Capítulo 17: Eu quero que me perdoe pois, também errei.

1149 Words
O carro parou na frente de um restaurante que nunca tinham ido antes. Joshua olhou de lado para a sua esposa e sorriu. Ainda parecia estar pisando em ovos, mas estava mais relaxado. Ainda estava com raiva pelo que Aysha havia feito, mas não deixaria ninguém atrapalhar aquele momento, pelo menos não dessa vez. Segurou na mão da esposa que repousava sobre a coxa e Carly o olhou assim que ajeitava o cabelo atrás da orelha com a outra mão. - Sei que nunca viemos aqui, mas queria que conhecêssemos outro lugar e soube através de alguns colegas que é um ótimo lugar. Vamos lá? – Pergunta esperançoso. Carly sorri e consente com a cabeça. Joshua beija o dorso da sua mão e hesitante, a solta. Os dois saem do carro ao mesmo tempo e fecham as portas simultaneamente. Ele aciona o alarme rodeando para o lado da sua esposa. Estende a sua mão, tendo o agarre da mão macia da sua amada. Ambos sorriem e seguem até o restaurante. Um lugar aparentemente acolhedor pela fachada. Em tons de preto, com as letras em led branco, “Mamma Mia,” era o nome que piscava enquanto se aproximavam. Cada vez mais que chegavam a porta de vidro, mais encantada Carly ficava com o que via. Algumas flores num pequeno canteiro acoplado as paredes com pequenos abajures iluminando a parede. Entraram no ambiente que por dentro era ainda mais acolhedor. Mesas de madeira preta com cadeiras acolchoadas em quadriculado vermelho e branco espalhadas pelo local. Alguns casais já se encontravam no seu interior e Carly se sentiu bem naquele espaço. Desde o momento em que os sinos tocaram ao abrirem a porta e passarem por ela, somente o metrie quem os abordou. Ninguém olhou para eles enquanto seguiam até uma mesa reservada. Joshua sabia bem o quanto a sua esposa se incomodava em ser o centro das atenções e por isso, achou propício virem a um restaurante não familiarizado por eles. Assim que sentaram, Joshua pediu a carta de vinhos e enquanto escolhiam, o garçom já estava apostos para atende-los. Pediu um vinho argentino que sabia que combinaria com qualquer prato que escolhessem. Assim que o garçom saiu para pegar a bebida que Joshua pediu, o mesmo segurou a mão da esposa por cima da mesa e suspirou. Os olhos intensos de Carly estavam brilhantes como a primeira vez que a viu. Sorriu ao lembrar do dia em que a conheceu. Intrigada, Carly o indaga. - Porque está rindo Joshua? - Lembrei do dia em que nos conhecemos. – Com o polegar acaricia o dorso da sua mão. Carly cora e sorri lembrando também desse dia. - Aquele dia foi terrível para mim. Estávamos esperando um ônibus e como chovia muito, havia uma enorme poça d’água. Rindo, Joshua completa. - E um babaca de carro nos molhou. Foi o dia mais feliz da minha vida, quando te conheci. Porque nos olhamos mesmo ensopados e rimos ao invés de xingar. - É verdade. Depois daquele dia tudo mudou... Joshua assente melancólico. - Tudo mudou e estamos ainda juntos só que casados agora. – Puxando um pouco a sua mão, ele beija os nós dos seus dedos com o corpo de Carly um pouco inclinado sobre a mesa. O garçom chega com as bebidas e Carly solta a sua mão de Joshua. Assim que o garçom pega novamente a comanda para anotar os pedidos, ambos já sabiam bem o que queriam naquele momento. Pediram Escalope ao molho champignon com batatas saltê no azeite de ostras e de sobremesa uma fatia de torta de pêssego com sorvete de creme. Carly estava nervosa e olhava pela janela para não ter que encarar Joshua. O mesmo se dava ao marido que não sabia por onde começar, até que novamente segurou a sua mão a fazendo olha-lo profundamente. Ele suspira. - Carly, eu queria que me perdoasse por ontem meu amor. Quis te agradar e apenas por um m*l entendido acabamos até dormindo separados. Me perdoe. Ela sorri e assente. - Eu te perdoo se me perdoar. Eu também errei, não deveria ter brincado sabendo que você não será capaz de me trair. Me desculpe também. Ao ouvir aquelas palavras, Joshua engoliu em seco e sorriu sem graça, mas logo disfarçou, viu a inocência e confiança da sua esposa sobre ele e, se sentiu sujo por tudo o que já fez. Soltou um beijo para a esposa como costumava fazer quando estavam namorando e a mesma sorriu corada. - Não há o que perdoar meu amor. Eu que fui um ogro com você. Bem, agora vamos degustar nosso vinho enquanto os pratos não chegam. Ela sorri consentindo com a cabeça. Assim que tilintam e bebem um gole do vinho, o celular de Joshua toca sobre a mesa. Carly o observa enquanto o marido olha no visor e fica sério virando o visor para baixo sobre a mesa. Até que a ligação se cessa. Não dando tempo de perguntar quem era, o celular toca de novo e Joshua fica irritado sabendo quem era. Enfim, ele bloqueia a ligação. - Não vai atender querido? – Pergunta com a sobrancelha arqueada balançando a sua taça de um lado a outro movimentando o vinho que há dentro. - É do trabalho, mas não vou atender. Amanhã resolvo isso. – Dando de ombros, bebe mais um gole da sua bebida. - Mas pode ser importante amor. Pode atender se quiser caso ligue de novo. - Nada é mais importante que você agora amor. Já passou da hora do meu expediente. Amanhã eu resolvo não se preocupe. – Sorri. Uma notificação apita. É uma mensagem que Joshua acabava de receber. Mesmo contrariado e relutante, virou o celular para ler sob os olhos atentos da esposa. Colocou embaixo da mesa sob o seu colo e abriu a mensagem o fazendo empalidecer. - Vejo que está saboreando um belo jantar. Te espero amanhã para conversarmos senão, conto para ela sobre o que tivemos lhe garantindo que ainda temos um caso. Vendo a expressão do marido, Carly o indaga preocupada. - Está tudo bem amor? Joshua balança a cabeça e elevando a sua cabeça, pega a taça de vinho virando todo o líquido de uma vez só deixando a esposa ainda mais apreensiva. - Está tudo bem. Só tive um pouco de sede. – Força um sorriso. Antes que ela o questionasse já que ficou desconfiada de que algo não estava bem, o garçom aparece com os pedidos e começam a jantar. Por mais que estivesse intrigada, Carly acabou deixando para lá e continuaram a conversar amenidades se esquecendo do que estava acontecendo. Do outro lado da rua, alguém os observava segurando o volante do seu carro com força e um olhar sombrio. “Não importa como, mas você vai voltar para mim.” – Pensa dando a partida no seu carro e saindo. Continua...
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