Mãos suadas

1069 Words
Acompanhei a Luana até a porta da sua casa, que ficou um pouco distante de onde o Ramon havia estacionado o carro. — Valeu por ter me acompanhado. — disse com um sorriso gentil. — Não foi nada. — sorri de volta. — Então, boa noite. — segurei a sua mão, e fiquei olhando para ela em silêncio. Eu me aproximei do seu rosto, Luana arregalou os olhos ao ver eu me aproximando, e quando eu estava com os lábios próximos a sua boca desviei e beijei a sua bochecha. Luana abriu a porta da sua casa e entrou. Voltei para o carro e seguimos. Alguns minutos depois o Ramon parou o carro em frente a minha casa. — Valeu pela carona. — falei saindo do carro. — É nós. — Você não vem, Giulia? — perguntei olhando para a minha irmã, e observei o Ramon dizer algo para ela, que não consegui ouvir. — Vou dormir na casa do, Ramon. — Giulia disse tranquila. Olhei para ela sem acreditar no que estava ouvindo, mas tranquilo, ela que sabe. Entrei em casa, às luzes estavam todas apagadas, acendi a lanterna do meu celular e fui para o meu quarto, deitei na minha cama, e apaguei. Horas antes... Luana narrando Após comer a torta deliciosa que a minha mãe querida havia feito, fui tomar um banho e me arrumar, já estava quase na hora da Giulia passar para me buscar. Deixei os meus cabelos soltos, vesti uma blusinha preta, coloquei um colar lindo que ganhei de presente do meu paizinho, vesti uma saia jeans com um cinto. Fui até a sala e fiquei sentada ao lado dos meus pais que estavam assistindo um filme. Não demorou muito para se ouvir uma buzina de carro lá fora, e os gritos do pessoal. — Eles chegaram. — falei me levantando. — Por que esses jovens são tão barulhentos. — minha mãe disse enquanto balançava a cabeça negativamente. — Eu não sou barulhenta, mamãe. — Ela me encarou erguendo uma das sobrancelhas. — Será mesmo, que não. — Lógico que não, mãe. — Para de perturbar a menina, Telma. Vem cá me dar um beijo, filha? — fui até o meu pai e lhe dei um beijo na bochecha. Meu pai acrescentou. — Juízo filha, e não beba bebida do copo de outras pessoas. — Pode deixar, paizinho. — E, eu? Não vou ganhar um beijo? — a minha mãe disse. — Claro que vai. Enquanto eu estava cobrindo a minha mãe de beijos a porta se abriu. — Boa noite tios! — Giulia entrou toda espalhafatosa abraçando os meus pais. E logo atrás dela estava o meu primo Gustavo, ele me olhou assim que entrou pela porta, me deu um sorriso lindo, depois foi cumprimentar os meus pais, a minha mãe queria bater papo com o meu primo, mas a prima Giulia os interrompeu e saiu puxando o Gustavo pelo braço. Lá fora a minha prima Giulia soltou o braço do primo Gustavo, e foi andando em direção ao seu namorado, Ramon. Gustavo parou e ficou me esperando, fui caminhando em sua direção, na minha frente vi o carro do Ramon parado na rua, ele o Rique e a prima Giulia estavam o lado do carro conversando. Me aproximei do Gustavo que parecia me esperar, e quando eu disse que não precisava ele falou umas coisa sem sentido, e a situação foi engraçada. Seguimos para o carro Minha prima como sempre fez as gracinhas dela, perguntou se eu e o primo estávamos nos paquerando, me deixando completamente sem graça, dei uma resposta bem convincente de que nada estava acontecendo, depois cumprimentei o Ramon e o Rique, que me olhava de cara fechada. Entramos no carro e seguimos para a balada. Todo o caminho foi tomado pelo silêncio, ninguém falava nada, ainda bem que o som do carro estava ligado, se não o silêncio seria absoluto. Ao chegarmos na balada, dançamos todos juntos no meio da multidão, notei que o primo Gustavo não parava de me olhar. O Rique se aproximou de mim, me segurou pela cintura e me levou para longe dos outros, depois ele sussurrou no meu ouvido. — Você tá um pedaço de pecado, vestida nessa roupa. — sorri para ele, que continuou dançando comigo. Rique me abraçou e ficou dando beijinhos o meu pescoço. — Aí, Rique. Você tá me causando cócegas. — falei com risinho. — Eu tou louco pra beijar essa sua boca, Luana. Vamo fechar? — disse encarando os meus lábios, enquanto lambia os seus. — Hoje, eu só ficar na minha. — Falei desviando o meu olhar do seu. — Eu fiz algo errado? — Perguntou segurando levemente o meu rosto. — Não é nada com você, fica tranquilo. — falei encarando ele. Rique me olhou chateado, mas respeitou a minha vontade. Rique e eu ficávamos as vezes, ele até que era um cara legal, beijava muito bem, tinha uma pegada boa, mas eu não tinha sentimentos por ele. Mesmo chateado Rique continuou dançando comigo, de onde estávamos eu observei uma mulher se aproximando do Gustavo, fiquei olhando os dois conversando, bem perto um do outro, até seguirem para o bar. Eles pediram uma bebida e ficaram conversando. Após alguns minutos vi o meu primo Gustavo sair correndo, reparei que na direção onde Gustavo estava indo, parecia estar tendo alguma briga, olhei para os lados e não vi a minha prima Giulia, e nem o Ramon, então Rique e eu fomos na mesma direção que o primo Gustavo havia ido. Vi a prima Giulia toda descabelada, e o Gustavo segurando ela. — O que aconteceu? — perguntei olhando para a minha prima, que chorava ao lado do primo Gustavo, que estava fuzilando o Ramon com os olhos. Pelo olhar que o meu primo lançava sobre o Ramon, logo deduzi que ele havia aprontado com a minha prima Giulia. A festa acabou ali. Saímos da balada, entramos no carro, todos em silêncio. Fui a primeira a descer, eu estava sentada na porta do lado direito do motorista, e logo ao meu lado estava o Gustavo e na outra porta o Rique, abri a porta do carro, o Rique abriu também, certamente para me acompanhar até em casa, mas como o primo Gustavo estava mais próximo de mim, ele foi mais rápido para sair. — Eu te acompanho. — ele disse enquanto fechava a porta do carro.
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