Area Restrida

7

Park Jimin

— Depois fala que não gosta dele — Estou a meia hora escutando meus amigos me encherem o saco só porquê eu beijei Jungkook — Mas Jimin conta aqui, o velho beija bem? — Jackson perguntou.

— Jackson! Eu que ia perguntar — Tae reclama e eu reviro os olhos lentamente.

— Não revire os olhos para nós! — Tae e Jack falam juntos e eu não evito sorrir.

Neste momento estou na faculdade em meu tempo de intervalo, hoje está sendo um dia estranho percebo todos da minha sala olharem para mim com uma expressão de nojo no rosto, tento fingir que não estou percebendo nada da situação, somente não quero viver tudo que passei novamente.

Me levanto quando vejo todos começarem a entrar, me despeço de meus amigos que foram para seus cursos e eu sigo para minha sala, estava andando pelo corredor quando sinto me empurrarem com força me fazendo bater contra parede.

— Parece que está andando de olhos fechado! Abra mais os olhos — Um rapaz fala e eu vejo os outros rirem, antes que eu diga algo a professora aparece e manda todos para dentro.

Me sento e quando olho para minha mesa vejo bem grande "desista do seu sonho, um asiático não conseguirá ir longe quando não está em seu país".

Fecho minha mão com força e pego uma borracha e começo a apagar tudo, ninguém vai me fazer desistir de algo que eu estou lutando tanto para começar a conquistar, depois que apago tento prestar atenção na aula.

Só tenho mais uma aula depois desta e poderei ir embora, estou ansioso para chegar já que Jeon falou que queria me mostrar uma coisa, tinha algo construindo no jardim e ele não me deixou ver nada.

— Professora por quê mesmo temos que estudar na mesma sala que um mero estrangeiro? — Escuto perguntarem e eu reviro os olhos lentamente, não acredito que isso está acontecendo, já não bastava eu ter sofrido este tipo de preconceito quando ainda era uma criança isso tudo tem que voltar agora.

— Não podemos fazer nada, temos que conviver diariamente com este tipo de gentinha — A professora diz e me olha.

Lembro destes olhares que transmitem ódio, repulsa e tantos outros sentimentos negativos tudo está voltando em minha mente como um tsunami de constrangimentos e humilhações que passei, olho em volta e percebo que as pessoas que se sentavam ao meu lado se afastaram deixando agora um espaço enorme.

Eu só quero me esconder de todos como eu fazia quando criança, assim que eu escutava os insultos eu aguentava calado e não chorava, mas quando chegava em casa me enfiava abaixo das cobertas e desabava, respiro fundo e continuo a apenas tentar entender a matéria.

[...]

— É tudo por hoje queridos, nos vemos após as férias de verão — Diz e todos começam a sair.

Recolho meu material e me levanto indo para porta, quando saio sou empurrado novamente o que me faz cair no chão com força.

— Para que isso? Não fiz nada — Digo começando a ficar irritado com essa situação.

— Sim você fez! Veio morar aqui, entenda Jimin este não é seu país não o queremos aqui — Diz e a cada palavra praticamente me empurrava mais, sinto apertarem meu braço com força suficiente para marcar.

Respiro fundo e encaro o mesmo a minha frente, seguro sua mão e a tiro de meu braço.

— Não lhe dei o direito de me tocar — Falo cruzando os braços e me aproximo — Nas últimas horas está muito obcecado por mim, o que quer? Já vou dizendo que não tenho interesse em você — Digo o vendo franzir o cenho e ficar com raiva.

— Seu imundo, ninguém gosta de você seu asiático sujo — Fala praticamente cuspindo em minha cara, mantenho minha postura correta e fico apenas escutando tudo — Apenas suma de nosso país, você não pertence aos Estados unidos, se morrer melhor ainda — Diz.

— Porque não desaba de uma vez Jimin, aqui não é seu lugar — Escuto Madelyn dizer.

— Um modelo nunca desaba, mantemos sempre a cabeça erguida — Digo e esboço um sorriso e logo sinto meu rosto arder.

