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feita para te amar

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intro-logo
Blurb

Após perder a esposa em um trabalho de parto, Alex Maldonado decidiu que seguiria sua vida sozinho, administrando a empresa de joias a qual é sócio, longe da família e amigos.

Quando uma oportunidade de voltar para o Brasil surge, ele decide aceitar, afinal, nunca gostou muito de morar em Nova Iorque e voltar para o país onde nasceu e cresceu poderia ser uma oportunidade para recomeçar.

Adele Amorim é inteligente, linda e sensata, cursando o penúltimo semestre de jornalismo, a jovem de 22 anos não pensa em relacionamentos sérios no momento, focando apenas em seguir com seus sonhos.

Quando o pai de Adele anuncia que seu melhor amigo está voltando para o Brasil e sua mãe decide fazer um jantar de boas-vindas para ele, Adele não imaginava que neste dia se veria arrebatada pelo homem mais lindo que já viu em sua vida.

Alex não queria se envolver com a filha de seu melhor amigo.

Adele queria ignorar que seu coração estava balançado por um homem que era vinte anos mais velho que ela.

O amor não pode ser explicado, ele apenas acontece, quando menos esperamos e com quem menos queremos.

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capítulo 1
adele Estico as mãos acima da cabeça assim que termino o artigo que irá ser publicado no site da faculdade essa semana, agora só preciso lê-lo mais uma vez antes de encaminhar o arquivo para a professora que está responsável pelo projeto. Pego meu celular para poder olhar a hora e me assusto ao ver que já são quase cinco da manhã, literalmente virei à noite terminando esse projeto. Não vou nem perder tempo tentando dormir, já que terei que levantar daqui uma hora. Apenas desligo meu notebook e sigo para o banheiro, talvez um banho na água fria e mais alguns litros de café possam me manter acordada durante o dia. Tudo bem que o banho na água fria é exagero, não vou mentir. Eu não sou uma pessoa completamente fora do normal a ponto de encarar uma chuveirada gelada logo pela manhã, mas sonhar não custa nada. De banho tomado, completamente vestida e agasalhada, já que, graças a Deus, está fazendo 17 graus em São Paulo — e eu não vou reclamar, pois amo o frio de uma maneira inexplicável —, termino de organizar as coisas que eu vou levar para a faculdade, verifico, novamente, se tudo está dentro da minha bolsa, como chaves, documentos e acessórios importantes. Me olho novamente no espelho, conferindo meu visual e, apesar de ter passado a noite inteira acordada, a maquiagem está cobrindo muito bem as olheiras, só esperava que ela durasse o dia inteiro também. Opto por deixar meus cabelos soltos, como eu tinha deixado as mechas presas em bobs, como a Dona Florinda do Chaves, durante a noite, eles haviam formado ondas perfeitas e por ser um dos efeitos que eu mais amo, não quero estragá-los. — Adele, o café está na mesa. — Ouço a voz da minha mãe na porta do meu quarto, seguido de uma batida na porta. — Já estou indo, mãe — falo, pego meu vidro de perfume e borrifo em mim. Sorrio diante da imagem no espelho, pego minhas coisas e saio do quarto em seguida. Desço as escadas rapidamente e sinto meu celular vibrar dentro da minha bolsa, não tenho dúvidas de que seja a Carol querendo saber se eu consegui terminar o artigo há tempo de enviar para a professora. — Bom dia, filha, dormiu bem? — minha mãe pergunta assim que eu apareço na cozinha. — Bom dia, mãe! — Dou um beijo em seu rosto ao passar por ela e me sento na cadeira em sua frente, colocando minhas coisas na cadeira ao lado. — Dormir é uma palavra muito forte — comento enquanto me sirvo de uma xícara de café. — Não vai me dizer que passou a noite terminando aquele artigo? — pergunta. — Exatamente — afirmo ao tomar um gole do meu elixir matinal. Minha mãe apenas balança a cabeça em negação e começa a mexer no celular. Enquanto ela resolve assuntos do trabalho, me sirvo de algumas torradas com geleia e de mais café, esse é um vício que eu não faço a mínima questão de me livrar, não sei como alguém tem a ousadia de dizer que café é r**m, dá vontade de bater na pessoa e mandar ela tomar de novo, pois havia tomado errado. — Meu pai mandou notícias? — questiono após alguns segundos. — Ele foi para Nova Iorque essa madrugada — diz, me encarando. — Volta para o Brasil esse fim de semana, tudo indica que na sexta-feira. — Vou ligar para ele mais tarde, sabe que horas ele vai chegar em Nova