
eu poderia ir sem hesitar, e que serei
sempre bem vinda. Minhas melhores
amigas moram lá desde que nasceram.
Samantha, Karen e Júlia.
Eu já morei na favela por uns três
anos. Foi bom passar esse tempo com
meu irmão. Ele e meu pai tiveram uma
enorme discussão quando o mesmo
completou 19 anos, e assim veio
morar na favela do Rio de Janeiro com
seus coleguinhas Gustavo (GT), Alex
(Terror), Rogério (RG) e Júlio (J2). São
OS garotos mais engraçados que eu já
conheci na minha vida.
- Aqui estamos senhora - o motorista
diz meio que encolhido. - Não posso
entrar senhora p-perdão m-mas não
p-posso0. - arregala os olhos trêmulo.
- Ok, mas mesmo assim obrigada. - dou
um sorriso amigável.
- De nada.
O pago e saio. Logo meu celular toca
batendo no ritmo de Jeniffer Lopes
Ligação . . .
- Alô - pego minhas bolsa e aceno para
o taxista.
:- Amor da minha vida! - meu irmão
exclama quase gritando o que me faz
gargalhar, pois também ouço algo
quebrar e alguém gritar "j0ÃO VITOR
O QUE VOCÉ ARRUMOU COM MEU
VASO PREDILETO?"
- João...como você está? - sorrio já
começando a subir o enorme e antigo
morr0.
:- Bem, e você feiosa? - pergunta e meu
sorriso diminui.
-Bem... -Digo.
Quando eu chegar at, conversamos
okay? - tento não transparecer a
tristeza em minha voz.
:- Está tudo bem meu Anjo? - pergunta
preocupado.
- Está sim, eu só..quero Ihe dizer que eu
te amo. - enxugo algumas lágrimas que
insistem em descer de meus olhos.
:- Também te amo pequena. - pelo
celular percebo que está sorrindo.
- Hei moça? - ouço uma v0z grossa me
chamar.
- Sim. - olho para o lado.
-A senhora é...Emily Valdez. Irmã do
JV?- pergunta lendo em um papel.
- Sim, Sou eu mesma.
- Vim aqui levar você até a casa de meu
patrão. - responde meio nervoso.
Ok. - dou de ombros e entro no carro.
-
- Qual seu nome? - pergunto curiosa.
- Meu nome é Fábio mas meus amigos
mais chegados me chamam de FBI,
me zoando as vezes mas o patrão
não gosta desse nome por causa dos
vermes, então sou chamado de Fábio
mesm0, Ou...DJ. - sorrio parao mesmo
que parece ficar em transe por um
momento até eu praguejar.
Fábio sai cantando como pneu pelo
morro até a casa de meu irmão. Após
alguns cinco minutos chegamos lá.
Obrigada Fábio. - beijo sua bochecha.
- Sempre ao dispor patroa. - da uma
piscadela.
- Me chame de Emily. - saio do carro.
Assim que ele sai cantando com o pneu
eu olho para frente e vejo a casa de
meu irmão que está maior do que eu
imaginei que estaria.
Toco a campainha e logo me vejo
de frente para uma linda e fofinha
doninha que aparenta ter uns
cinquenta anos de idade.
- Senhorita Emy? - pergunta com um
um sorriso de um a trinta.
Logo me lembro da doninha Ninaaaa.
- NINA! - Ihe dou um abraço apertado
mas nem tanto no caso de quebrar a
pobre senhora.
- Irei chamar seu irmão nesse instante. Se sinta a vontade flor. -
sorrio indo para uma porta a direita.
Meu Deus isso está mais para uma
mansão do que para uma casa na
favela. Será que ninguém nunca
assalta ou já assaltou a casa dele?
É claro que não né sua i****a ele é o sub
do morro!
Meu subconsciente grita a meu favor e
rolo os olhos tentando espantalo.
- Girassol! - ouço a voz de meu irmão e
logo me levanto virando para ele.
- João!- sorrio e abro os braços indo
em sua direção.
Que saudades que eu estava de você.
- beija minha testa e começa a fazer
carinho em meus cabelos.
- Você não deveria ter saído de casa. -
sorrio.
- Mas vamos esquecer isso e vamos
comer, depois dormir, sim? - passa a
mão no rosto. - Esses problemas da
boca estão me deixando louco. - mordo
o lábio.
Como mneu irmão pôde vir pra cá?
Se bem que se não fosse ele eu não
teria conhecido as meninas e os
meninos né?
- Nina, fez o almoço? - meu irmão
pergunta já se sentando.
- Que horror JV nem para ajudar
a pobre Nina a por a mesa seu
preguiçoso.- pego os talheres e ponho
a mesa ajudando-a.
Ponho exatamente três pratos, três
copos, três garfos e facas.
- Para que três pratos querida? - nina
pergunta sorrindo.
- Para Você, ué- a mesma me olha um pouco triste e n**a com a
cabeça.
- Perdoe-me querida mas...vou jantar
com meu fillho hoje.
- Ok. - sorrio de volta e aceno.
Terminamos de comer em silêncio e
logo damos um jeito de lavar a louça e
subir.
- Boa noite Girassol. - me abraça
depositando um beijo no topo de
minha cabeça.
- Boa noite João. -Sorrio e beijo sua
bochecha ficando na ponta dos pés.
Entro em meu quarto que jV fez
questão de colocar do jeito que estava
na nossa casa só que muito maior.
Agradeço mentalmente por Nina já ter
arrumado minhas roupas no closet
Santa Nina..!
Tomo um banho coloco o primeiro
pijama que vejo me jogo na cama e agora só
amanhã.
Seje o que Deus quiser . . .