— Não pude dar aquele dia, mas hoje ninguém está aqui para lhe proteger — Fala e quando ela levanta a mão para me bater novamente eu a seguro antes que acerte meu rosto.

— Não preciso de Jungkook para me proteger, aquele dia foi apenas uma coincidência, nunca precisei de ninguém — Falo a soltando — Mas você não sabe o que é isso, sempre teve tudo uma verdadeira criança mimada — Digo e me afasto — E pode ter certeza de que quando eu me formar irei embora da vida de vocês, não vão precisar ver minha cara imunda, a não ser que gostem de revistas de moda e podem ter certeza estarei na capa de muitas — Falo por fim e começo a andar para fora da faculdade.

Entro no primeiro táxi que aparece e falo o endereço de Jeon, fecho os olhos e respiro fundo e sinto algo descer pelo meu rosto, levo a mão e seco rapidamente prometi para mim mesmo que não choraria por quem não merece minhas lágrimas.

— Está tudo bem? Precisa que eu pare um pouco para que possa respirar? — O motorista pergunta e eu apenas n**o.

— Não precisa só quero chegar em casa — Respondo e o mesmo concorda.

Casa, Jeon ontem me falou que agora sua casa também é a minha e ouvir tais palavras me causou uma estranha sensação de acolhimento e aceitação, ninguém nunca me aceitou muito bem e desde sempre vivi nas sombras de pessoas que não me aceitavam. Olho pela janela e vejo que já estava próximo, me ajeito e tento me concentrar em não demonstrar o quanto aquelas palavras me afetaram e me fizeram lembrar de tanta dor que passei.

— Chegamos — Diz e eu logo p**o pela corrida e desço do carro começando a andar para entrada.

Abro a porta e assim que entro vejo Jeon sentado no sofá mexendo em seu computador com uma face concentrada, tento andar devagar para que o mesmo não me note aqui e continue trabalhando.

— Onde pensa que vai sem nem falar comigo? — Escuto sua voz e eu paro de andar e me viro para o olhar, junto minhas mãos e fico mexendo os dedos.

— Não queria lhe atrapalhar — Falo tentando manter a voz firme, neste momento conversar vai me fazer lembrar de tudo e quero chorar.

— Não atrapalha Jimin, agora quer me falar o que está lhe afligindo? — Pergunta e segura minhas mãos junto as suas.

— Não tem nada, estou muito bem —Digo e forço um sorriso.

— O conheço o suficiente para saber que quando você está nervoso junta suas mãos e fica mexendo estes dedinhos lindos — Fala e eu o olho — Vamos me diga o que aconteceu — Diz e eu respiro fundo.

— Tive um dia péssimo, todos me odeiam Jungkook eu sou tão chato assim? — Pergunto o olhando.

— Você é incrível meu bem, nunca conheci alguém tão bom, lindo e gentil como você — Fala e logo sinto seus braços envolverem minha cintura em um abraço carinhoso — Me conte o que aconteceu — Pede.

— Me chamaram de sujo, falaram que eu não deveria estar aqui e que era melhor que eu voltasse para Coreia — Falo sentindo todo meu rosto molhado — Me empurravam, apertaram meu braço e levei tapa na cara — Assim que digo Jungkook me afasta e começa a me encarar atentamente.

— Quer que eu faça algo babe? — Pergunta e eu percebo em seu tom de voz que ele estava irritado, sinto sua mão passar lentamente pelo meu rosto bem no local que eu havia recebido o tapa — Seu rosto, está meio vermelho — Diz baixo enquanto acariciava minha pele — Me deixe fazer algo em relação a isso, por favor — Pede.

— Sim, por favor — Respondo — Isso tudo me fez lembrar de algo que eu só quero esquecer para sempre — Digo por fim e Jungkook apenas concorda.

Sua mão levanta minha cabeça me fazendo o olhar para ele, sorrio levemente e logo sinto seus lábios contra os meus, relaxo meu corpo e o deixo guiar todos meus movimentos, sua boca junto a minha, a eletricidade correndo por todo meu corpo, é como se por apenas tocar Jungkook faz todo meu corpo corresponder.

