— Vista-se, Sara. — Ele pega um roupão, branco e felpudo, e joga sobre mim. — Nós precisamos conversar. Theo vira de costas e se aproxima da grade do iate. A fúria ferve meu sangue, de uma forma como jamais aconteceu antes. Nunca fui renegada e essa não será a primeira vez! Levanto num impulso, o roupão caindo no chão, e atravesso a curta distância que nos separa. — Você não pode me tratar assim! — falo para as costas de Theo. Ele não move um único músculo. Continua olhando para frente. Meus olhos correm pelos ombros largos, aguardando uma reação, que não acontece. — Theo! — Minha voz é levada pelo vento e se perde nas águas tranquilas. Meu corpo treme mais perceptivelmente agora — numa mistura de frio, nervoso e incredulidade. — Eu estava... estou apaixonado por você — a voz soa tão