Capítulo 1
Sulamita Narrando
Depois do "presente" que Samira deixou, dobramos ainda mais a segurança de todos, Isaque queria que Sophia fosse ficar com ele, mais Paulo Henrique não deixou, eu entendo os dois e realmente é bem difícil tentar equilibrar a situação entre eles. Parecem duas crianças disputando um doce, no caso a Sophia.
Paulo Henrique - Cheguei!
Sulamita - Como foi no trabalho hoje?
Paulo Henrique - Bem, onde estão as crianças?
Sulamita - Biel acabou de dormir e Sophia está no quarto brincando.
Paulo Henrique - Eu vou tomar um banho, depois precisamos conversar!
Sulamita - Tudo bem.
Ele entra no banheiro, o que será que ele quer conversar, vou confessar Paulo Henrique não é nada fácil, ele tenta mais seu jeito machista sempre que vim mostrar as asinhas, mais eu não dou boi pra ele não, a Sulamita que deixava ele pintar e bordar no primeiro casamento não existe mais, vejo ele saindo do banheiro com a toalha amarrada na cintura. Se seca e coloca uma bermuda.
Sulamita - Estou curiosa!
Paulo Henrique - Olha eu pensei bem, e acho que o melhor a fazer é enviar Sophia para um convento bem longe sem ninguém saber, a Samira não está para brincadeira e não temos nenhuma pista dela!
Ele só pode está louco né?
Sulamita - Que po.rra de convento Paulo Henrique, você bebeu o que?
Paulo Henrique - Ninguém ia imaginar isso! Muito menos a Samira, então Sophia ficaria segura.
Sulamita - Temos o Isaque também, ela podia ir ficar um pouco com ele, eu prefiro com ele do que em um convento.
Paulo Henrique - Não deixa o Isaque lá no canto dele.
Sulamita - A Sophia ama o Isaque e ele também, você não pode se intrometer na relação deles assim e eu também não vou deixar!
Paulo Henrique - Você deveria ter casado com ele então!
Sulamita - É sério isso Paulo Henrique?
Ele percebe que falou merda e passa as mãos no cabelo.
Sulamita - Vou vê as crianças, lembrando que não temos só a Sophia temos o Gabriel também, você vai mandar ele para o convento por acaso? Ou é só seu lado machista falando?
Saio do quarto sem deixar ele responder, Paulo Henrique as vezes me faz perder a paciência, com esse ciúmes ridículo do Isaque. Entro no quarto do Gabriel que está dormindo feito um anjinho ligo a babá eletrônica e vou no quarto da minha pequena que quando me vê abre o sorriso enorme.
Sophia - Mamãe! Vem brincar comigo!
Sulamita - Claro minha princesa.
Sento do seu lado e ficamos brincando de Barbie, até que ela deita no meu colo e dorme. Fico fazendo carinho no seu cabelo, quando percebo que Paulo Henrique está na porta.
Paulo Henrique - Vem dormir, já está tarde.
Não respondo nada e ajeito Sophia na cama, me levanto apago a luz e fecho a porta. Entro no meu quarto e deito na cama.
Paulo Henrique - Vai ficar assim agora comigo?
Sulamita - Toda vez Paulo Henrique, é a mesma coisa você sempre com esse ciúmes bobo do Isaque!
Paulo Henrique - Me desculpa! Eu morro de ciúmes de você, eu não consigo controlar.
Sulamita - Tudo bem vamos dormir.
Paulo Henrique - Me dá um beijinho então.
Dou um selinho nele e deito de costas para ele, que me abraça e quando penso que vou dormir, Gabriel começa a chorar. Me levanto e vou vê meu pequeno.
Sulamita - Mais que escandaloso, vem com a mamãe.
Ele abre um sorriso banguela lindo, pego ele no colo e dou de mamar pra ele na poltrona.
Sulamita - Meu Biel te amo tanto meu pequeno, preciso proteger você e sua irmã.
Ele fica me olhando como se estivesse entendendo tudo, coloco ele para arrotar e logo ele dorme. Volto para o meu quarto e deito caindo em um sono profundo.
Paulo Henrique Narrando
Acordei cedo e vim para a empresa, Sulamita está fria comigo, eu não consigo parar de ter ciúmes do Isaque, ela fala dele com tanto carinho e a Sophia então piorou.
Mateus - Está viajando aí?
Paulo Henrique - Você não tem mão?
Mateus - Claro que tenho, porque?
Paulo Henrique - Para bater na porta!
Mateus - Vixi Sulamita dormiu de calça de jeans?
Paulo Henrique - Tivemos uma pequena discussão.
Mateus - Você contou pra ela?
Paulo Henrique - Não, eu não quero preocupar ela.
Mateus - PO.RRA! Paulo Henrique, se ela descobrir vai ficar muito brava.
Paulo Henrique - Chegou mais alguma coisa?
Mateus - Acabou de chegar.
Não tinha reparado que ele estava com um envelope nas mãos. Ele me entrega e eu abro, olhando tudo atentamente.
Paulo Henrique - Como essa mulher consegue?
Mateus - Eu acho melhor pedir para ajuda para o Santorini e sua mãe.
Paulo Henrique - NÃO! Até você com essa história.
Mateus - Para de ser cabeça dura, agora eu preciso ir tenho algumas reuniões.
Ele sai e eu fico ali, pensando que tudo isso está passando dos limites e eu preciso da um basta o mais rápido possível!