— Vou conversar com umas pessoas amanhã na empresa, ninguém mais vai tocar em um fio de cabelo seu — Diz e eu sorrio todo constrangido — Quer comer alguma coisa babe? — Pergunta e eu concordo.

— Podemos ir ao mercado? Quero cozinhar algo e quero que você me ajude — Digo.

— Não sei cozinhar Minnie — Diz e eu sorrio pelo apelido — Nunca fui bom na cozinha — Fala fazendo um bico em seus lábios, me aproximo novamente e lhe dou um selinho sentindo meu rosto esquentar novamente.

— Eu posso te ensinar, por favor — Peço novamente e o vejo pensar.

— Certo — Responde e eu sorrio animado e o abraço forte, começo a deixar beijos em seu rosto.

Saímos de casa e Jun dirigiu para o mercado mais próximo, assim que estacionamos saio do carro animado e assim entramos no mercado, Jeon me olhava com um sorriso em seu rosto e deixava que eu pegasse tudo que queria.

Eu sempre adorei cozinhar, mesmo que em minha antiga casa antes que eu fosse morar com Jeon não tinha muita coisa, mas sempre eu conseguia fazer alguma coisa com o que tinha, agora poder pegar todo tipo de tempero algumas especiarias me deixam totalmente encantado.

Assim que termino Jun paga por tudo e voltamos para casa, colocamos tudo na mesa da cozinha e Jeon dispensa Ashy por hoje, esta que agradece já que ela está fugindo de Hoseok, o mesmo fica tentando chama-la para sair demonstrando interesse, o que acontece é que Ashy não gosta de homens está foram as suas palavras quando estávamos conversando pela última vez.

— Está fazendo errado — Digo sorrindo enquanto olho Jungkook tentar cortar a carne que compramos.

— Como eu faço para tirar o osso? — Pergunta confuso e eu solto uma risada me aproximando e começo a ajudá-lo com isso.

— Entendeu agora? — Pergunto o olhando.

— Acho que sim — Responde então eu o deixo fazer sozinho enquanto eu corto os temperos — Devo confessar que é mais difícil que pensei, eu prefiro ficar abraçadinho com você — Diz e eu o sinto me abraçar por trás e beija meu pescoço me arrepiando.

— Tem razão você é péssimo na cozinha — Digo e o escuto dar risada contra meu pescoço.

Jungkook me faz esquecer que meu dia foi uma merda, tudo que passei ao ver este sorriso lindo faz tudo a minha frente clarear e mostrar que não estou sozinho.

Aquele Jimin que falou que não gostaria, que não iria se apaixonar.

Sim aquele Jimin estava completamente enganado, talvez eu possa me deixar amar novamente.

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Jeon Jungkook

Estou todo bobo olhando Jimin terminar de preparar as coisas que ele queria, me sento à mesa e fico o observando fazer cada mínimo movimento, tudo que ele faz me encanta de uma maneira diferente Jimin é lindo, inteligente a pessoa mais incrível e especial que já apareceu na minha vida.

— Por que me olha tanto? — Pergunta levando a mão na boca para provar algo.

— Porque você é belíssimo — Respondo o vendo corar de imediato — O homem mais lindo que já vi em toda minha vida, e não vou cansar de falar isso — Digo e sorrio.

O vejo desligar o fogo e vir em minha direção e ficar a minha frente, um sorriso estampado em seu rosto deixa meu dia mais iluminado, sou capaz de fazer qualquer coisa por ele, enfrentaria o mundo para tê-lo ao meu lado.

Jimin se aproxima e fica perto suficiente para que nossas respirações ficassem juntas, o encaro atentamente e começo a decorar cada linha de seu rosto, cada mínimo detalhe para que nunca saia de minha mente, esquecer a expressão deste belo rosto me deixaria irritado.

Sinto seus lábios roçarem aos meus me fazendo respirar fundo, meu coração fica acelerado quando Jimin se aproxima me sinto totalmente afetado, sua mão vai até meu pescoço e acaricia o local de forma sutil me fazendo sorrir.

