Você me pertence

2

Natasha: É, é Natasha, senhor. –disse bastante nervosa.

Ian: Natasha, bonito nome. –disse fazendo a Claufir corar. –E você sabe quem eu sou?

Natasha: N- não senhor.

Ian: Não mesmo? –falou surpreso pois todos o conheciam em Nazir. –Bem, meu nome é Sollar Ian. E agora que sabe meu nome, não me chame mais de senhor, está bem?

Natasha: Sim, Ian .

Ian: Ian  não, agora seremos bastante íntimos, então não precisa me chamar de Senhor. –disse sorrindo malicioso.

Natasha: Sim. –falou envergonhada.

Ian sorriu, ninguém nunca o chamava assim, ele notara que a garota que estava com ele era muito delicada,  ela parecia uma bonequinha.

Ele então saiu do sofá e senta na cama junto com ela, algo que fez Natasha corar e o olhar assustada. Ele sem se importar com o estado dela a puxou mais para junto de si.

Ian: Sua boca é muito bonita. –disse passando um dedo nos lábios da Claufir.

Natasha: Ian . –disse constrangida e mais vermelha que um tomate.

Então sem esperar mais, Ian encosta os lábios nos da Claufir, que levou um susto, fazendo ela recuar, mas o loiro não deixou segurou ela firme, colada em seu corpo, começando a deslizar suas mãos pelo corpo dela. Então tentou aprofundar o beijo, introduzindo sua língua na boca dela, mas Natasha estava tão apavorada que parou de se mexer. Ian então com raiva por a morena não ter lhe dado passagem, separa os seus rostos para a encarar, e se surpreende por ver Natasha chorando.

Ian: O que foi? –perguntou ríspido. –Porque está chorando, acha que meu pai te deu para mim ? –disse irônico. –Você está aqui para fazer o que eu quero, entendeu? –perguntou com certa raiva na voz, o que fez Natasha tremer de medo e chorar ainda mais.

Ian ficou mais irritado, com a morena que chorava sem parar na sua frente, aquilo já estava o deixando angustiado.

Ian: Natasha, você não me respondeu, entendeu ou não? –disse agora se controlando, num tom de voz frio, fitando os orbes perolados.

Natasha: Sim. –disse no meio do choro. – E-eu entendi.-disse triste ainda com lágrimas nos olhos.

Ian: Ótimo. –falou para a morena que continuava chorando. –Pare de chorar, esta me irritando.

Natasha segura o choro com dificuldade e vê Ian se aproximando novamente de seu corpo, não fez nada só fechou os olhos, sabia que teria que fazer o que ele quisesse e sabia o que Ian queria, aquilo deixou ela angustiada demais, fazendo ela voltar a chorar.

Ian vendo que ela voltava a chorar, perde a paciência de vez, a segurando forte pelos ombros, jogando-a na cama e se colocando em cima dela.

Ian: Se você quer chorar, te darei um bom motivo. –disse enquanto começava a levantar o vestido da Claufir, que fechava os olhos fortemente, tentando não sentir o que viria depois.

Mas Ian é interrompido por batidas na porta.

Servo: Ian .

Ian: O QUE FOI, NÃO VÊ QUE ESTOU OCUPADO. –gritou com vontade de matar o servo.

Servo: Desculpa, Ian , o príncipe Golias Kalir do país do Deserto está no castelo e deseja vê-lo. –disse o servo apreensivo com a reação de Ian.

Ian: Golias. –falou pensativo, logo colocou um sorriso na cara. –Deve ter vindo para me desafiar para uma luta, diga que já estou indo.

Servo: Sim Ian . –falou se retirando do quarto.

Ian saiu de cima de Natasha, que ainda estava com olhos fechados e vermelha.

Ian: Natasha,-chamou, fazendo a morena abrir os olhos –volto mais tarde para terminarmos o que foi interrompido. Não saia do quarto, ouviu?

Natasha:  Sim.

Ian então começou a vestir sua armadura na frente dela, que corou e olhou para o lado. O loiro logo saiu do quarto deixando a Claufir com seus pensamentos, de como seria sua vida de agora em diante, nas mãos de um homem, que pouco se importava se a estava machucando ou não. Deitou a cabeça em um dos travesseiros na cama e chorou.