Iorque? Ela ergue o pulso para conferir a hora e volta a me encarar em seguida. — Ele deve chegar por volta de meio-dia. — Perfeito, minhas aulas já terão terminado nesse horário, posso ligar para ele tranquilamente. — Ele vai gostar de receber uma ligação sua. — Sorri por cima da xícara e eu assinto. — Vai para a faculdade de carro? — pergunta ao se levantar. — Vou sim, pode ir tranquila com o Rodolfo — falo, me referindo ao nosso motorista. — Ok, então. Nos vemos à noite, filha, tenho um almoço importante hoje e uma sessão de fotos na parte da tarde, vou aproveitar a manhã e passar na empresa para poder conferir se precisam de algo. — Certo, mãe. Beijos, bom trabalho — digo quando ela se aproxima de mim e me dá um beijo no rosto. — Bons estudos, querida. Ela sai da cozinha e eu sorrio, mesmo com 52 anos minha mãe ainda se encontra no auge da beleza e da jovialidade. Apesar de não trabalhar como antigamente, ela ainda mantém alguns contatos, lógico que são exclusivos para a Amorim Joias, mas mantém. Meus pais começaram do zero, percorrendo um longo caminho até terem seus nomes em revistas de destaque, empreendimento e gestão de negócios. Minha mãe, Louise Amorim, sempre foi uma jovem com sonhos grandes, que lutou por cada um deles, vencendo barreiras e dificuldades ao longo do caminho, demorou um pouco para ela acreditar que era uma das modelos mais bem pagas do Brasil, viajando para o exterior para desfilar nas passarelas mais conceituadas do mundo. Já o meu pai, João Ricardo Amorim, tinha apenas um sonho, sonho esse que ele queria a todo custo colocar para fora do papel. Meu pai era, e ainda é, um exímio desenhista, um excelente profissional que começou a carreira pintando quadros e vendendo em feiras de artesanato, então conheceu a minha mãe e decidiu investir em uma galeria de artes, mas ainda não era o que ele queria, ele almejava mais, sempre almejou e desde pequena eu sou impulsionada para correr atrás dos meus sonhos, pois a vida inteira vi meu pai correndo atrás dos sonhos dele. Quando João Ricardo Amorim começou a fazer pós em desenho industrial, uma das especialidades para quem é formado em designer, foi que nossa vida mudou completamente, me lembrava vagamente dele dizendo que esse era o início de nossas vidas, eu tinha cerca de oito anos e nem entendia o que era uma vida direito. O que me lembro é que meu pai conheceu o homem que mudaria sua vida para sempre. Alex Maldonado viu no meu pai um talento que deveria ser investido e apostado, e eu nunca imaginei que um tiro no escuro poderia dar tão certo como deu. Pelo que meus pais me contam de como tudo aconteceu, Alex conheceu meu pai enquanto ambos estavam na faculdade, meu pai com 39 anos e Alex com 28 anos, Alex queria começar a investir em algo novo e que poderia ser um diferencial no mercado, principalmente naquela época. Foi como unir o útil ao agradável, quando a ideia da empresa de joias chegou, era apenas um projeto bruto que, como um diamante, precisava ser lapidado e com o passar do tempo apenas se aprimorou. Quando eu tinha 9 anos nasceu a Amorim Joias, na direção dos meus pais e do Alex, que na época estava noivo. Alex entrou com toda a parte administrativa, meu pai entrou com os desenhos de joias, minha mãe entrou com a parte da modelagem e fotografias e a Rafaela fez todo o projeto de lançamento para as coleções. Hoje, treze anos depois, a Amorim Joias é reconhecida mundialmente, com lojas nas principais cidades do mundo e sede aqui em São Paulo, que atualmente é administrada pela minha mãe, que, além disso, ainda é a principal modelo para as fotografias e a inspiração diária do meu pai. Tudo que temos hoje foi conquistado devido ao esforço dos meus pais, esforço esse que eu faço questão de compensar sendo uma filha aplicada e completamente focada nos meus sonhos e propósitos, é por esses motivos que eu sempre fui motivada a correr atrás dos meus sonhos, por mais impossíveis que eles parecessem. Apesar de ter decidido não seguir a carreira artística, dentro da área do desenho, ou ter tentado administração, para seguir com a empresa quando ela fosse realmente minha, eu tenho meus próprios sonhos e estou fazendo de tudo para que eles sejam realizados. Jornalismo sempre foi a minha paixão, desde que me entendo por gente, me lembro de que na escola, eu sempre escrevia matérias para o mini jornal, e minhas redações sempre iam para o site que a escola mantinha. Nunca tive dúvidas sobre o que eu queria ser quando crescesse e graças a