— Você existe mesmo? Sinto que a qualquer momento eu posso acordar deste belo sonho — Diz me olhando atentamente.

— Acho que tenho uma forma de descobrir se sou real — Falo e o mesmo me olha sugestivo.

Seguro com firmeza em sua cintura e o puxo para que se sente em meu colo, aproximo meu rosto de seu pescoço e começo a deixar selares pelo local o vendo se arrepiar, sorrio contra sua pele sentindo o mesmo segurar meu ombro com força.

— Essas sensações que lhe causo, tem certeza que são um sonho? — Pergunto contra seu ouvido e fico espantado, minha voz saiu mais rouca que o normal — Não isso não é um sonho, e você sabe disso — Digo e sorrio o olhando, seus olhos estavam fechados ele estava aproveitando o contato.

— Jeon... — Pronuncia baixo me fazendo sorrir.

— Eu adoro como meu nome sai de sua boca — Digo e me aproximo novamente de seu rosto.

Acaricio sua bochecha e sorrio o olhando, vejo o mesmo fechar os olhos lentamente e juntar nossos lábios em um ósculo lento, adentro meus dedos nos cabelos do outro e aprofundo ainda mais o beijo explorando cada centímetro de sua boca.

Jimin começa a se mexer em meu colo devagar, e eu seguro com mais força em sua cintura o puxando para ficarem ainda mais próximo a mim, nos separamos rapidamente e olhamos um para o outro, sorrio inerte a este momento, mas se Jimin continuar se mexendo desta maneira vou precisar afasta-lo para não fazer outra coisa.

— Jimin por favor não se mexa muito — Peço o olhando e o mesmo concorda timidamente.

— Desculpe — Fala baixo e eu o abraço deixando meu rosto em seu pescoço.

— Não se desculpe, afinal não fez nada — Digo o olhando novamente.

— Sabe eu nunca pensei que estaria assim novamente — Diz baixo.

— O que quer dizer meu bem? — Pergunto o olhando.

— Eu só pensei que nunca iria gostar de alguém novamente — Fala e eu apenas fico escutando — Você deve entender, já deve ter se apaixonado e depois teve uma desilusão, fui enganado pela pessoa que confiei e com isso veio a traição — Fala e me abraça novamente.

— Pensou que não conseguiria confiar em outra pessoa? — Pergunto e o mesmo concorda lentamente — Eu sei como está se sentindo, também já confiei em alguém que só queria o meu m*l, mas agora depois de tudo entendi que isso veio para nos amadurecer e fortalecer — Falo e passo minha mão em seu rosto em forma de carinho o vendo sorrir.

— Parece que a gente já se decepcionou não é mesmo — Fala e logo sorri.

— Parece que sim — Digo o olhando.

A cada dia que passa e Jimin está aqui comigo eu fico mais encantado em como ele pode ser uma pessoa tão bela, e especial.

— Jun, eu estava ajudando Ashy a arrumar seu quarto e eu vi uma jaqueta de time de basquete — Fala e eu sorrio — Você já jogou? — Pergunta.

— Faz anos que acho que nem sei mais como se joga — Respondo e o escuto dar risada — Fui capitão de um time na época do ensino médio — Digo lembrando.

Não lembrava que ainda tinha esta jaqueta eu normalmente não mexo naquela parte das minhas roupas.

— Não se sente desconfortável em saber que tem alguém que entra no seu quarto e mexe em tudo? — Pergunta deitando sua cabeça em meu ombro e eu abraço sua cintura.

— Na verdade no começo era estranho, mas agora acabei acostumando — Respondo e o mesmo acinte.

Somente Ashy tem autorização para entrar em meu quarto quando não estou presente, por isso é ela que organiza as coisas.

— O que mais você viu lá dentro? — Pergunto o olhando e o mesmo fica calado por alguns minutos pensando.

— Vem comigo — Fala e me dá um selinho se levantando em seguida e sai me puxando escada acima.

