✔ 33. As férias de Benjamin:
✔ 33.1 As sete iludidas:
Era tarde, Benjamin e Aurélia rolavam na cama sem conseguir dormir. Um longa noite para os dois que não conseguiam dormir.
Aurélia, sonhando acordada, rolou pela cama lembrando-se do beijo, do toque, de Benjamin, em como o beijar foi bom. Deseja outros beijos.
Com Benjamin não foi muito diferente, passou grande parte da noite em claro, pensando nos últimos acontecimentos, proteger Aurélia lhe oferecendo moradia, a ensinando a beijar. Para ele, não a ensinou beijar, por acreditar que todos nascem sabendo, apenas é preciso despertar o conhecimento adormecido. Também pensava nos dias de férias, há muito tempo não tirava uns dias para descansar, passar um tempo no interior, ao lado da avó, do pai. O pouco que dormiu naquela noite sonhou com Aurélia, acordou com o corpo ardendo em desejo.
Quando chegou a delegacia fez a solicitação das suas férias, passaria trinta dias afastado, tempo suficiente para preparar a sua protegida para o seu plano.
No caso da operação do tráfico de mulheres do bloco hepta, um plano havia sido elaborado, usariam uma mulher que era preparada para enfrentar a situação. Escolheram uma mulher de Varatazo, um dos países do bloco o príncipe Ravi estava colaborando, com as investigações, Ravi foi apresentado ao delegado por rei Thomas.
Por serem mulheres vindas do bloco repta estarem a acreditar numa ilusão, a operação foi denominada de "As sete iludidas".
A Escolha de uma mulher de Varatazo, foi uma sugestão de Thomas, ele era amigo de Ravi, o futuro rei do país.
✔ 33.2 Na delegacia:
As investigações eram conduzidas com o máximo de discrição, Benjamin e Samuel, tomavam muito cuidado para informações não vazarem. Tudo estava sendo muito bem planejado.
Quando a ideia de usar uma mulher infiltrada na organização surgiu, Benjamin, pensou na possibilidade de fazer o mesmo com Aurélia, a usar como isca, não de a preparar.
_ Está acontecendo algo?
Perguntou Samuel, notando que Benjamin, estava um pouco disperso.
Benjamin ergueu as sobrancelhas esperando que o investigador explicasse o porquê de achar que algo estava diferente.
_ Você esta diferente, diria que até mesmo distraído.
_ Decidi que irei tirar férias no próximo mês.
A informação deixou Samuel surpreso, era a primeira vez que ouvia o amigo falar em férias. Não estava acreditando, olhou para Benjamin como se o visse com três cabeças, tamanha era a incredulidade.
_ Férias?
Benjamin ajeitou-se na cadeira olhando para Samuel, que demonstrava não estar acreditando no que ouviu.
_ Tem certeza?
_ Samuel, você esta se comportando como um i****a. Se estou dizendo que irei tirar férias, é porque irei.
_ Cara, é a primeira vez que o vejo falar em férias...
Benjamin o interrompeu.
_ Tudo na vida tem uma primeira vez.
Nós próximos minutos ele explicou a Samuel o que o motivou a solicitar os seus dias de descanso.
_ É difícil de acreditar que após anos irá sair de férias devido à sua protegida.
_ É difícil lidar com um i****a como você, Samuel. Tenho a sensação que não ouviu uma única palavra do que disse.
Benjamin estava irritado.
_ Irei tirar os meus dias de descanso para preparar Aurélia para ser isca, assim como faremos na operação As sete iludidas. Não posso a colocar para atrair o tal Anjo, sem preparo algum. Sabe bem disso.
_ Entendo perfeitamente, fato que não impede que fique admirado com a situação, você a levou para o seu apartamento, irá a ensinar defesa pessoal, trinta dias afastado das suas funções de delegado, como se não fosse o bastante, também irá para o Vale dos Lírios.
Apontou os motivos que o fizera estranhar a situação.
_ Preciso de um lugar tranquilo para a ensinar sem chamar atenção, o Vale é perfeito.
_ Concordo, mas nunca o vi fazendo algo parecido. Férias, ser professor, uma protegida no seu apartamento, agora a levará para a casa da sua avó. Peço desculpas, mas toda essa situação é demais para a minha pessoa, não pensar que tem algo a mais por trás.
Benjamin soube exatamente aonde Samuel desejava chegar, suspirou, passou a mão nos cabelos, conhecia o companheiro de trabalho e amigo, não lhe daria paz enquanto não falasse o que desejava ouvir.
Samuel era um bom investigador, quando desejava descobrir algo, não parava, revirava tudo, nada passava despercebido, poderia demorar, mas sempre conseguia descobrir o que desejava. Ser investigador era a profissão perfeita para Samuel.
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Não adiantava fugir, Samuel era perspicaz, somente dava voltas para Benjamin se abrir por livre espontânea vontade, sem que o pressionasse.
Quem não gostaria nada de saber que Aurélia sairia da cidade era a sua mãe, Benjamin precisaria usar de todo o seu autocontrole para não falar algumas verdades com Luíza.