✔ 18. O Anjo da Morte

737 Words
✔ 18. O Anjo da Morte: Ana estava tranquila, não imaginava estar indo de encontro a morte. Jamais poderia imaginar que era a carona da morte, assim como nenhuma outra vítima suspeitou. Anjo da Morte, realmente era uma boa denominação. Ana olhava o céu admirando o brilho das estrelas em uma linda noite de luar. Ela só não sabia que estava admirando o céu estrelado que ela tanto amava, pela última vez. Um calafrio percorreu o seu corpo, quando sentiu o vento gelado a abraçar, sentiu medo ao ouvir os sons da noite, as sombras das árvores balançando. Quando viu a rosa se lembrou das mulheres mortas, soube que seria a próxima.Tarde demais se deu conta que confiou na pessoa errada. Sem chance de escapar. O Anjo cumpriu seu objetivo, fazendo com que Ana, se tornasse a quinta mulher a segurar a rosa da morte. ... ✔ 18.1 A ladainha: Na casa da família Castro, Aurélia escutava calada a ladainha da mãe. _ Aurélia, você precisa entender que uma mulher não precisa estudar, não precisa trabalhar, é dever do homem sustentar a casa. Olha o exemplo do seu pai, ele trabalha, eu cuido da nossa casa, cuidei de você e seus irmãos. _ Mãe, eu quero estudar, terminar meu curso... Luíza não a deixava falar. _ Você não precisa dessa porcaria de curso para nada. Vai falar inglês com quem? Já sabe o básico, é o suficiente para ser uma boa dona de casa. Saulo não irá permitir que trabalhe. _ Não quero casar com Saulo, não o amo. _ Está na hora de crescer Aurélia, não é mais uma menina para acreditar em contos de fadas. O amor vem com o tempo, com a convivência. Era frustrante para Aurélia ouvir as palavras felinas da mãe. _ Não pode querer se comportar como uma mulher imoral, precisa se dar ao respeito. Não criei você para ser uma meretrizes. _ Eu apenas estudo. _ Esta no meio de vários mulheres perdidas, exposta a tentação. O encardido pode tenta-la a fazer o que não deve. _ Que horror, mãe! Não faço nada de errado. _ Está naquele antro já é errado, deveria estar se preparando para se casar, para ser uma boa esposa. _ Já disse, não quero casar com Saulo. _ Ele será um bom marido, vai cuidar de você. Não adiantava dizer que não desejava se casar com Saulo, a mãe não entendia. Aurélia, não tinha nada contra ele, era um bom homem, trabalhador, honesto, a respeitava, porém não sentia nada por ele. Por vezes se sentiu culpada, por não conseguir se apaixonar por ele. Mas sentimentos não era algo que pudesse forçar. Não mandava nos seus sentimentos. _ Mãe, eu não sinto nada por ele, não poderei ser uma boa esposa. Não conseguiria cumprir com as obrigações de uma esposa. _ Tome tendência Aurélia, uma mulher decente não pensa nestas imoralidades. Quando se casa, deita-se, espera o marido apagar a luz, levanta a camisola, abre as pernas e o deixa se satisfazer, quieta. Te eduquei para ser uma mulher honrada, decente, não para se comportar como uma rameira, mundana, meretriz. Em pleno século XXI, era difícil acreditar que uma mulher pudesse ter pensamentos e atitudes de séculos passados. Aurélia sentia que o casamento era como obrigação, a mulher casava para ser empregada, cuidar da casa e dos filhos que viesse. A noite abria as pernas para o marido, e o deixar usar seu corpo para se satisfazer. Mulheres não tinham direito, apenas obrigações, ouvir tudo calada, submissa. _ Irei conversar com o seu pai, para você deixar esse curso, além de estar correndo risco de se perder, pode ser assassinada. A cada dia, estava mais difícil a convivência com a mãe. ✔ 18.2. Conversa interrompida: O dia na delegacia havia sido tranquilo, tanto que no final do dia, Benjamin e Samuel, foram ao cafeteria que ficava do outro lado da rua, tomar um café. Fora da delegacia ou em ambientes em que alguém pudesse os ouvir, não conversavam sobre os casos que estavam investigando. Assim não corriam riscos de alguém ouvir, e uma informação sigilosa vazar. Conversavam de forma tranquila sobre um jogo de futebol, fora da delegacia eram somente dois amigos tomando um café, jogando conversar fora. Mas a conversa foi interrompida quando o celular de Benjamin tocou. Ao ver o número da delegacia brilhar no visor do celular, soube que aquele telefonema significava problema.
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