Prólogo

542 Words
Mia Wanell Meu corpo estava sensível. Senti sua barba ralar no meu pescoço, e sua respiração quente me deixou ainda mais excitada. Suas enormes mãos se prenderam na minha cintura e eu quase caí dura quando ele me forçou a olhar para os casais do outro lado do vidro. — O que está fazendo, Aaron? — Sussurrei, ofegante. O nervosismo se transformou em desejo assim que senti algo estranho na sua calça, que roçava na minha b***a. — Isso é errado — complementei. Apesar de querer ir embora, eu não conseguia ir, tanto por não ter forças, quanto por sentir o desejo crescer dentro do meu ventre. — Eu sempre quis sentir a sua pele — ele falou, ignorando tudo que eu disse, e beijou o meu pescoço. Eu podia notar que, a qualquer momento, perderia o juízo. — O perfume que tanto gosto... E seu corpo pequeno se encaixando no meu... Mordi os lábios para abafar o gemido que teria saído assim que seus dedos roçaram no tecido que cobria os meus s***s. — Você é meu chefe — argumentei. — Aqui eu não sou. — Continuou a me provocar com sua boca e mãos. — Eu queria poder esperar, mandar flores e a cortejar, mas não sou esse tipo de homem. Meu desejo é jogar tudo para o ar e fazer o que bem entender, sem ao menos ouvir da sua boca que aceita o nosso acordo. Meu corpo i****a obedecia aos seus comandos. Girei-me para o olhar nos olhos. Sim, ele veria o quanto eu desejava aquilo e o quanto queria ser dele. E isso me amedrontava. — Apenas diga “sim”. — Eu não posso. — Dizer essa palavra me custaria um grande esforço. — Você pode. Eu prometo que não se arrependerá. Eu argumentaria mais se ele não tivesse me beijado. Aaron tomou minha boca como sua propriedade e suas mãos apertaram as minhas coxas, trazendo o meu corpo para mais perto do dele. Estávamos colados, ofegantes e, no momento, eu só pensava em aproveitar isso. Meus dedos sentiram a maciez dos seus cabelos escuros, que me deixava mais rendida. Meu peito só faltou explodir quando senti seus dedos grossos adentrarem a minha saia pouco a pouco, indo em direção ao ponto mais quente do meu corpo. Desejei que ele continuasse, mas antes de mais nada, senti a necessidade de pará-lo. — Não, eu... não posso. Isso é errado. Nunca ninguém tocou em mim desse jeito — as palavras saíram da minha boca quase que desesperadamente. — O que disse? — Ele se afastou, olhando-me com o cenho franzido. Aos poucos, minha respiração diminuiu. Senti o frio e minha cabeça voltar ao lugar. Olhei para o meu chefe, que ainda esperava por uma resposta, e notei meu rosto arder. Não tinha para onde eu ir, e não queria me constranger. Pensei comigo mesma que se eu dissesse a verdade, talvez tudo isso acabaria e que ele perderia o interesse em mim, por mais vergonhoso que fosse confessar algo assim para o próprio chefe. — Não sou como pensa. Eu nunca... fiquei com um homem. Nunca passei dos beijos. Então, pare de me importunar — falei, usando a mínima raiva por estar revelando isso a ele.
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