Deus, meus pais me deram e ainda me dão toda a força que eu preciso para seguir em frente e investir em mim. Hoje eu curso o sétimo período da faculdade de jornalismo, já tendo em mente que quero trabalhar como redatora, tenho inclusive contatos com grandes redações de jornais e televisão para que eu possa começar a trabalhar quando eu me formar. Não vou mentir dizendo que meus pais não têm influência sobre isso, porque eu sei que tem, mas o mérito para entrar em um desses locais é todo meu e eu busco me esforçar dia após dia, para construir um nome dentro da minha carreira. Termino de beber meu café e me levanto, pego minhas coisas e procuro meu celular dentro da bolsa. — Já está de saída, Adele? — Heyde, nossa empregada, pergunta assim que entra na sala de jantar. — Já sim, Heyde, o café estava uma delícia, como sempre! — elogio e vou até ela lhe dar um beijo. — Preciso ir, se não vou pegar trânsito, não precisa se preocupar com almoço para mim, irei comer com a Carol — aviso. — Certo, querida, tenha um bom dia! — fala. Sorrio e caminho em direção à sala, para poder sair. — Um bom dia para você também, Heyde! — grito ao me afastar. Heyde trabalhava conosco desde que eu era pequena, acredito que tenha uns quinze anos ou mais, ela sempre foi nossa companheira fiel e hoje ela está mais responsável por cuidar dos outros empregados do que das atividades domésticas em si, como uma governanta. Ela é como uma segunda mãe para mim, pois cuidou, e ainda cuida, tão bem como a minha mãe. Assim que chego na garagem sou recebida pelo vento gelado, e sorrio com isso. — Frio, eu te amo! — falo para mim mesma enquanto entro no meu carro. Coloco minhas coisas no banco de trás, arrumo meu celular no suporte dele e já ligo para a Carol em seguida. — Bom dia, Adele, será que você conseguiria responder às minhas mensagens quando eu mandar? — pergunta assim que atende à ligação. — Desculpa, Carol — falo e dou a partida no carro, acionando o portão eletrônico em seguida. — A manhã foi corrida por aqui, não dormi nada essa noite e terei que fazer o possível e o impossível para me manter acordada durante as aulas do Douglas. — Boa sorte, ainda bem que não tenho aula com ele nesse semestre — agradece. Saio com o carro para a rua e dou a seta para a direita, observando se não vem nenhum carro. — Vai querer carona? — pergunto. — Sim, estou te esperando para isso — responde sem vergonha alguma. — Chego em dois minutos — falo, aciono a seta para esquerda e encerro a chamada após ela dizer um “OK”. Nós moramos no mesmo condomínio, e apesar de estarmos em semestres diferentes na faculdade, nos tornamos melhores amigas. Carol é mais velha que eu apenas um ano, ela tem 23 anos e eu 22 ela está no último período da faculdade de jornalismo, noiva e com data do casamento marcada, ou pelo menos quase marcada, porque nunca vi tanta enrolação. Enquanto eu estou apenas focada em terminar a faculdade e arrumar um emprego em seguida. Relacionamentos não são prioridade para mim nesse momento. Estaciono o carro em frente ao portão da Carol e tamborilo os dedos no volante enquanto espero minha amiga aparecer. Aproveito o momento e ligo o som do carro, conectando minha conta no spotify, a voz da Alessia Cara explode dentro do carro e eu começo a balançar o corpo na batida da música Scars to your beautiful. A porta do lado do carona é aberta cerca de quase um minuto depois, chamando minha atenção, olho para o lado e vejo minha amiga entrar. — Bom dia, Carol — falo, já colocando o carro em movimento. — Bom dia, Adele. Como você está? Queria saber como continua parecendo uma boneca mesmo depois de ter passado a noite inteira acordada — questiona para si mesma em seguida. — Isso se chama quilos de maquiagem — murmuro. Tento traçar um plano para fugir da aula de hoje, apesar de ser um conteúdo importante, enfrentar a aula do Douglas — um senhor de 60 anos de idade —, com sono, era um verdadeiro desafio. — Queria eu me maquiar com quilos de maquiagem e, ainda assim, parecer que não estou usando nada, isso é um dom amiga. Apenas sorrio, o portão do condomínio se abre e eu aceno para o guarda em agradecimento, pronta para pegar as ruas movimentadas de São Paulo. — Conseguiu mesmo terminar o artigo? — pergunta em seguida. — Graças a Deus, se eu não tivesse passado a noite acordada eu não teria conseguido, mas tudo ocorreu relativamente bem — explico. — Já fez a leitura? — Não, estou pensando em fazer durante a aula do Douglas, na verdade, é um belo pretexto, posso ir