Capítulo 2

1030 Words
Eu achei engraçado nem tinha s***s crescendo ainda, por ser magrinha, fiquei super feliz fui logo pra escola vestindo tudo, na hora do recreio eu estava correndo e o sutiã abriu nas costas por estar largo, passei vergonha ficaram rindo de mim zombando, a tia da merenda que arrumou, só de raiva eu não tirei, fui pra casa e não consegui tirar sozinha, não queria que meu tio visse, fiquei o dia todo de blusa de frio, quando o Neto chegou da escola fui correndo lá, estava muito calor ele perguntou surpreso se eu estava doente, disse que ia me chamar pra nadar, envergonhada não falei nada, ele foi nadar, eu fiquei feito boba com vontade só molhando os pés, depois tirei a blusa e entrei na piscina de shorts e camiseta, fiquei me escondendo em baixo da água, quando ele viu o sutiã começou rir zombando, sai correndo com vergonha e muita raiva, fui no banheiro pegar uma toalha pra ir embora logo, ele foi na porta do banheiro se desculpar, falou bem de boa, que só riu porque não sabia que eu já tinha p****s, mais que ele sempre soube que eu era uma menina, que toda menina tinha p****s um dia e era normal, disse que não ia ficar tirando sarro de mim por causa daquilo, chorando falei com a porta trancada, que não tinha p****s ainda e que queria tirar aquela porcaria, mais que não estava conseguindo, ele falou que podia tirar, na inocência de criança, abri a porta sai pra fora, ele levantou a camiseta um pouco, sutilmente soltou o fechinho, falou que era pra eu ir no banheiro tirar, enquanto eu tirava de porta fechada, ele ficou falando do lado de fora - Já mexi várias vezes nas coisas da minha mãe. Meu pai guarda tudo, quando você tiver p****s posso pegar um sutiã lá pra você. Gritei pra ele calar a boca, ele só quis saber se a gente ainda ia nadar, falei que não queria mais e fui embora brava irritada. Usei aquelas roupas todos os dias que deu, só tirava pra lavar mesmo. Eu sempre achava coisas legais lá na reciclagem, brinquedos, bijuterias, livros, revistas, comecei procurar coisas que as meninas tinham, mais eu nunca sabia oque era bonito ou ultrapassado já que estava tudo no lixo, logo parei de tentar me arrumar, eu não tinha tanto interesse nisso mesmo, depois daquele dia na piscina fiquei sem ir ver o Neto, na época fiquei irritada com tudo e todos, me sentindo um pouco triste frustada, fiquei mais dentro de casa, eram os hormônios, a minha primeira TPM, fiquei " mocinha " tomei um susto, já tinha ouvido falar na escola, eu tinha uma colega super pra frente toda moderna, ela vivia dizendo que queria menstruar logo pra ter corpão, usar esmalte vermelho, fui no banheiro, vi que a calcinha estava suja, coloquei papel higiênico, fiquei a tarde toda com cólica e morrendo de vergonha pensando no que ia fazer, meu tio era meio rústico, não falava daquelas coisas comigo, só me explicou que eu devia me limpar direito no banheiro, tomar banho todos os dias, usar sabonete esponja diferente da dele, andar sempre com roupa limpa mesmo que velha surrada, passar desodorante, perfume, a gente usava o mesmo, um baratinho Tabu que custava cinco sete reais a colônia e três reais o desodorante, o dia já estava acabando e lá tinham duas mulheres trabalhando, fui no banheiro deles porque lembrei que uma vez vi absorventes lá, escondida peguei alguns e me virei sozinha, não estava descendo ao ponto de sujar, mais eu não sabia oque era normal ou não, assim como não percebi que não eram absorventes de fato, mais sim protetor diário que era bem menor, no outro dia fui pra escola e minha roupa manchou porque o protetor era muito pequeno e coloquei errado, minha colega emprestou a blusa pra eu amarrar na cintura, foi na diretoria comigo pedir um absorvente, eu ia precisar de outra roupa ou que alguém fosse me buscar pra eu ir embora mais cedo, eu sabia que meu tio nem ficava com o celular, era bem antigo ele raramente usava e se fosse lá na escola ia demorar muito, a minha colega falou que ia ligar pra mãe dela, como todos na secretaria sabiam da minha vida, deixaram, bem rápido a mãe dela chegou com duas calças, uma calcinha, três pacotes de absorventes diferentes, um noturno, um com abas e um sem, ela ficou conversando com a diretora e uma professora olhando pra mim de longe, eu não pude ouvir mais sabia que estavam falando de mim, pude ver sentir o olhar de pena delas, aquilo me marcou bastante, foi tudo muito constrangedor, a professora disse que ia me ajudar, explicou tudo mostrou como eu devia colocar, perguntou se eu tinha falado em casa, se tinham me dado remédio pra cólica, falei que não tínhamos o costume de tomar remédios, perguntei se tinha mesmo que tomar, ela falou que ia me dar uma cartela, quando voltei pra sala todos estavam sabendo rindo de mim, fiquei morrendo de vergonha mais a minha colega me defendeu, xingou todo mundo, disse que ia pegar na saída, a Tassiane era meio doidinha, ela sentava na frente, tinha boas notas, conversava com todo mundo até com os professores, sempre estava metida em brigas, defendendo alguém ou atacando toda debochada pirracenta, não éramos amigas nessa idade, só colegas, eu nem sabia fazer amizade e por ter uma condição mais humilde, eu não ia ficar com a galera no intervalo porque sempre compravam coisas na cantina e eu não tinha dinheiro, se pedisse talvez meu tio fosse dar, mais eu não tinha coragem por saber que a situação em casa era difícil, no intervalo eu sempre comia independente do que fosse de lanche e ia ficar sentada no canto observando a todos, antes eu ficava com o Neto mais depois que ele mudou de escola tive dificuldade em me ajustar a nova rotina. Em casa só tinha café preto de manhã, era oque eu tomava antes de ir pra aula, por isso eu sempre aproveitava o lanche que davam pra comer.
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