Ian agora andava pelo castelo animado com a presença de Golias. Ele era um ótimo lutador, tão bom quanto Ian, sempre que tinham oportunidade ambos se enfrentavam, na maioria das vezes, voltavam do confronto acabados e com ferimentos por todo o corpo. O loiro adentrou a sala do trono onde viu seu otousan e Golias conversando.

Ian: Golias. –disse chamando a atenção dos dois.

Golias Kalir, tinha 20 anos, possuía cabelos curtos e arrepiados, era ruivo, seus olhos eram verdes e frios. Media 1.83m  de altura, tinha o corpo bem definido. Usava uma armadura prateada, e uma capa vermelha por cima. A espada levava presa a armadura. Golias, assim como Ian era conhecido como um grande guerreiro e por sua frieza, ao tratar os inimigos, mas diferente do loiro, quase nunca mostrava raiva.

Golias: Ian, estou renovando o tratado de paz com seu pai, entre nossas vilas. E então pensei que gostaria de um combate.

Ian: Sim, pode ser...

Joabe: Vocês dois não mudam mesmo. -falou rindo dos dois jovens – Espero que não se matem.

Ian e Golias saíram da sala do trono e foram para o centro do castelo, onde havia uma arena de luta. Os amigos se posicionaram para a batalha.  

 Ian: Espero que não esteja enferrujado Golias, os últimos combates que tive não me fizeram nem suar, acredito que hoje será diferente. –disse sorrindo.

Golias: Pode ter certeza, hoje irei te derrotar.

Ian: Ah, o grande Golias. –falou irônico. –Se me lembro bem da última vez que nos enfrentamos, você foi ao chão.

Golias: Isso não acontecerá novamente. Ian, o grande general  do exército de Nazir, -disse desdenhoso. –sua fama cresceu nesses últimos anos, mas eu estive me preparando para quando nos enfrentarmos de novo.

Ian: Ora e o que acha que estive fazendo? Colhendo flores? –perguntou com raiva. –Hoje eu vou te deixar no chão novamente.

Golias: Acho que não. –falou avançando com a espada para cima de Ian.

Golias usava a mesma técnica com a espada que Ian, colocava toda sua força nas mãos, afim de desequilibrar o inimigo, abrindo assim uma brecha. Quando as espadas se chocaram, faíscas foram vistas, Golias partia com tudo pra cima de Ian, o loiro defendia-se como podia.

Ian: “Droga, esse Golias, está muito mais forte do que a última vez.” –O loiro pensava.

Então Golias, atinge a espada de Ian com mais força, fazendo o loiro recuar, mas o outro continua avançando sem parar com golpes fortes, num descuido Ian abre a guarda e Golias aproveita para lhe causar um corte no braço direito.

Ian: Droga. –falou entre os dentes.

Golias o olhou mostrando um sorriso irônico, Ian percebeu que os olhos do oponente já não eram mais verdes e sim amarelos.

Golias: Ian, não espere que eu tenha vindo apenas brincar. –falou voltando a habitual frieza.

Ian ficou sério, estava segurando seu braço cortado, não havia sido profundo mas, atrapalharia um pouco.  O loiro abaixou a cabeça, escondendo o rosto.

Ian: Então quer lutar com tudo né? –disse frio, levantando a cabeça e mostrando seus olhos, tingidos de vermelho. –Vamos ver quem morre primeiro.

Ian avança para cima de Golias, utilizando muita força, o ruivo se surpreende com a força que o outro exerce, mesmo com o braço machucado. Mas não se deixa distrair, atacando de igual forma o loiro.

A luta estava feroz, as espadas se chocavam incessantemente, vários soldados e servos do castelo olhavam a luta, impressionados com as habilidades dos dois jovens guerreiros.

A luta se estendeu por horas, estavam cansados e muito machucados, mas nenhum dos dois mostrava que iria desistir. Mas as condições de ambos mostravam que a luta não iria demorar para ter seu fim.

Ian: Parece que não me enganei, quando previ um grande combate com você Golias. –dizia trocando golpes de espada com Golias, seu cansaço era visível.

Golias: E você com certeza não me decepcionou. –falou ofegante, seus braços já estavam pesados e doloridos, por causa da intensidade dos golpes de Ian.

