Mia Wanell
Meu corpo estava sensível. Senti sua barba ralar no meu pescoço, e sua respiração quente me deixou ainda mais excitada. Suas enormes mãos se prenderam na minha cintura e eu quase caí dura quando ele me forçou a olhar para os casais do outro lado do vidro.
— O que está fazendo, Aaron? — Sussurrei, ofegante.
O nervosismo se transformou em desejo assim que senti algo estranho na sua calça, que roçava na minha b***a.
— Isso é errado — complementei.
Apesar de querer ir embora, eu não conseguia ir, tanto por não ter forças, quanto por sentir o desejo crescer dentro do meu ventre.
— Eu sempre quis sentir a sua pele — ele falou, ignorando tudo que eu disse, e beijou o meu pescoço.
Eu podia notar que, a qualquer momento, perderia o juízo.
— O perfume que tanto gosto... E seu corpo pequeno se encaixando no meu...
Mordi os lábios para abafar o gemido que teria saído assim que seus dedos roçaram no tecido que cobria os meus s***s.
— Você é meu chefe — argumentei.
— Aqui eu não sou. — Continuou a me provocar com sua boca e mãos. — Eu queria poder esperar, mandar flores e a cortejar, mas não sou esse tipo de homem. Meu desejo é jogar tudo para o ar e fazer o que bem entender, sem ao menos ouvir da sua boca que aceita o nosso acordo.
Meu corpo i****a obedecia aos seus comandos. Girei-me para o olhar nos olhos. Sim, ele veria o quanto eu desejava aquilo e o quanto queria ser dele. E isso me amedrontava.
— Apenas diga “sim”.
— Eu não posso. — Dizer essa palavra me custaria um grande esforço.
— Você pode. Eu prometo que não se arrependerá.
Eu argumentaria mais se ele não tivesse me beijado. Aaron tomou minha boca como sua propriedade e suas mãos apertaram as minhas coxas, trazendo o meu corpo para mais perto do dele. Estávamos colados, ofegantes e, no momento, eu só pensava em aproveitar isso. Meus dedos sentiram a maciez dos seus cabelos escuros, que me deixava mais rendida.
Meu peito só faltou explodir quando senti seus dedos grossos adentrarem a minha saia pouco a pouco, indo em direção ao ponto mais quente do meu corpo. Desejei que ele continuasse, mas antes de mais nada, senti a necessidade de pará-lo.
— Não, eu... não posso. Isso é errado. Nunca ninguém tocou em mim desse jeito — as palavras saíram da minha boca quase que desesperadamente.
— O que disse? — Ele se afastou, olhando-me com o cenho franzido.
Aos poucos, minha respiração diminuiu. Senti o frio e minha cabeça voltar ao lugar. Olhei para o meu chefe, que ainda esperava por uma resposta, e notei meu rosto arder. Não tinha para onde eu ir, e não queria me constranger.
Pensei comigo mesma que se eu dissesse a verdade, talvez tudo isso acabaria e que ele perderia o interesse em mim, por mais vergonhoso que fosse confessar algo assim para o próprio chefe.
— Não sou como pensa. Eu nunca... fiquei com um homem. Nunca passei dos beijos. Então, pare de me importunar — falei, usando a mínima raiva por estar revelando isso a ele.