Passamos pelo corredor rapidamente e vejo o mesmo abrir a porta de meu quarto, quando entro observo em volta vendo tudo mais arrumado que o normal, tudo em volta cheirava a lavanda.

Jimin me leva até o closet e me faz sentar em uma cadeira que tinha ali, o vejo abrir uma das portas e retirar uma pequena caixa preta e me entregar, pego a abrindo e vejo os piercings que eu usava a alguns anos, mesmo que eu tenha parado de usar todos estão bem limpos e conservados.

— Pode colocar para eu ver? — Pergunta ficando a minha frente, o encaro e sorrio concordando.

Pego um e me levanto ficando em frente ao espelho e logo coloco a joia novamente, fico algum tempo tentando me acostumar novamente, quando me viro para Jimin o sinto me abraçar e selar seus lábios com os meus, sua língua invadindo minha boca com rapidez e sei que o mesmo que sentir a sensação do piercing em minha língua. Seguro sua cintura com força e levo uma de minhas mãos para sua nuca virando seu corpo o prensando contra a porta do armário, o escuto arfar pelo baque e sorrio entre o beijo, começamos a andar ainda sem nos separar um do outro, com cuidado o deito em minha cama e começo a depositar selares em seu pescoço e vou subindo de volta para sua boca.

— Jun... — O escuto falar baixo e agarrar minha blusa com força, me afasto e vejo sua mão tremer levemente, me sento a sua frente e o mesmo desvia o olhar — Desculpa... Eu... Eu... — Tenta falar, mas o puxo para um abraço apertado o acolhendo em meus braços.

— Não precisa se desculpar — Digo baixo rente ao seu ouvido — Não se desculpe por algo que não tem culpa, na verdade eu que devia pedir desculpas me deixei levar pelo momento — Falo — Me desculpa babe — Pronuncio por fim e sinto o mesmo se afastar.

— Ninguém tem culpa aqui, eu que sou uma pessoa repleta de traumas da vida — Diz forçando um sorriso, não gosto de vê-lo assim me parte o coração ver meu pequeno triste.

— Ei que tal irmos almoçar? — Pergunto mudando de assunto e o vejo sorrir de verdade e concordar.

[...]

Após o almoço falei com Jimin que precisava sair para resolver um assunto, passei na faculdade e peguei o endereço de todos que insultaram meu babe principalmente o da garota que lhe deu um tapa e neste momento estou indo me reunir com meus advogados.

— Jeon quando recebemos sua mensagem viemos o mais rápido possível — Um deles fala e eu concordo.

— O assunto é que uma pessoa muito importante para mim foi vítima de xenofobia — Digo olhando para os três a minha frente — Estas pessoas precisam pagar pelo que fizeram — Falo entregando o endereço de todas.

— Iremos fazer o que pede, mas precisamos saber o que está pessoa é para você? — Pergunta.

— É meu futuro esposo, a pessoa que estou apaixonado e o trabalho de vocês três é fazer com que todos os envolvidos sejam presos, afinal é para isso que eu p**o pelo serviço — Respondo olhando para eles que pareciam espantados.

— Pode deixar senhor Jeon iremos fazer um excelente trabalho — Diz e eu concordo.

— É melhor mesmo, se eu achar que fizeram um péssimo trabalho podem se considerar demitidos — Falo e me levanto — Afinal o que não falta são pessoas para ocuparem seus lugares, passar bem qualquer novidade me avisem de imediato — Digo e me retiro da sala.

Ando pelos corredores de minha empresa, paro em uma grande janela do corredor e fico observando a belíssima vista do local, eu consegui depois de anos tentando construir meu império.

— Pensei que não nos veríamos novamente — Escuto alguém falar e me viro vendo meu pai parado ao lado de uma mulher que não conheço — Você se tornou um grande homem filho — Diz.

— Se eu me tornei o que sou hoje e isso não foi graças a você — Falo o encarando — Não sei o que faz em minha empresa já que não o convidei — Falo.

— Eu me casei novamente após sua mãe pedir o divórcio — Fala — Está aqui é Mila, filha de minha esposa e sua irmã — Diz e eu sorrio não acreditando.

