✔ 19. Bosque dos Trevos

737 Words
✔ 19. Bosque dos Trevos: Em noventa por cento das vezes em que recebia um telefonema da delegacia, significava problemas. Foi informado que o corpo de uma mulher, havia sido encontrado na saída Norte da cidade, próximo a entrada do bosque dos Trevos. A frustração bateu forte, esfregou o rosto, passou os dedos nos cabelos. A noite não seria tranquila como o dia havia sido. Acompanhado de Samuel, voltou a delegacia, para acompanhar a equipe que seguia para o local aonde o corpo da mulher havia sido encontrado. O mesmo cenário dos outros quatro assassinatos, o corpo estava com os braços abertos, pés amarrados, uma rosa em uma mão e na outra um pequeno papel, com imagem da Virgem na frente e uma oração no verso. Assim como as outras, o seu coração perfurado por um espeto. A área estava isolada para os peritos trabalharem, Benjamin e Samuel percorreram o arredor da área delimitada, buscando encontrar alguma pista. Nada foi encontrado. Tudo indicava que a jogem havia sido assassinada no local. Era preciso aguardar o relatório com a conclusão dos perítos e legistas. O grupo de ciclistas que encontraram a jovem, estavam assustados, um simples passeio de bicicleta, terminou com eles prestando depoimentos. Era preciso aguardar indentificarem a mulher. Não tinham o que fazer a não ser esperar. Esperava também que o caso demorasse a chegar aos abutres caçadores de notícias ou que não chegasse nunca. ✔ 19.1. Odiava a exposição: Na manhã seguinte quando chegou à delegacia encontrou um alvoroço, a informação de uma nova vítima havia chegado à imprensa. Respirou fundo, buscando controlar a raiva que crescia em seu íntimo, precisava estar tranquilo para responder as perguntas que viriam. _ Delegado Benjamin, procede a informação que mais um corpo de uma jovem foi encontrado? Perguntou a repórter. _ Infelizmente, sim. _ Este caso possuí relação com as alunas da Universidade Global? Outro repórter perguntou. _ Ainda não sabemos, estamos aguardando o laudo da perícia técnica. Outras perguntas viriam, perguntas que Benjamin não tinha respostas a dar, muito menos vontade de responder, resolveu dar um basta naquela situação. _ As investigações estão sendo feitas, quando o culpado for encontrado, ficarão sabendo... Pediu que todos se retirassem. Odiava a exposição dos casos que estava investigando. Entrou na delegacia, quando passou pela recepção, uma rosa sobre o balcão da recepção o fez respirar fundo, ao lembrar que a operação dos assassinatos recebeu o nome de Rosas da Morte. Meses investigando sem chegar ao responsável, o número de vítimas aumentando, a sua frustração e raiva aumentando na mesma proporção. ✔ 19.2. Precisamos conversar: Na casa da família Castro, Luíza assistia ao noticiário, quando foi noticiado que mais uma jovem havia sido encontrada sem vida e que poderia ser uma nova vida do Anjo da Morte, ela odiou ainda mais o fato de Aurélia estar estudando. Precisava fazer a filha desistir do curso, não desejava que nenhum m*l lhe acontecesse. Assim que Aurélia chegasse em casa, após as aulas, encontraria a mãe embriagada na determinação, de a fazer desistir do curso. _ Que bom que chegou Aurélia. Precisamos conversar. Pela expressão de descontentamento da mãe, teve certeza que o assunto não seria nada agradável. _ Precisa desistir desse curso. Imagino que já saiba que outra mulher foi assassinada. _ Mãe, eu vou e volto no ônibus, não converso com ninguém, somente estudo. _ Esse assassino pode querer fazer de você a próxima vítima. Vai abandonar este curso, não precisa de curso de inglês para se casar. _ Mãe ninguém olha para mim, não será esse assassino que irá olhar. Aurélia, sentia medo, muito medo, mas desistir do curso significava desistir dos seus sonhos. Significava dar oportunidade para a mãe a persuadir a casar-se com Saulo. Não conseguiria voltar para o curso no futuro, perderia sua bolsa. Ela se agarrava ao pensamento que o assassino não olharia para ela, pois se sentia feia, quando um homem a olhava, sentia que a desprezavam. As roupas que vestiam era feias, bregas, não usava maquiagem, o cabelo sempre preso. Sentia-se feia, sem atrativos, possuía baixa autoestima. A mãe não parou, continuou a falar sem parar. Em seu quarto fez a única coisa que poderia fazer naquele momento, rezar. Rezar para não ser obrigada a se casar com um homem que não amava. Pediu força para não enlouquecer com pressão da mãe, também pediu proteção. Diante da situação era a única coisa que podia fazer.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD