Capítulo 33: POV. Aysha

1198 Words
Eu sempre busquei na minha vida alguém que me amasse e que me desse todo o amor que não tive dos meus pais, principalmente do meu progenitor. Sempre fui aquela filha que todos poderiam se orgulhar. Mas sempre para o meu pai eu não passava de uma volúvel e que ele tinha direitos sobre mim. Direitos esses, que nunca percebi até o dia em que fiz 13 anos quando o peguei me olhando tomar banho por uma fresta no banheiro. Nesse dia em que ouvi um gemido rouco e abafado vindo dessa fresta eu gritei ao ver que havia um olho naquele pequeno espaço. Claro que não sabia que era o meu próprio pai quem estava ali, mas tive a certeza porque, na hora eu peguei uma escovinha de lavar vaso sanitário e pia, que acabei enfiando na fresta o cabo socando o seu olho. Ao primeiro momento com o grito por ter levado uma pancada no olho esquerdo, não acreditei que seria ele, até confirmar o seu olho inchado e roxo. Desde então, vivia fugindo dele e quando fiz 16 anos, minha mãe faleceu de um câncer e foi aí que a minha vida se transformou. Estava voltando da escola quando meu pai me abordou na sala. Ele sempre foi um homem bonito, cabelos grisalhos, porte atlético, boca carnuda e olhos de cor âmbar. O típico homem que enche os olhos de qualquer mulher até o meu, mesmo sendo o meu pai. Desde que a minha mãe adoeceu, ele ia com frequência ao meu quarto e algumas vezes o vi se masturbar sentado na minha cama. Claro que ele nunca percebeu que eu estava vendo e de algum modo aquilo começou a me excitar. Quando ele terminava de se tocar e jorrar todo o seu líquido branco e viscoso, ele dava um beijo na minha boca e dizia que eu não iria dar pra ninguém antes dele. Que ele iria comer a minha florzinha na hora certa e que ele ia ser o primeiro e faria de tudo para ser o único. O seu hálito quente e com cheiro de menta tocava a minha boca e eu sentia uma vontade de agarra-lo. Mas não tinha coragem e sempre vinha na mente que aquilo era errado, mas o desejo estava gritando mais alto. Sua língua lambia meus lábios e uma leve mordida ele dava e depois saía. Assim que não sentia mais a sua presença, eu me tocava e era bom demais que parecia que ele estava ali me possuindo. Quando minha mãe faleceu, haviam dois meses da sua partida e então, o que ele queria fazer, aconteceu. Flashback ON - Já voltou minha filhinha. Hoje, papai quer fazer uma coisa gostosa com você. Seu olhar tinha um brilho malicioso que me deixou com a calcinha encharcada. Então, fiz o papel perfeito de quem não estava entendendo nada. - E o que o senhor vai fazer papai? Uma mordida nos lábios ele deu e me puxou para junto ao seu corpo. Aquilo me excitou e meus s***s ficaram logo ouriçados. Flashback OFF A partir daquele dia, eu me tornei a sua mulher e acabei engravidando do nosso primeiro filho. Sim, meu filho com o meu próprio pai. Quando descobrimos a gravidez, ele me trancou em casa. Como eu era muito jovem, não tinha namorado, ninguém podia saber e ao fazer isso, alegava ser para o meu bem e minha proteção, já que se a vizinhança soubesse, me tiraria dele e por mais que aquilo tudo fosse doentio, meu pai era a única família que tinha próxima a mim. Então, dois meses depois estávamos morando em outra cidade para que pelo menos eu tivesse acompanhamento médico. Era um menino que infelizmente morreu ao nascer. Passei meses deprimida até que consegui passar numa prova para a faculdade onde me arrancou um misto de felicidade e tristeza já que era em outra cidade e iríamos nos separar. Foi aí que meu pai se transformou... Flashback ON - Aysha, eu já falei pra você que você não vai! Você vai ficar aqui comigo. Tem várias universidades por aqui que você pode fazer aqui e não precisa ir para longe. - Eu sei. Porque você não vem comigo, vamos morar em outra cidade e ninguém precisa se meter na nossa vida lá. - Não Aysha. Nós não vamos e você vai ficar aqui! - Olha só, eu não vou ficar aqui nessa cidade que nos olham torto desde que voltamos depois da morte do Bernardo. Eu vou sim e você tem que aceitar. Você é somente meu pai. Tomado por uma raiva, ele avançou sobre mim e socou acima da minha cabeça pegando na parede. Eu me assustei. Nunca o tinha visto assim. - Eu não sou seu pai e você sabe bem disso, eu vou te lembrar bem do que somos de verdade minha safada. Por baixo da blusa, sua mão percorreu até o meu seio e apertou. Um gemido escapou dos meus lábios e ele sorriu. Mesmo que eu tentasse, o ciclo vicioso que estávamos, não havia como sair. Flashback OFF Só que naquele dia, além de ter sido praticamente estuprada já que ele me pegou com tanta violência que sangrei, meu pai me deu a primeira surra. Dias passaram e sempre que eu não queria sexo por estar ainda machucada por dentro, ele me batia. Numa dessas surras, eu estava mais uma vez grávida e então, tive uma hemorragia. Eram gêmeos e já estava com 3 meses. Parei no hospital e com isso, já estava com medo do meu pai e não suportava mais aquela situação, que o denunciei. Entrei no programa de proteção a testemunha e o mesmo foi preso. Não durou um mês na cadeia sem ser torturado, abusado e morto como se tivesse tirado a própria vida. Meu nome havia se tornado Ashley e com a morte do meu pai no presídio antes mesmo dele ser julgado, após alguns meses usando esse novo nome, não troquei os meus documentos. Só que eu sempre me apresentei como Aysha o verdadeiro nome que sempre tive. Eu finalmente fui para a faculdade, conheci Joshua e Carly. Me tornei amiga deles e de Joshua muito mais do que isso. Nele eu percebi algo que nunca vi em homem nenhum. Sei que foi errado trair a minha amiga, aquela que sempre me estendeu a mão, mas ele também foi errado por namorar com ela e me cobiçar. Tudo bem, que eu não facilitei em nada para ele, mas se Joshua realmente respeitasse a namorada dele, depois noiva e agora esposa, eu não estava agora tão sedenta por ele. Quando estava na praia com eles, eu vi naquele olhar algo que me fez perceber que Joshua também esconde um passado e eu irei descobrir e de uma coisa eu sei, irei usar ao meu favor. E de um jeito ou de outro, Joshua será meu e sou eu quem tem o poder de dar a palavra final ou não me chamo Aysha! Continua... Coloquei um pouco sobre a Aysha, não para que tenham pena e a achem coitadinha, mas por já terem uma noção do que ela é capaz de fazer em breve!
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