Capítulo 1

1186 Words
Gisele Um dos caras brutos de cavanhaque dá um empurrão na menina da primeira fila, obrigando-a apressar os passos para que a fileira de garotas passasse pelo longo corredor escuro e tenebroso. Andávamos cheias de medo sobre o nosso c***l destino, tínhamos sido capturadas pelos homens perversos, perto da fronteira do México e o grande EUA. Sim chegamos aqui, no país que tanto queríamos, na esperança de virarmos modelos, e tudo acabou se tornando num terrível pesadelo. Caminho junto das outras, olhando de vez em quando para uns dos sequestradores, alguns usavam máscaras, outros não faziam questão de mostrar os seus rostos malvados, então era possível que nós corríamos um sério perigo de morte, igual o que aconteceu com aquela menina... Assim que se viu numa arapuca tentou fugir e sem pestanejar eles meteram bala nela... Foi a pior cena da minha vida. Os traficantes de mulheres não tinham pena, era assim que eu intimamente os titulava, pois ao descobrirmos que a promessa de estrelato no show business dos nossos falsos agentes eram mentiras, eles justificaram parcialmente a nossa captura, seja o que for, envolvia prostituição. Sendo assim bolei um plano i****a, tenho plena consciência disso, mas vou colocá-la em ação, caso eles conseguissem me vender para algum granfino metido a b***a de uma figa... Ah! O canalha vai se arrepender de me comprar. Farei pagar pelo seu crime. O grandalhão empurra novamente a menina, dessa vez consegue jogá-la de cara no chão. Imediatamente corro abandonando o final da fila para enfim ajudá-la. Com dificuldade ela volta a ficar de pé. Os homens ficaram alertas mirando as armas em cima de nós duas, a fila estagnou. - Você está bem? - cochichei em seu ouvido ao senti-la tremendo. - Não, tô morrendo de medo, não quero ser abusada... Aí... Ameaçou a chorar querendo apoiar a cabeça no meu ombro, mas o babaca do armário abulante puxou-a de volta pra recomeçar fazer a fila andar. Retornei ao meu lugar sendo catucada pela ponta do cano frio da arma. Ergui as mãos para cima, fazendo sinal de rendição. A caminhada se encerrou quando entramos num tipo de camarim, e fomos obrigadas a mudar de roupa na frente de pessoas estranhas. Aqui dentro esses homens pareciam querer nos devorar ao trocar nossas roupas íntimas. O fato de ter maquiadoras e cabeleireiras femininas não o inibiam em nada eles nos olharem desse jeito... Tinha um que não parava de mirar os meus s***s. Lhe dei as costas e a menina que ajudei se ofereceu parar amarrar o laço localizado na parte detrás do meu vestido. Nossos olhares com maquiagem forte se encontram pelo espelho redondo à frente. - Não deixarei que me toquem, decidi que vou... - Engoliu em seco, deixando a frase m*l terminada falar por si. - Nunca desista da sua vida, não importa o que aconteça. Sobreviva. - disse firmemente, sabendo onde ela iria chegar com esse tipo de conversa. - Seja o que for, prometa-me que vai preservar a sua vida? Que loucura, eu nem a conhecia para dar conselhos. Mas não precisava conhecê-la para me preocupar. Não sabia nada dela, só queria amenizar a sua dor, porque nós compartilhavamos do mesmo desespero. Uma lágrima solitáriamente rolou pelo seu olho direito, mas rápidamente deu um jeito de limpá-la. - Vamos meninas! Chegou a hora do estrelato! O dono da corgia de bandidos avisou alegremente pela porta. - Puto cretino, por que ele não dá esse r**o nojento para os riquinhos no nosso lugar? - falei baixinho, apenas para que ela ouvisse. Sorri pra ela fazendo-a a rir também... Provavelmente de nervoso, vimos coisas demais hoje. - Qual é o seu nome bebê? - Finalmente perguntei vendo-a enxugar a amarga lágrima do outro olho antes que escorresse, evitando a todo custo borrar a maquiagem. - Monalisa. - respondeu tristonha. Me virei de frente pra ela assim que terminou de me arrumar, - Sou Gisele. - Vamos suas... O carinha porc.o não precisou nem nos xingar. Fomos logo saindo pela porta aberta, teríamos que ser obedientes, pelo menos por enquanto. Andamos atrás do nosso inimigo até um palco largo e com uma enorme cortina vermelha na frente. Ao anunciar sobre as suas "garotas" a cortina foi aberta e os caras armardos obrigaram a gente dançar sensualmente para um bando de velhos barbudos, fumando seus charutos cubanos. Eles empestiaram o local com fumaça. Eu não sabia dançar como certas meninas estavam dançando, sou péssima nisso... Então eu olhava cada uma e tentava imitar... Desajeitadamente. Não tô nem ai pra essa bost.a, seja o que acontecer o velho vai se arrepender de ter nascido, serei o seu inferno na Terra. De repente olho pra frente, mesmo sentindo minhas bochechas queimarem de vergonha... E no final das mesas dos canalhas havia um dentre eles que olhava diretamente na minha direção. Era um homem moreno com olhos acinzentados, na idade de 30 e poucos anos. Assim que inclinou o corpo para frente sem desviar o olhar frio, parei de dançar. Juntando as mãos uma na outra ele chamou baixinho o dono dessa porr.a, em seguida fui puxada por um dos bandidos para perto daquele filho da put,a arrogante. - Essa ruiva é muitíssimo gata, vai adorar ela. Falou o filho da... Meus pensamentos se perderam quando os olhos do moreno miraram dos meus pés, usando um salto altíssimo e foi subindo, analizando cada parte do meu corpo que vestia uma peça minúscula, para o seu prazer, é claro.... Até que seus olhos sérios pararam em meus seio.s. Put.a da vida, cruzei os braços sobre o peit.o, infelizmente fiz eles parecerem maiores. Depois o bacana nada legal, que devia ser um criminoso igual a esses homens fitou descaradamente meu rosto. - p**o um milhão por essa ruiva. Ri alto da sua cara de pa.u, fazendo ele endireitar a postura e o dono dessa espelunca ficar putinh.o. - Antes de fazer a sua negociação pensa bem o que está comprando. - murmurei me aproximando entre suas pernas... Aqueles caras sorriram aprovando minha atitude devassa... Menos ele! Que me encarava com aquele olhar arrogante, e irritantemente penetrante. Abaixei o troco, deixando os meus seio.s na altura certa, mesmo assim seus olhar duro cravou-se somente na minha face. Peguei na sua gravata, alisando o tecido até me achegar mais do seu rosto impassivo, indecifrável... E... vomitei na cara dele. - Que Merdaaaa! Senti uma mão puxando-me com força pra longe do comprador e quando ia levar na cara, o moreno engravatado entra na frente segurando o braço do dono com bastante ódio naqueles olhos cinzentos. - Se tocar na minha mercadoria eu fodo com a sua vida toda! Seu ogro! Você sabe disso, Gael. - Si-Sim Senhor. - disse se afastando da garra do meu improvável defensor. Seu rosto se virou na minha direção, sua expressão era descomunal. Pegou um lenço do seu bolso e limpou seu rosto raivosamente. - Prepare-se. - informou-me sem precisar olhar na minha cara. - Iremos para a sua nova casa. Após anunciar saiu junto dos seus capangas, deixando-me sem palavras. Na próximo capítulo vamos ver a versão de Dom Diego.😉

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