Ian: Sim, Sim... –disse recuando um pouco para trás. –Mas olhe só, já estou exausto, já faz algumas horas que lutamos, até escureceu. Acho que estamos nisso há muito tempo, agora é a hora de vermos quem vai ser o vencedor. –disse calmamente.

A calma que Ian mostrou, deixou Golias apreensivo, mas o ruivo não deixou transparecer e assim como Ian recuou preparando-se para o último golpe da luta.

Ian ficou parado por um momento, Golias observava os movimentos dele minuciosamente, foi quando notou que nas mãos do loiro, existia um brilho laranja, percebeu o que ele estava fazendo e correu com todas as forças para atacá-lo. Ian percebendo a reação do ruivo correu também em sua direção e acertou a espada de Golias, que estava pronto para desferir seu golpe.

 A força que Ian colocou foi tão grande, que quando as duas espadas se encontraram a de Golias partiu-se no meio, o ruivo não agüentou o baque e soltou a espada quebrada, nessa hora Ian colocou sua espada no pescoço de Golias, que ficou estático.

Ian: Parece que eu ganhei de novo. –disse com um sorriso nos lábios. –Mas realmente você melhorou muito, estou acabado. –falou guardando sua espada e sentando no chão.

Todos os presentes estavam impressionados com a luta e a força de Ian, capaz até de quebrar uma espada ao meio. E Golias, por ter confrontado e ferido tanto o jovem general de Nazir.

Ian estava com o corpo cheio de sangue, estava bastante ferido, mas parecia nem se importar. Golias não estava em melhor situação que a do loiro, desmoronou no chão.

Golias: Você realmente é um bom guerreiro, mas eu ainda vou vencê-lo. –falou confiante.

Ian: Tsc, m*l se aguenta em pé e já está querendo levar outra surra. –disse zombando do ruivo.

Golias: Ora se você não tivesse usado a força “dela”, não teria vencido.

Ian: Que isso Golias, você só diz isso porque não consegue fazer o mesmo. –falou rindo da cara de indignação do amigo.

Ian levantou-se cambaleando, Golias fez o mesmo.

Ian: Bem Golias, vou me retirar, sinta-se à vontade aqui, um dos meus servos vai levá-lo ao seu quarto, ele providenciará um médico para atendê-lo.

Golias: Sim, mas você precisa de um também.

Ian: Tsc, não gosto de médicos, e me curo rápido.

Ian seguiu para o seu quarto, estava esgotado pela batalha, tinha muitos ferimentos no corpo, mas era orgulhoso demais para procurar alguém para ajudá-lo, desde pequeno se cuidava sozinho, acostumando-se a não contar com ninguém além dele mesmo.

Natasha passou o dia inteiro chorando no quarto de Ian, estava faminta, só tinha tomado o café da manhã na casa de seu pai. Ficava apavorada, quando pensava que o loiro logo voltaria e terminaria o que começou a tarde, esse pensamento fazia ela tremer, com vontade de sair correndo daquele lugar. Mas não podia agora pertencer a Ian, aquilo  a angustiava demais.

Saiu de seus pensamentos quando a porta do quarto se abriu e por ela entrou Ian, que parecia ter saído duma luta contra um batalhão de soldados, devido ao estado de seu corpo. O loiro a olhou e ela estremeceu, mas ele não disse nada, foi até a cama e se jogou, sujando os lençóis com o seu sangue.

Natasha notou que ele respirava com dificuldades, foi se aproximando cautelosamente dele.

Natasha: Ian , você está muito machucado, quer que eu chame alguém? –falou preocupada pelo estado dele.

Ian: Eu estou bem, só preciso de uma noite de sono. – disse indiferente.

Natasha: Mas você está muito machucado.

Ian nada respondeu havia perdido os sentidos, Natasha notando isso, correu para procurar alguém que pudesse ajudá-lo. Saiu do quarto indo pelos corredores, atrás de alguém, quando enxergou o servo, que mais cedo havia chamado a Ian.

Era um homem de cabelos pretos compridos, presos em um r**o de cavalo. Seus olhos eram negros, media 1,78m de altura, tinha uma cicatriz horizontal no nariz, vestia um simples vestido na cor azul marinho.

