✔ 6. Perfil das vítimas

1163 Words
✔ 6. Perfil das vítimas: Com o caso do sequestro resolvido, Benjamin poderia focar na investigação dos assassinatos. Assim como começar a investigar sobre o tráfico de mulheres. O relatório sobre o quarto assassinato havia ficado pronto. Era o momento de começar a fazer a sua análise. As quatro mulheres, foram assassinadas da mesma forma, com um espeto no coração. Todas estavam com os pés amarrados e com os braços abertos, como se estivessem sido crucificadas. Uma rosa vermelha ou branca em uma das mãos, e um pequeno papel, com a imagem da Virgem, no verso contendo uma oração. As quatro vítimas mulheres, com idades entre dezenove e vinte e quatro anos. Mulheres jovens, que tinham em comum estudar na Global Universidade. Era preciso encontrar alguma ligação entre elas. ... Existe uma divergência de quantos assassinatos precisam ser cometidos, para uma pessoa ser considerada um serial killer, muitos dizem dois casos, outros quatro. Mas Benjamin já denomina o assassino, como um serial killer. Agora ele precisa descobrir qual a motivação dos crimes. Acompanhado do investigador Samuel, está na sua sala analisando os relatórios. _ Com base nos relatórios, sabemos que neste momento, uma mulher da Global Universidade, pode estar sendo escolhida como a quinta vítima. _ Muito animadora sua observação Samuel. Disse Benjamin frustrado ao amigo. _ Nós não temos nem um suspeito, ao mesmo tempo, em que uma quinta vítima pode estar a ser escolhida ou até mesmo... Samuel preferiu não completar a frase. Nos relatórios eles não conseguiram encontrar nada que pudesse levar a um suspeito, além do ponto de partida, a universidade Global, em que todas as quatro mulheres estudavam. Antes do quarto corpo ser encontrado, já analisavam os frequentadores da universidade. Estudar na Global Universidade, era a única coisa em comum entre elas até o momento. _ Precisamos traçar um perfil das vítimas. O delegado buscava algo em comum entre elas, uma vez que a semelhança física estava descartada. Samuel pegou o primeiro relatório. _ A primeira vítima, Mariana, vinte anos olhos castanhos, loira, estudante de enfermagem, frequentava o curso extra de inglês da universidade, morava com os pais, solteira. _ Próxima. _ Carla, vinte e dois anos, olhos verdes, cabelos pretos, aluna do curso de odontologia, morava com o pai, a madrasta e os irmãos, solteira. _ A outra. _ Fabiana, dezenove anos, olhos castanhos, cabelos também castanhos, cursava nutrição, frequentava o curso de inglês da universidade, morava com os pais e os irmãos, solteira. _ A última. _ O nome dela é Karina, vinte e quatro anos, olhos castanhos, cabelo com luzes, cursava faculdade de medicina e frequentava o curso de inglês da universidade, morava com os pais, também solteira. Benjamin fez algumas anotações no seu caderno. Para não deixar nem um ponto importante sobre as investigações que fazia, esquecido, sempre fazia anotações. Pegou as quatro fotos das mulheres, que estavam nos relatórios, colocando uma do lado da outra. Todas elas muito bonitas, sem semelhanças físicas. Além de estudarem na mesma universidade, o segundo ponto em comum, todas solteiras. Ao analisar as fotos Benjamin, notou que as quatro possuíam cabelos longos. A primeira semelhança na aparência delas. Estavam começando a traçar o perfil das vítimas, o maníaco em questão, escolhia as vítimas de cabelos longos. Samuel observou que todas eram da área de saúde. _ Elas não estudam o mesmo curso, mas são dá área da saúde. Podemos dar uma atenção especial aos cursos de saúde da Global. Benjamin continuava a olhar suas anotações. Samuel continuou. _ Também no curso de inglês. Benjamin continuava calado, tentando juntar as peças do quebra cabeça. _ Elas estudavam cursos da área da saúde, o curso de inglês é a ligação que todas possuem. Então Samuel concluiu. _ Solteira, cabelos longos e estudantes de inglês. O perfil das vítimas estava traçado. Agora precisavam descobrir como elas caíram nas mãos do serial. As vítimas foram encontradas em lugares diferentes, em dois bairros afastados. O que levava os amigos a suspeitarem que poderia ter outras vítimas, que ainda não haviam sido encontradas. Os dois discutiam o caso, quando Carolina bateu na porta. _ Pode entrar. Benjamin autorizou. _ Tomei a liberdade em trazer um café para vocês, estão há muito tempo trancados nesta sala. Carolina estava há seis meses, fazendo estágio na delegacia. Cursava o último ano do seu curso. Agradeceram, estavam tão envolvidos no caso, que não se deram conta das horas. _ Como está o curso Carol? Samuel perguntou a jovem de forma gentil. _ Estou indo bem. Agradeço a Deus por já estar terminando, essa fase final é mais complicada. _ Mas, você vai tirar de letra. _ Estou quase trancando, estou com medo de frequentar as aulas, todas as quatro vítimas do Anjo da morte, estudavam na Global. Estou com medo. Benjamin bufou. Carol tinha razão para temer ser a próxima vítima. Algo nos relatórios precisava levar ao assassino. Fizeram uma pausa no trabalho, um café ajudava a repor as energias. Mas antes que pudessem voltar ao trabalho uma algazarra chamou atenção. Uma senhora entrou na delegacia gritando. A tinha encontrado o seu companheiro tentando abusar da sua filha. Precisaram a acalmar. Benjamin e Samuel precisaram interromper a análise dos relatórios. Samuel já tinha cumprido o seu horário, Benjamin, tinha que ir até a casa do suspeito do abuso e o conduzir a delegacia. Com certeza o seu nível de estresse chegaria, as alturas. Nunca era fácil lidar com casos de abusos, mas era ainda pior lidar com os casos de abuso infantil. Não era possível entender como alguém conseguia sentir atração por crianças, muito menos prazer em abusar delas. Benjamin era o tipo de homem que preferia que as mulheres que saía, não fizesse uma depilação completa. Preferia aquelas que deixam um pequeno filete de pelos. Ele tinha até dado um nome para esse estilo de depilação, caminho da felicidade. ... Após um logo e exaustivo dia de trabalho, Benjamin precisava relaxa. E para ele nada melhor que terminar sua noite nos braços de alguma mulher. Sexo por prazer, sem cobranças. Para encontrar o que estava precisando, nada melhor que o clube Mask, um local frequentado por pessoas que desejavam apenas curtir o momento sem se apegar. Na chegada do clube ficava uma recepcionista, responsável por entregar as pulseiras. As pulseiras de cores diferentes, indicavam o que cada frequentador desejava naquela noite. Benjamin escolheria a pulseira verde bandeira, que indicava que ele estava disponível para sexo sem compromisso. O clube também permitia os seus frequentadores, a discrição de não precisarem mostrar os rostos. Junto, com a escolha da cor da pulseira, era disponibilizada uma máscara, que cobria praticamente o rosto todo, ficando apenas os olhos e a boca de fora. O dono do clube pensou em tudo, as máscaras foram confeccionadas, de modo a não atrapalhar o beijo. No Mask, não era permitido ficar sem a pulseira, a máscara era opcional. Quem escolhia usar máscaras, era respeito, ninguém pedia para retira-la. A noite de Benjamin Baumann, seria animada.
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