— Minha irmã se chama Jeon Somi e somente ela pode me chamar de irmão, a família que você construiu não me interessa — Digo olhando para os dois a minha frente — Agora saiam daqui — Falo por fim.

— Como pode falar assim com nosso pai? — Mila pergunta e eu solto uma risada.

— Não se refira a mim como se fossemos da mesma família, não fomos e nunca seremos uma família — Digo ríspido — Quando minha mãe finalmente se livrou deste homem ela foi muito mais feliz, aquele brilho que nela tinha finalmente voltou e se você veio agora para acabar com isso terei que interferir — Falo.

— Você não tem mais o direito de me chamar de filho, e se voltarem a entrar em minha empresa e minha vida novamente irei comunicar as autoridades — Falo — E sim tenho poder suficiente em minhas para fazer isso — Digo — Agora levem estes dois daqui e se voltarem a entrar em minha empresa serão presos — Falo por fim e vejo os dois serem levados.

Era só que me faltava vir em meu local de trabalho falar asneira em minha cabeça, se ele voltou para atormentar minha mãe novamente algo muito r**m vai lhe acontecer, não deixarei que ele faça minha família sofrer novamente.

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Park Jimin

Finalmente tenho alguns dias de férias, não vou precisar olhar para a cara daquele povo por algum tempo, Taehyung me ligou e falou para encontra-lo em uma lanchonete perto de onde eu trabalhava.

— Ashy estou saindo — Aviso e quando a mesma concorda eu saio avistando o táxi que havia pedido minutos atrás.

Entro dando o endereço, estou preocupado Tae falou que pera um assunto de extrema importância e que não poderia adiar esta conversa, olho pela janela vendo os grandes prédios de Nova York as lojas de roupas maravilhosas, os estúdios de fotos todos nas mais movimentadas e bem frequentadas ruas da cidade.

O carro para em frente a lanchonete p**o pela corrida e saio logo entrando no estabelecimento, observo em volta procurando por Taehyung quando vejo um braço levantando acenando para mim rapidamente, ando até o mesmo e me sento a sua frente.

— Ainda bem que veio rápido — Diz e eu percebo que ele estava bem aflito com o que estava acontecendo.

— Eu vim assim que recebi sua mensagem — Digo olhando o cardápio para escolher algo para comer — O que aconteceu? — Pergunto.

— Recebi uma mensagem de sua irmã — Assim que ele fala eu deixo o cardápio na mesa e o olho de imediato.

Faz alguns que não converso com minha irmã, com certeza meus pais tomaram seu celular e apagou meu contato para que a mesma não entre em contato comigo, mas agora parece que ela conseguiu falar com Tae.

— O que aconteceu? — Pergunto o olhando, Tae estava muito estranho e o mesmo parecia querer falar logo.

— Seus pais arrumaram um pretendente para ela, e é aquele seu ex que quase lhe agrediu — Quando ele respondeu meu corpo de imediato trava no lugar.

Não me espanto tanto, aquele cara com quem eu achava que namorava tentar se aproximar novamente de minha família, o mesmo é um caloteiro que fica com as pessoas por prazer e pelo dinheiro que elas possuem, e agora minha irmã pode se casar com ele e meus pais acham super normal que eles arrumem um noivo para os filhos, isso é tão ultrapassado que nem sei direito o que falar.

— Não sei o que está pensando em fazer, mas precisa ser rápido não podemos deixar sua irmã se casar com aquele louco — Tae fala e eu concordo — Você precisa voltar — Diz e eu quase me engasgo.

— O que!? — Digo tentando não me exaltar — Tae voltar para aquela cidade é pedir para ser esculachado — Falo o olhando.

— Sua irmã precisa de você Jimin, e sabe que não consigo ajudar sua família nunca gostou muito de mim — Fala e eu concordo — Mas agora você tem Jungkook ele disse que lhe ajudaria com o que precisasse — Diz.

Voltar para aquela cidade não estava nos meus planos para estas férias, só de imaginar rever todas aquelas pessoas me causa um calafrio imenso por todo meu corpo, mas minha irmã me ajudou tanto quando precisei agora é minha vez de retribuir aquele favor que a mesma me fez anos atrás.