Natasha: Senhor, Ian  está ferido, temos que achar um médico, ele já perdeu os sentidos.

Servo: Ian , machucou-se lutando com o príncipe Golias, eu vi o estado que ele saiu, mas Ian  não gosta de médicos ou algo parecido, ele sempre se cuidou sozinho, se eu mandasse qualquer pessoa para ajudá-lo, teria a minha cabeça cortada e quem o ajudou certamente também.

Natasha: Mas ele está muito ferido. –falou preocupada, pois nunca na sua vida tinha visto uma pessoa no estado que ele estava, pois sempre viveu no campo, poucas vezes vinha para cidade.

Servo: Olha se quiser posso te dar algumas coisas para tratar os ferimentos dele, mas você não deve dizer que fui eu que te entregou.

Natasha: Sim.

Servo: Tem certeza que quer fazer isso, ele pode ficar furioso com você, afinal gratidão nunca foi uma das qualidades de Ian .

Natasha estremeceu, mas não ia deixar ele naquele estado, por pior que Ian fosse, estava ferido, e ela não deixaria ninguém daquela maneira.

Natasha: Sim, eu entendo, mas vou ajudá-lo.

Servo: Está bem, me siga, a propósito meu nome é Iruka.

Natasha: Prazer Claufir Natasha. –disse sorrindo.

Natasha seguiu Iruka até ao que pareceu sem uma espécie de enfermaria. Onde o homem lhe entregou uma caixa, onde tinham alguns remédios e faixas para tratar dos ferimentos de Ian. Na volta Iruka passou pela cozinha e entregou uma cesta de frutas para Natasha, pois esta não tinha se alimentado ainda. A Claufir pegou a caixa e a cesta agradeceu e voltou para o quarto para tratar de Ian.

Natasha entrou no quarto com cautela, olhou para o loiro que estava inconsciente, aproximou-se devagar, largando a cesta de frutas em cima de um sofá e levando a caixa para perto da cama, para tratar de Ian.

Ele ainda estava de armadura, então ela começou a soltar a armadura do corpo dele, estava muito envergonhada, pois Ian usava apenas uma calça em baixo da armadura, que estava toda rasgada por causa da luta com Golias.

Depois de retirar a armadura, Natasha começou a limpar todos os ferimentos do loiro, para em seguida fazer curativos. Por sorte, os ferimentos não eram profundos, então não precisaria de pontos.

Já havia passado um bom tempo desde que ela começou a tratar dele, quando enfim terminou ficou observando ele dormir.  Ian era realmente bonito, tinha uma pele bronzeada que fazia um belo contraste com seus cabelos loiros, seu rosto agora sereno, parecia que tinha sido esculpido por anjos, seu corpo era bem definido, Natasha sentiu vontade de tocar, mais logo chacoalho a cabeça espantando esses pensamentos.

Cobriu ele com um lençol, e sentou no sofá para comer uma maçã, já era madrugada e estava com muito sono, então logo dormiu.

Ian acordo pouco tempo depois de ela adormecer, notou que estava cheio de curativos, ficou pensando que médico teria coragem de ter entrado ali, para o tratar, foi quando fitou a morena dormindo encolhida no sofá, olhou para o lado e viu uma caixa de primeiros socorros, iguais às que usavam no exército. Logo percebeu que fora ela quem cuidou dele, ficou surpreso dela ter feito isso, depois da maneira como a tratou a tarde, ela também não devia saber, que ele detestava que o ajudassem, pois gostava de fazer tudo sozinho.

Se levantou da cama e aproximou-se dela, notou que ela estava dormindo agarrada a um pedaço de maçã, foi quando se lembrou que ela havia passado o dia inteiro sem comer.

Ian: “i****a, como fui me esquecer de pedir que a trouxessem comida.” –pensou revoltado com sigo mesmo.

Ian notou que ela tremia de frio, encolhida no sofá, virou-se para cama, que estava toda suja de sangue, então foi até o armário tirando forros de cama limpos. Trocou rapidamente os forros de cama e foi até Natasha, pegando ela no colo, tentou não acordá-la, mas assim que ele a ergueu ela despertou.

Natasha: Ian . –disse com medo.

