✔ 2. Rosas da morte

838 Words
✔️ 2. Rosas da morte: Mais uma mulher havia sido assassinada. Era a quarta vítima de um assassino em série. A cidade estava em polvorosa, as pessoas não falavam de outra coisa, todos os moradores fazendo especulações. As mulheres estavam com medo de sair de casa sozinhas e se tornarem a próxima vítima do assassino que estava assombrando a cidade. O delegado Benjamin Baumann estava há dois meses trabalhando no caso, desde o dia em que a primeira vítima fora encontrada. E nenhuma pista sobre o assassino havia sido encontrada. O tal agia sem deixar rastros.Horas antes da notícia de um novo assassinato se espalhar pela cidade, Benjamin esbravejava ao se dirigir para o local em que o corpo havia sido encontrado. — Inferno. Dirigia apertando o volante, seu sangue circulava rápido por seu corpo. O sentimento de impotência o dominava. A todo momento, a lembrança da sua promessa vinha forte. Não poderia falhar. Um maníaco não poderia continuar a ceifar vidas de mulheres indefesas, interrompendo os seus sonhos. O dia m*l havia começado, e já se mostrava difícil. Como ainda era cedo, as ruas estavam pouco movimentadas, o que facilitou que chegasse rapidamente ao local do crime. Um pescador havia encontrado o corpo da quarta vítima e imediatamente acionado a polícia. Benjamin estava terminando o seu café da manhã quando recebeu o chamado para atender o caso. Assim como os outros três corpos, a mulher estava com os braços abertos, pés amarrados, uma rosa em uma mão e, na outra, um pequeno papel com a imagem da Virgem na frente e uma oração no verso. Também havia um ferimento na sua cabeça, mostrando que fora atingida de forma covarde por trás. Assim como as outras, teve o seu coração perfurado por um espeto. A cena era assustadora. Um criminoso religioso? Não fazia sentido. Ou fazia? Quem quer que fosse o autor dos crimes, sabia bem como agir e não deixar vestígios que pudessem revelar sua identidade. Como a expectativa de que não existe crime perfeito, o delegado se agarrava a essa possibilidade. Uma falha, mesmo que mínima, era o suficiente para encontrá-lo. A perícia se encarregou de documentar a cena do crime, filmando e fotografando o local. Enquanto o pessoal da perícia fazia seu trabalho, Benjamin conversou de forma informal com o pescador. O pobre homem estava muito assustado, nunca imaginou encontrar o que viu. Sentiu como se estivesse em um filme de terror. — O senhor é o pescador que encontrou o corpo? — Sim, eu mesmo — respondeu nervoso. — Meu nome é Benjamin Baumann, sou o delegado que cuidará do caso. Qual é o seu nome? A sua voz era firme, assim como a sua postura. — Joaquim, senhor. — Joaquim, vejo que o senhor está muito nervoso. Tente se acalmar. — Estou tentando, mas não estou conseguindo. Se soubesse que encontraria uma mulher morta, não teria saído para pescar hoje. — Conte-me como a encontrou e por que estava passando por aqui neste horário. Não era um depoimento formal, mas, no calor do momento, as fortes emoções poderiam ajudá-lo a falar com uma maior riqueza de detalhes. — Gosto de pescar. Sempre venho até o rio para pescar, moro aqui perto. Hoje acordei animado, juntei as minhas coisas, peguei a minha bicicleta e vim. — Sempre vem sozinho? — Não, o meu amigo Pedro costuma vir também. Hoje ele não veio porque resolvi de última hora. — O senhor mora onde? — No final do bairro Solar — apontou em direção ao bairro Solar. Benjamin pediu que, após terminarem a conversa, anotassem o endereço do senhor e o número do seu telefone. — Ali na frente tem uma pequena estrada que leva ao rio, lá é bom para pescar. Estava indo para lá quando vi a mulher.O senhor puxou o ar com força. — Fiquei muito assustado e com medo. Vi o sangue no seu peito. O assassino poderia estar por perto e me matar também. — E o que fez a seguir? — Voltei o mais rápido que consegui para a pista. Não consegui nem pedalar. Deixei a bicicleta ali — apontou para a bicicleta caída a alguns metros da vítima. O susto o impediu de se equilibrar. — Aí liguei para a polícia. Benjamin pediu que ele mostrasse o lugar no qual ia pescar, queria conferir a versão da estrada. Comprovou que o senhor não mentia. Após terminar no local, seguiu para a delegacia. Continuaria trabalhando no quebra-cabeça que era aquela série de assassinatos. A operação tinha sido nomeada "Rosas da Morte", por causa das rosas encontradas nas mãos das vítimas. O assassino tinha recebido o apelido de "Anjo da Morte", por causa das imagens com a oração que deixava em uma das mãos das suas vítimas. Com os documentos sobre os outros três casos sobre a mesa, Benjamin viu seu trabalho ser interrompido com a chegada de Giancarlo, um político corrupto que ele abominava. O seu dia, que já estava r**m, conseguiu ficar ainda pior.
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