✔ 24. Sozinha com o delegado:
✔ 24.1. O pedido de Aurélia:
Benjamin estava disposto a levar Aurélia para uma casa de proteção no outro dia, não era correto a manter em seu apartamento. A situação era complexa.
Diante de tudo o que estava acontecendo ele entendia o medo de Aurélia, ele também sentia o mesmo medo. Um arma de uso exclusivo da polícia foi usada por um criminoso, não se sabia ainda se era alguém da corporação, alguém aposentado, se a arma foi roubada de algum agente.
O lugar mais seguro para ela no momento de fato era o seu apartamento.
_ Estou com medo e sabendo que a arma usada em um dos crimes é de uso exclusivo da polícia, não conseguirei ficar tranquila em uma casa de proteção. Por favor, me deixe ficar aqui, prometo não incomodar ou arrume outro lugar em que possa ficar.
Que outro lugar Aurélia poderia ficar?
Como a levar para a casa de proteção depois do seu pedido?
A corrupção policial era um caso sério, muitos usavam da profissão para cometer abusos, ter vantagens, outros para ter ganhos financeiros.
_ Não se importa em ficar aqui, até que o assassino seja preso?
_ Não.
Respondeu sem exitar, com voz firme.
_ Estou com muito medo, não quero morrer. Confio em você, sei que aqui estarei segura aqui.
Ela conhecia a fama do delegado Benjamin Baumman, e após começar a investigação Rosas da Morte, passando a estar frequentemente na Universidade Global, passou a ouvir muitos elogios direcionados a ele.
_ Certo. Amanhã iria fazer o pedido para que pudesse ficar em uma casa de proteção, mas se prefere ficar aqui, não vejo problemas. Cuidarei para que nada r**m aconteça a você. Estará protegida aqui.
Ela sorriu em agradecimento.
Ele a protegeria do Anjo da Morte, "mas não a protegeria de si próprio."
_ Irei mostrar a você o apartamento.
A avó de Aurélia enquanto ela arrumava suas coisas, arrumou o jantar para eles. Com cuidado organizou em recipientes apropriados para viagem, arroz, bifes e tomate.
Como uma boa avó, também mandou uma garrafa com suco de laranja.
Uma refeição simples e saborosa.
Aurélia ainda segurava o jantar.
_ Venha, vamos começar pela cozinha, assim você pode guardar o jantar que sua avó preparou e colocar o suco na geladeira.
O apartamento era espaçoso, bem arejado, da sala era possível ver boa parte da cozinha, que possuía uma bancada em mármore fazendo divisão com a sala. A sala era dividida em sala e sala de jantar, na parte destinada a sala ficava um sofá grande, duas poltronas, uma pequena mesa de centro, encostado em uma das parede um movel de cor mel, e por cima deste móvel, presa na parede uma enorme televisão. Na outra parte uma mesa com quatro cadeiras, também tinha outro móvel com um enorme espelho por cima na parede ao lado da porta de entrada do apartamento. A outra porta ficava na lavanderia.
Benjamin mostrou tudo a ela, a lavanderia, a cozinha, os quartos, os banheiros e o lavabo.
O apartamento tinha dois quartos com suíte, Aurélia poderia ficar no outro quarto, se não fosse por um detalhe.
Um problema havia surgido.
Ela até poderia ficar no outro quarto se o mesmo estivesse mobiliado.
Por morar sozinho e nunca receber visitas, Benjamin não se preocupou em comprar móveis para o quarto. Também não tinha nenhum colchonete no apartamento.
Quando percebeu o problema, sentiu vontade de se estapiar, quando levou sua avó para o ajudar comprar os móveis, deixou os móveis do quarto de hóspedes para depois. Em três anos morando sozinho, sempre postergava a compra.
O que foi um erro.
Como um bom cavalheiro não a deixaria dormir no sofá, também não poderia propor a ela dividirem a cama do seu quarto.
Sofreria passando a noite no sofá.
Precisava comprar uma cama o mais rápido possível.
✔24.2. Opressora e dominadora:
Enquanto, Aurélia, estava se ambientando com o apartamento do delegado, Luíza, falava sem parar, reclamando com o esposo por ele ter permitido Aurélia ir com o delegado.
Benjamin durante o tempo que permaneceu na casa da família Castro, observou como Luíza era opressora, dominadora com a filha. Por tal comportamento, temendo que a mulher fosse atrás da filha, optou por não revelar para onde a levaria, alegou ser por motivos de segurança.
Não é preciso dizer que Luíza ficou furiosa, o marido a repreendeu, até mesmo a sogra precisou chamar a sua atenção. Não era possível imaginar o quão louca e descompessada, ficaria quando soubesse que a filha estava sozinha com o delegado no apartamento dele.