Ian: Shhh, acalme-se, não vou fazer nada com você. –disse calmo a colocando na cama e a cobrindo com um cobertor. – Durma agora.

Natasha: Sim.

Ian a observou por um tempo, a deixando corada, mas logo foi até o armário, tirando uma calça, trocando pela que estava rasgada. Natasha fechou os olhos com força, ele vendo achou graça, mas não disse nada e se retirou do quarto.

Natasha, vendo que estava sozinha, acalmou-se e logo dormiu.

Ian andava pelo castelo, somente vestindo uma calça, mesmo frio não se importava, pois ele sempre teve o corpo mais quente que o normal. Dirigiu-se até a cozinha, onde encontrou seu otousan.

Ian: Pai, o que você faz acordado a essa hora?

Joabe: Estou recompondo minhas energias, aquelas garotas acabam comigo. –disse rindo malicioso.

Ian: Ora, Joa.

Joabe: Ha, ha, ha, como se você fosse um santo. Mas Ian, fiquei sabendo que você e Golias quase se matam.

Ian: Hum, como se Golias conseguisse vencer. –falou indiferente.

Joabe: Mas vendo você, parece que ele chegou muito perto. Você está todo cheio de curativos, quase parece uma múmia.

Ian: Eu não lutei com tudo desde o começo, por isso ele conseguiu uma vantagem.

Joabe: Sim, Sim, mas mudando de assunto como é seu presente? –perguntou com um sorriso errado no rosto.

Ian: Intrigante. –disse com um sorriso no rosto, saindo da cozinha, para caminhar no castelo.

Natasha acordava com os primeiros raios do sol batendo em seu rosto, abriu os olhos vagarosamente e fitou o teto. Sentiu seu estômago reclamar, afinal ontem ficou tão cansada que adormeceu antes mesmo de terminar uma maçã.

Ian: Vejo que já acordou.

Natasha estremeceu quando ouviu aquela voz, virou-se para o lado e deparou-se com um par de olhos azuis a fitando. Ian estava sentado num sofá ao lado da cama, sua expressão era indecifrável.

Ian: Natasha venha aqui.

Natasha ficou em pânico, se lembrou do que Iruka tinha falado, sobre ele não gostar que o ajudassem, mas se levantou indo em direção a ele. Estava com medo que ele batesse nela, ou fizesse coisa pior.

Ian olhou para ela que estava com um vestido simples branco até os joelhos, o mesmo que vestia o dia anterior.  Notou que ela tremia a cada passo que dava em direção a ele, ela não o olhava nos olhos, olhava para o chão.

Quando chegou na frente dele, Natasha ergueu as mãos na frente do peito, Ian notou que ela fez esse gesto na tentativa de criar uma barreira entre os dois, mas ele não se importou, segurou um dos braços da Claufir e o puxou, fazendo ela sentar em seu colo.

Natasha corou violentamente, tentou se levantar, mas Ian a segurou em seu colo, sem esforço nenhum.

Ian: Sabe Natasha, -começou calmo e acariciando os cabelos da Claufir. –notei que você tratou de meus ferimentos ontem a noite,não estou acostumado a ter alguém cuidando de mim, pra falar a verdade não gosto nem um pouco disso.

Natasha tremeu de medo e Ian pôde sentir o quanto ela estava tensa.

Natasha: Desculpe Ian...

Ian: Acalme-se, não vou te machucar. –ele falou virando ela, para fitar o seu rosto, a morena tinha os olhos brilhando, prontos para derramar lágrimas. –Ei, não precisa chorar, eu... eu queria te agradecer por cuidar de mim. Sabe não sou muito bom em agradecimentos. –sorriu para ela, que parecia mais calma.

 Ian levantou ela do seu colo e segurou sua mão, indo para a saída do quarto, ela corou com isso, fazendo Ian rir do jeito dela.

Ian: Venha, vamos comer alguma coisa, deve estar faminta.

Natasha: Sim.

Ian: Depois disso, vamos até a cidade tenho algumas coisas para fazer, deixarei você comprando algumas roupas, pois pelo que percebi só tem esse vestido.

Natasha: Sim Ian . –disse com um sorriso tímido, Ian quem sabe não era tão r**m, como ela pensava...