para a biblioteca, com um belo copo de café, reler o artigo e enviar para a Stella — planejo, tamborilando os dedos no volante. — Entendo, depois você pega a matéria, amiga, uma aula a mais ou a menos não vai te deixar menos inteligente, ainda mais você que tem um histórico de cem por cento de presença nas aulas. — Cem por cento eu não diria, mas 95% sim — concordo. — Mudando de assunto, sua mãe ligou para a minha mãe hoje de manhã, nos convidando para um jantar no sábado na sua casa. — Ela comentou algo comigo ontem, mas estava tão focada em terminar o artigo que nem prestei atenção — lamento. — Seu pai chega na sexta, não é? — pergunta e eu assinto. — Sim, pelo que entendi, ela quer fazer um jantar de boas-vindas para o meu pai e para o Alex. — Não me lembro desse Alex — diz, pensativa. — Eu o conheço? Assim, sei que ele é amigo do seu pai e sócio, mas não me recordo de já tê-lo visto por aqui, nem nos eventos da Amorim Joias. — Acho que você não o conhece pessoalmente. — Penso, franzindo a testa. — Quando ficamos amigas mesmo ele já tinha se mudado definitivamente para Nova Iorque, junto com a esposa, isso há uns sete ou oito anos, se não estou enganada, mas agora ele está voltando para o Brasil definitivamente. — Junto com a esposa? — Não, ele ficou viúvo há uns dois anos, não se lembra, no começo da faculdade que meus pais tiveram que fazer uma viagem de urgência para Nova Iorque? — Ah! Me lembro sim, seus pais até ficaram chateados porque você não foi. — Sim, sim. — Ela morreu de que mesmo? — Complicações no parto. Era uma gravidez de muito risco, os médicos tiveram que fazer parto prematuro, pois ela tinha dado início à pré-eclâmpsia, mas nem ela e nem o bebê resistiram — lamento. — Nossa, deve ser muito triste perder alguém dessa forma e ainda prestes a ser pai, não consigo nem imaginar a dor da pessoa. — Meus pais disseram que ele ficou muito m*l, afinal é uma dor insuperável, certo? — Suspiro e ficamos em silêncio em seguida, apenas com o som do carro embalando nossos pensamentos. — E agora ele vai voltar para o Brasil mesmo? — pergunta algum tempo depois e eu assinto, prestando atenção no trânsito. — Sim, minha mãe disse que vai ser bom para ele, além dele poder dar um descanso da rede em Nova Iorque, eles já têm uma pessoa de extrema responsabilidade cuidando da filial de lá. Ela estava pensando em entregar a administração das lojas do Brasil para ele, diz ela que quer umas férias para viajar com meu pai. — E o seu João Ricardo para de trabalhar para tirar férias? — Carol pergunta, sendo completamente irônica. — É aí que está o problema, meu pai não gosta nem um pouco do termo férias, mas conhecendo minha mãe, não duvido nada de que ela coloque meu pai dentro de um avião, nem que seja amarrado. Carol ri do meu comentário. — Vai achando que pode brincar com a Dona Louise — ela diz e eu apenas concordo. — De qualquer forma, estaremos nesse jantar, irei chamar o Humberto, algum problema? — Nenhum, estou pensando em chamar alguém também, só para não ficar de vela para vocês dois — comento, sorrindo e ela me dá um tapa no braço. — Como se nós dois ficássemos nos agarrando na sua frente. Eles ficavam, mas eu não entraria no mérito da questão. — Chama o Davi — diz por fim. — Ele ainda é a fim de você. Nego com um movimento rápido, me envolvi com o Davi há cerca de dois meses, apenas uma curtição, nada mais e o cara grudou feito carrapato em mim. Estou prestes a andar com uma placa nas costas com os dizeres: “Não estou a fim de relacionamentos no momento, por favor, não me incomode!” — Quer saber, melhor eu não chamar ninguém — medito e a Carol cai na risada. — Desse jeito você vai morrer solteira amiga, nenhum dos caras da faculdade chamaram a sua atenção e quando um chamou, ele era mais grudento que chiclete. Um ponto maravilhoso, eu odeio caras grudentos. Odeio com todas as minhas forças e é algo que eu não consigo mudar, já tentei, porém não consegui. — Talvez eu esteja condenada a viver minha vida sozinha — murmuro, em tom de brincadeira. — Que nada, Adele, se lembre que toda a panela tem a sua tampa, talvez a sua ainda não tenha aparecido, mas logo ela aparece. Apenas assinto, na verdade, não faz muita diferença para mim, como eu disse, relacionamentos estão bem distantes de serem minha prioridade no momento, eu só quero saber de ir atrás dos meus sonhos, namoro, casamento e tudo que é relacionado a uma vida a dois, pode ficar em segundo plano.

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