A noite caia vagarosamente enquanto Leo dirigia de volta para a Fazenda. O rádio da caminhonete tocava alguma moda de viola antiga, ele por vezes cantarolava, mas na maioria do tempo, sorria em silêncio encarando a estrada em frente: - Tá olhando o que? – ele pergunta de repente. - Não tô olhando nada – minto. - Tá sim, eu vejo você – ele ri – pelo reflexo dos meus óculos sobre o painel... - Assim não vale – digo rindo. - Está melhor? - ele pergunta. - Sim – eu respondo – e acho que sair um pouco me fez bem, obrigada. - Que é isso – ele ri – eu precisava de alguém para o cronômetro, me ajudou muito. O silêncio volta a imperar... Chegamos em frente aos portões da Fazenda e Leonardo diminui ainda mais a velocidade: - Quer fazer o quê? – ele pergunta sério. - Eu não pensei