Se aqueles dois que um dia chamei de pais estão tentando realizar um casamento forçado eu terei então que impedir, olho para Tae que esperava minha resposta então apenas concordo levemente com a cabeça, passei muito tempo escondendo quem realmente sou para minha família então está é a hora de mostrar.

— Agora me fala, como está você e Jungkook? — Pergunta e eu sorrio lembrando de seus lábios junto aos meus, de como ele segurava fortemente minha cintura.

Jeon tem uma pegada maravilhosa que deixa todo meu corpo mole com um simples contato.

Não tem como não notar a presença marcante que Jungkook exala, se ele soubesse o tanto que fica sexy quando esta sério resolvendo algo de sua empresa, seu maxilar marcado e seus músculos realçados pela camisa social que usa diariamente.

Sua pele bronzeada, seu rosto sereno e calmo, mas muda drasticamente quando tem que resolver algo importante, seus olhos que escondem uma intensa escuridão.

Se Jungkook soubesse o tanto que me afeta com um simples sorriso ficaria o dia todo com um em seu rosto, realmente Jeon é o homem mais lindo que já tive o prazer de conhecer em toda a minha vida.

— Jimin! — Sou tirado de meus pensamentos quando Tae me chama, o olho esperando que continue a falar — Ficou que nem um bobo olhando para o nada, pensando no boy né — Fala sorrindo animado.

— Tae eu disse que não iria me apaixonar novamente, mas é impossível quando se trata de Jeon Jungkook — Falo soltando um longo suspiro — Ele é tão atencioso, carinhoso, educado eu ficaria horas listando cada qualidade — Digo o olhando.

— Jimin não mandamos em nosso coração, amar alguém é algo que acontece não podemos controlar — Fala seriamente — Você se apaixonar por Jeon quer dizer que está pronto para seguir em frente e esquecer tudo que passou — Diz.

— Se eu não tivesse impedindo hoje mais cedo teríamos avançado muito mais que beijos — Falo meio baixo, mas tenho certeza que Tae conseguiu ouvir.

— Todos tem o seu tempo, e pelo que aconteceu com você é muito normal, você quase foi abusado por aquele cara nojento que namorava — Fala — Jeon com toda certeza entende seu lado, e tenho firmeza em dizer que ele parou no mesmo momento que você disse não — Diz e eu concordo.

— Sim ele parou, disse que entendia e me abraçou como ninguém nunca fez — Falo.

— Viu isso mostra o tanto que ele se importa com você, te respeita acima de tudo e de qualquer outra pessoa, se Jeon não se importasse tanto ele teria continuado — Pronuncia me olhando — Mas ao invés disse ele parou e lhe acolheu em seus braços, Jimin você tem um homem incrível ao seu lado, não deixe que ninguém tire isso de você — Fala.

Apenas ouvir as palavras "não deixe que ninguém tire isso de você" fez todo meu corpo estremecer em um medo, pensar em ter Jun longe me dói muito não quero me afastar, ter estes sentimentos é bom me sinto amado por Jungkook como nunca fui, sou mimado por ele que me dá vários presentes e me ajuda em diversas situações.

— Ele beija bem? — Tae pergunta e eu sorrio envergonhado — Vamos conte os detalhes para seu melhor amigo aqui — Diz.

— Sim, beija muito bem — Falo sorrindo — Um dos melhores beijos que já recebi na vida — Digo.

— É meu amigo você foi fisgado — Diz dando risada.

Ficamos conversando por mais alguém tempo até Tae ter que ir embora, saio da lanchonete e fico andando pelas ruas, quando não se tem muita coisa para fazer é tão chato, será que Jun fica bravo se eu ir na sua empresa sem avisar? Ashy disse que ele gosta de bolo de chocolate e eu estou neste momento em frente a uma loja de bolos.

Entro e compro um pedaço grande, saio e pego um táxi para casa antes eu preciso trocar de roupas e tomar um banho.

[...]